“Uma pesquisa inédita da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentada (28/10) no Seminário Brasilianas sobre Biocombustíveis, lançou mais luzes sobre o programa que marcou mudança fundamental nas políticas públicas brasileiras.
Pela primeira vez decidiu-se amarrar objetivos sociais a um programa econômico, através da criação de uma série de mecanismos induzindo as empresas a apoiarem a agricultura familiar.
Segundo levantamentos de Cleber Lima Guarany – coordenador de Projetos de Biocombustíveis da FGV – hoje em dia a capacidade instalada no setor é de 5,1 milhões de m3, o dobro do necessário para atender às metas de B5 – mistura de 5% no diesel. Desse total, 42% estão no centro-oeste, 17% no sudeste, 25% no sul, 12% no nordeste e 4% na Amazônia.
A cadeia produtiva do setor começa com a produção de matéria-prima, transporte, beneficiamento e esmagamento na usina, transporte do biodiesel e venda nos mercados locais. Ao todo, emprega 1,3 milhão de pessoas.
A grande matéria prima do biodiesel continua sendo a soja. O programa ajuda a aumentar a cadeia de valor de soja.
Hoje em dia, o grão de soja é vendido a US$ 408 a tonelada, o farelo a US$ 377, o óleo de soja a US$ 377. Com o programa, a cadeia é enriquecida por dois novos produtos, o próprio biodiesel (US$ 1.158,00) e a proteína animal, subproduto do farelo, a US$ 1,711,00.
Em 2010, o sebo representou uma produção de óleo equivalente a 9% da produção de soja; e outros óleos a 16&. Em 2020, a estimativa é que o sebo represente 4% da produção de soja e outros óleos 39%. Mas a soja continuará sendo absoluta.
Até 2020 os investimentos totais no setor chegarão a R$ 14,85 bilhões e se concentrarão especialmente na produção do óleo de palma, girassol, mamona e canola.
O maior valor de produção deverá do óleo de palma, com receita total de R$ 4,5 bilhões em 2020.
Hoje em dia, 20% da matéria-prima para fabricação do biodiesel provem da agricultura familiar. Em 2010 são 108 mil famílias; em 2020 serão 570 mil famílias – ou 1.710.000 de pessoas.
O grande instrumento para motivar a compra da produção familiar foi o selo social. Para obtê-lo as empresas precisam se comprometer não apenas com a compra da produção familiar como da assistência técnica e do amparo de crédito.
A grande ferramenta de indução são as compras da Petrobras, para mistura no diesel. 80% das compras são para empresas que possuem selo social.
Hoje em dia vigora a mistura B5 (5% de mistura). Aumentando para B10, o país pararia de importar US$ 1,67 bilhão/ano de petróleo ou 3,51 milhões de m3.
Outra contribuição importante foi nos investimentos industriais. De 2005 a 2010 foram investidos US$ 4 bilhões no setor.
O grande desafio agora, para o próximo governo, será aumentar a quantidade de biodiesel na mistura.
Hoje em dia, com o setor tendo o dobro da capacidade para atender à demanda, há uma concorrência predatória nos leilões de compra. Com B10, se poderá atender imediatamente à nova demanda e planejar os investimentos para os próximos anos.”
FONTE: blog do jornalista Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-sucesso-do-biodiesel#more).
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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