Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Experiência do Amazonas será usada na construção de projeto de REDD+ na Etiópia


3 de julho de 2012


Uma parceria entre IDESAM e diversas organizações da Etiópia vai levar a experiência de REDD+ (Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal) do Amazonas para a Região Ecológica de Bale, localizada no Estado de Oromia, centro-sul do país. O IDESAM ficará responsável por coordenar a realização do inventário dos estoques de carbono do projeto, assim como pela construção do PDD (Documento de Concepção do Projeto, na sigla em inglês) e sua posterior validação em sistemas de certificação internacionais.

Para dar início às atividades, os representantes das ONGs FARM Africa e SOS Sahel Ehtiopia e membros do Governo do Estado de Oromia (OFWE) visitaram o Amazonas para uma série de reuniões e visitas técnicas. Na primeira reunião, em Manaus, os convidados conheceram o status atual de implementação do REDD+ no Brasil. "O Brasil é o país mais avançado em REDD+ internacionalmente e o objetivo foi mostrar como está ocorrendo a sua implementação e regulamentação, desde as políticas nacionais e iniciativas estaduais na Amazônia, até projetos e atividades que estão sendo implementadas no chão”, afirma Mariano Cenamo, pesquisador sênior do IDESAM.


Comitiva participou de uma série de reuniões na sede do Idesam


Ao levar a experiência em projetos de REDD para o país africano, o IDESAM busca não só contribuir na estruturação de um projeto local, mas também na estruturação de um sistema estadual para Oromia e até mesmo contribuir para estratégia nacional de REDD+ da Etiópia. “É uma atividade piloto, em uma região sob extrema pressão populacional, com taxas de desmatamento entre 3% e até 8% ao ano. Eles ainda não têm uma linha de base nacional nem legislações específicas para isso, mas em muitos aspectos apresentam similaridades com o Amazonas e com o Brasil. A Etiópia é um dos países mais antigos do mundo, a segunda maior população da África e uma das únicas repúblicas federativas do continente – além de uma biodiversidade única e riquíssima – esperamos aprender muito com esse trabalho", explica Cenamo.

Tesfaye Gonfa, representante da Oromia Forest and Wildlife Enterprise (entidade governamental responsável pelo gerenciamento dos recursos naturais da região), destaca que a Etiópia ainda está em uma fase inicial nas discussões e na construção de mecanismos de REDD+, conhecida como readiness. “Vai ser uma experiência muito valiosa para nós conhecer a experiência do Brasil e levar de volta pra casa todas essas informações”, diz, acrescentando que está muito feliz em conhecer a Amazônia pela primeira vez.


Comitiva conhece projeto desenvolvido em Apuí

Durante a visita, a comitiva viajou até o município de Apuí, onde o Idesam desenvolve, em parceria com o Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Projeto Semeando Sustentabilidade em Apuí.

A visita se deve às semelhanças do município com o local onde será implementada a nova estratégia. Cenamo explica que “a situação de Apuí, respeitando as devidas especificidades, é muito similar à situação que eles vivem nessa região da Etiópia, com predominância de pequenas e médias propriedades agrícolas e altas pressões de desmatamento. O público alvo desse projeto serão majoritariamente os pequenos agricultores de Bale”.

“Esse tipo de troca de experiências, principalmente em países onde os processos estão um pouco mais avançados e onde temos contextos parecidos é muito importante porque nós não precisamos ‘reinventar a roda’, então poupamos tempo aprendendo como as dificuldades foram superadas”, afirma Arsema Andargatchew, do Consórcio BERSMP (Bale Eco-Region Sustainable Management Programme) e da ONG FARM-Africa, principal articuladora da parceria – que envolve também a ONG de Ghana NCRC (Nature Conservation Research Center) e a Universidade de Oxford.

Além da visita para Apuí, o grupo se reuniu com o Centro Estadual de Mudanças Climáticas (CECLIMA) do Governo do Amazonas e com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com o objetivo de entender como está sendo construída a política estadual de mudanças climáticas e serviços ambientais e projetos como o Programa Bolsa Floresta e o Projeto de REDD da RDS do Juma em Novo Aripuanã.


O contexto de REDD+ em Bale

A mobilização para os estudos de REDD+ na Etiópia – mais especificamente na Região Ecológica de Bale – começou em 2007, por iniciativa das organizações responsáveis pela gestão da reserva (Farm Africa, SOS Sahel Ethiopia e Governo de Oromia). Foram realizados dois estudos focados em Pagamento pro Serviços Ambientais, Mecanismos de DesenvolvimentoLimpo e REDD+ a fim de indicar as ações mais apropriadas.

Os estudos mostraram um grande potencial para a implementação de um projeto de REDD+ no local. A partir daí, diversas pesquisas foram conduzidas a fim de verificar os aspectos técnicos de um projeto de REDD+ e suas possíveis contribuições para uma estratégia nacional. Um estudo de mercado apontou a necessidade de estabelecer bases técnica, financeira e jurídica para assegurar o compromisso de potenciais investidores com a iniciativa.

Em 2011, o local recebeu a visita de três especialistas em REDD+ (NRCR, IDESAM e Oxford University), foi então que surgiu a possibilidade de um trabalho em conjunto, oficializado em maio de 2012 entre Idesam, o Estado de Oromia, Farm Africa e SOS Sahel Ethiopia. “Nós elaboramos um TDR [termo de referência] e várias organizações apresentaram suas propostas; entre elas nós selecionamos o consórcio NRCR, IDESAM e Oxford para essa parceria”, explica Arsema.


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California Regulators Set Cap-and-Trade Implementation Schedule, Delay Links to Quebec, and Agree to Next Set of Offset Protocols

From the Carbon-California Desk
6.29.12

ARB approves reg changes, will open tracking system. Rice and coalmine methane offset protocols move ahead. Gov. Brown must approve Quebec linkages.
Yesterday, the California Air Resources Board (ARB) approved regulatory changes to the State’s cap-and-trade program. Board passage of the amendments set in place a schedule for implementation of the program, which includes an opening in July of the program’s carbon allowance and offset credit tracking system.

ARB also indicated they would open a public process for the acceptance of new offset protocols. Plans to link the California cap-and-trade program to a similar scheme in Quebec, however, were put on hold.
California’s Tracking System Available for Registration in July
During yesterday’s meeting, ARB put in place the latest program implementation timeline. First on the agenda is registration for the Compliance Instrument Tracking System Service (CITSS). The Board will allow market participants to register and open their CITSS account in early July.

CITSS is the market tracking system for compliance instruments (allowances and offsets) in California’s carbon market. CITSS will hold participants’ compliance instruments and will be the system to issue, consign, and transfer allowances and offsets.

In order for regulated entities to receive their free allocations in October and November, they’ll need to open an account by submitting the necessary corporate documentation and application materials. Likewise, for offsets developers or other participants in the market, user account registration will be required.

It is advisable that regulated entities submit their applications and documentation no later than August 1, 2012. Once registration is complete, ARB will test the system in August-early September and operationalize the system by September. This means compliance instrument issuance, tracking, consignment and transfer functions should be available by September.

Rice and Coalmine Methane Protocols Move Ahead, Pneumatic Valve Protocol Shelved
The Air Resources Board indicated during their meeting yesterday they would move ahead with a public process for approving additional carbon offset protocols for inclusion in the cap-and-trade program. Regulators agreed to continue study of protocols for the reduction of carbon emissions from changes in rice cultivation practices and the collection and destruction of methane from coal mines.


An offset protocol to reduce fugitive methane emissions from natural gas pipelines through installation of pneumatic valves was also under review, but ARB announced yesterday they did not intend to give this methodology continued consideration.

Should ARB ultimately approve the rice and coal mine methane protocols, they will join four existing offset methodologies for forestry, urban forestry, livestock methane, and the destruction of ozone depleting substances.

California’s Linkage to Quebec Carbon Program Put on Hold
California regulators delayed a vote yesterday to approve regulations authorizing the State’s carbon cap-and-trade program to link with a similar program in the Canadian province of Quebec.


The regulations were considered complete and ready for Board consideration yesterday. However, approval was put on hold in order to comply with recently passed legislation requiring the Governor to fully review and approve an agreement to link with the Quebec program.

California Governor Jerry Brown will have 45 days to review linkage and submit his findings to the State Legislature. Should the Governor approve the agreement with Quebec, ARB will be able to move ahead with implementation of regulations to affect the linkage. Linkage of the California and Quebec programs is expected to create a larger and more liquid carbon trading market.

If you have any questions on the current market conditions, please contact our US Carbon team at: +1 415.963.9137 begin_of_the_skype_highlighting +1 415.963.9137 end_of_the_skype_highlighting or +1 914.323.0265 begin_of_the_skype_highlighting +1 914.323.0265 end_of_the_skype_highlighting.

Água potável de 15 capitais está contaminada, diz estudo

domingo, 01/07/2012 - 20:13 A água que chega às casas de moradores de 15 capitais brasileiras está contaminada com um poderoso indicador da presença de dejetos industriais, agrotóxicos e remédios: a cafeína. É o que revela uma pesquisa do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA), sediado no Instituto de Química da Unicamp, feita com amostras recolhidas diretamente da rede de distribuição — a mesma água que sai de nossas torneiras e é considerada potável pela legislação atual.

A cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo e presença constante no esgoto humano. Não faz – necessariamente – mal à saúde, mas, por semelhanças químicas, sua presença na água sinaliza a existência de outros contaminantes, em particular os chamados poluentes emergentes, resíduos cada vez mais presentes nas águas do mundo e que só agora começam a despertar a atenção dos órgãos de saneamento.

Entre essas substâncias, está a fenolftaleína, que tem seu uso como laxante proibido pela Anvisa, e o triclosan, um antisséptico usado em medicamentos, cremes dentais e desodorantes. Sua proliferação em rios e reservatórios é resultado do crescimento das cidades e de novos processos industriais.
“Nós estamos bebendo água que tem resíduos de indústrias farmacêuticas, polímeros e petróleo”, resume Valdinete Lins da Silva, coordenadora do Laboratório de Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e participante do estudo. Além da Unicamp e da UFPE, também colaboraram pesquisadores das universidades federais do Paraná (UFPR) e Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).

Nem tão inofensiva assim — Os pesquisadores analisaram 49 amostras de água em 16 capitais (confira o resultado no infográfico abaixo). Todas as amostras foram colhidas seguindo o mesmo procedimento: coletadas no cano de entrada das casas e enviadas à Unicamp, onde foram analisadas.
A cafeína apareceu em todas as amostras analisadas nas regiões Sul e Norte. No Sudeste, 94% das amostras tinham a substância. O Centro-Oeste apresentou 67% de contaminação, e o Nordeste, 42%. A capital que apresentou maior concentração foi São Paulo. A única cidade em que não se detectou a presença de cafeína na água foi Fortaleza.

“Nos níveis detectados, a cafeína não faz mal ao ser humano. No entanto, ela indica a presença de outros compostos emergentes que, consumidos ao longo de 40, 60 anos, podem ter efeito crônico no organismo”, diz Marco Grassi, professor de química ambiental da UFPR, e integrante da equipe.
As pesquisas mais avançadas sobre os efeitos dos poluentes emergentes não foram feitas com humanos, mas outros animais. “Entre os peixes, por exemplo, temos visto maior incidência de mutações, com animais de duas cabeças e hermafroditas”, diz Valdinete Lins da Silva. (Veja)

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