Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

DEBATE DA SOCIEDADE - O VOTO POR UM BRASIL MAIS JUSTO E MAIS SUSTENTÁVEL

DILMA e SERRA devem prestar contas ao eleitor sobre o que pensam e se estão preparados para fazer um Brasil mais justo e sustentável, gerando empregos e renda com energia limpa, sem destruir nossas florestas, reservas de água e biodiversidade.

Gostaríamos de convidar você e sua organização a apoiar a proposta deste debate. Para isto basta mandar um email para melissa.harkin@greenpeace.org  com seu nome e o de sua organização apoiando a idéia.

Gostaríamos também de convidá-lo a participar da ciberação “Vote por um Brasil + verde e limpo” no link http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Participe/Ciberativista/Eu-voto-por-um-Brasil-mais-verde-e-limpo/

Participando desta iniciativa on-line você estará enviando uma mensagem clara para ambos os candidatos à presidência de que queremos um Brasil em condições de virar a civilização exemplar do século 21, socialmente mais justo, garantindo prosperidade para todos os brasileiros sem devastar seus recursos e suas belezas naturais.

Pedimos ainda sua ajuda divulgando esta iniciativa para seus associados, amigos e em suas redes sociais.

Paira no ar a impressão de que finalmente o Brasil realiza o seu destino de ser uma grande nação. Embalados pela boa fase da economia, já antevemos o futuro que nos espera em 2029, quando o nosso PIB será igual ao da Alemanha.

A questão, no entanto, é se chegaremos lá defendendo um desenvolvimento típico do século passado, carregando conosco uma sociedade desigual, florestas destruídas, ar e rios poluídos - típicos de um país incapaz de garantir nossa prosperidade pelas décadas seguintes com sustentabilidade.

O Brasil, mais do que qualquer outra nação, tem condições de virar a civilização exemplar do século 21, garantindo prosperidade e justiça sem devastar seus recursos e suas belezas naturais. Num planeta onde restam poucas florestas e que está à beira de uma crise climática, temos riquezas que ninguém mais tem.

Infelizmente, ainda há quem diga que para desenvolver é preciso devastar. Insistem que o Brasil precisa investir em combustíveis fósseis para ter energia disponível e que para expandir sua agricultura o único caminho é seguir derrubando nossas matas. Eles se esquecem do nosso próprio exemplo. Preferem importar modelos de outros países, como se o Brasil, para crescer, precisasse imitar os outros.

Os dois candidatos na disputa pela Presidência da República parecem presos a esse modelo de futuro atrasado. Mas têm agora a oportunidade de dizer se querem fazer o Brasil andar para frente ou simplesmente ficar parado no tempo, talvez mais rico, porém devastado como qualquer outro país desenvolvido.

Durante a campanha do primeiro turno, o debate praticamente não contemplou a questão da sustentabilidade. Serra e Dilma precisam corrigir esta lacuna e dizer claramente o que pensam, quais são seus projetos sobre o futuro de nossas florestas e o de nossa geração de energia, e outros temas da agenda sustentável que estão radicalmente ligados ao futuro do Brasil e do planeta. Só assim o eleitor poderá decidir qual dos dois tem propostas concretas para gerar riqueza sem devastar a nossa fortuna socioambiental.

Um forte abraço,
Marcelo Furtado – Greenpeace

Oded Grajew – Presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Coordenador geral da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo

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