Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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Politica Corporativa de Sustentabilidade :Alimento mais saudavel, Planeta mail limpo

Grupo Pão de Açucar
Rafael Coelho

Carne HortifrutiPara consultar os produtos à granel, clique aqui.Alimento mais saudável. Planeta mais limpo.Já estamos colhendo um mundo melhor.

O Qualidade Desde a Origem é um programa do Grupo Pão de Açúcar dedicado à saúde da sua família, da comunidade e do planeta. Esse foi um programa criado especialmente para garantir produtos de qualidade superior à todos os clientes de nossas lojas. Para isso, exigimos e controlamos que os produtores que fornecem nossos produtos hortifruti usem apenas os agrotóxicos permitidos pela legislação e que estejam sempre de acordo com as normas trabalhistas.

Brasil se torna o principal destino de agrotóxicos banidos no exterior /// Estadão.com.br

Campeão mundial de uso de agrotóxicos, o Brasil se tornou nos últimos anos o principal destino de produtos banidos em outros países. Nas lavouras brasileiras são usados pelo menos dez produtos proscritos na União Europeia (UE), Estados Unidos e um deles até no Paraguai.


A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com base em dados das Nações Unidas (ONU) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Apesar de prevista na legislação, o governo não leva adiante com rapidez a reavaliação desses produtos, etapa indispensável para restringir o uso ou retirá-los do mercado. Desde que, em 2000, foi criado na Anvisa o sistema de avaliação, quatro substâncias foram banidas. Em 2008, nova lista de reavaliação foi feita, mas, por divergências no governo, pressões políticas e ações na Justiça, pouco se avançou.

Até agora, dos 14 produtos que deveriam ser submetidos à avaliação, só houve uma decisão: a cihexatina, empregada na citrocultura, será banida a partir de 2011. Até lá, seu uso é permitido só no Estado de São Paulo.

Da lista de 2008, três produtos aguardam análise de comissão tripartite - formada pelo Istituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Ministério da Agricultura (Mapa) e Anvisa - para serem proibidos: acefato, metamidofós e endossulfam. Um item, o triclorfom, teve o pedido de cancelamento feito pelo produtor. Outro produto, o fosmete, terá o registro mantido, mas mediante restrições e cuidados adicionais.

Enquanto as decisões são proteladas, o uso de agrotóxicos sob suspeita de afetar a saúde aumenta. Um exemplo é o endossulfam, associado a problemas endócrinos. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que o País importou 1,84 mil tonelada do produto em 2008. Ano passado, saltou para 2,37 mil t.

"Estamos consumindo o lixo que outras nações rejeitam", resume a coordenadora do Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz, Rosany Bochner. Proibido na UE, China, Índia e no Paraguai, o metamidofós segue caminho semelhante.

O pesquisador da Fiocruz Marcelo Firpo lembra que esse padrão não é inédito. "Assistimos a fenômeno semelhante com o amianto. Com a redução do mercado internacional, os produtores aumentaram a pressão para aumentar as vendas no Brasil." As táticas usadas são várias. "Pagamos por isso um preço invisível, que é o aumento do custo na área de saúde", completa.

O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Luís Rangel, admite que produtos banidos em outros países e candidatos à revisão no Brasil têm aumento anormal de consumo entre produtores daqui. Para tentar contê-lo, deve ser editada uma instrução normativa fixando teto para importação de agrotóxicos sob suspeita. O limite seria criado segundo a média de consumo dos últimos anos. Exceções seriam analisadas caso a caso.

A lentidão na apreciação da lista começou com ações na Justiça, movidas pelas empresas de agrotóxicos e pelo sindicato das indústrias. Em uma delas, foram incluídos documentos em que o próprio Mapa posicionou-se contrariamente à restrição. Só depois que liminares foram suspensas, em 2009, as análises continuaram.

Empresas. Representantes das indústrias criticam o formato da reavaliação. O setor diz não haver critérios para a escolha dos produtos incluídos na lista. E criticam a Anvisa por falta de transparência. Para as indústrias, o material da Anvisa não traz informações técnicas.

A Associação Nacional de Defesa Vegetal critica as listas de riscos ligados ao uso de produtos, muitas vezes baseadas em estudos feitos em laboratório. "Não há como fazer estudos de risco em população expressiva. A cada dia, mais países baseiam suas decisões em estudos feitos em laboratórios", rebate o gerente-geral de Toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meireles.

INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE///Planeta Sustentável///ABRIL




Para o climatologista Carlos Nobre, as novas tecnologias e matrizes energéticas mais limpas deverão nortear os caminhos da sustentabilidade nos próximos anos. Entretanto, adverte que nada disso adiantará se a humanidade não rever imediatamente seus hábitos de consumo. Para ele é possível ter qualidade de vida sem consumir vorazmente.

População de 9 bi em 2050 dependerá de mudança alimentar, dizem pesquisadores

BORIS CAMBRELENG
da France Presse, em Paris

Os nove bilhões de pessoas que habitarão a Terra daqui a 40 anos poderão ser adequadamente alimentadas se mudarmos nossos hábitos agrícolas e alimentares, pois 30% da produção atual ainda é inutilizada, segundo dois institutos de pesquisa franceses.
Pesquisadores do programa Agrimonde reconstituíram as quantidades de alimentos produzidas entre 1961 e 2003 para fazer projeções para os próximos 45 anos. Eles traçaram, a partir disso, dois cenários.
"O primeiro cenário corresponde ao prolongamento das evoluções históricas das produções e das utilizações de biomassa em um mundo totalmente liberalizado", dizem.
Eles supõem uma continuidade do crescimento dos rendimentos agrícolas, mas também das terras dedicadas à criação de animais, com o consumo de carne aumentando. Neste cenário, as desigualdades de acesso à alimentação aumentam e os desgastes ambientais são tratados "somente a partir do momento em que se tornam agudos".
Alteração sustentável
O segundo cenário aposta em uma ruptura, com a humanidade adotando condições de desenvolvendo sustentável do planeta.
De acordo com este segundo cenário, a quantidade média disponível em 2050 seria igual a 3.000 quilocalorias (kcal) por habitantes por dia, dos quais somente 500 kcal de origem animal. Esta norma supõe de um lado uma baixa de 25% dos consumos individuais nos países industrializados, e um aumento equivalente na África Subsaariana, ressaltaram os autores da pesquisa.
Existem a possibilidade de enormes ganhos na luta contra o desperdício, enquanto cálculos realizados ano passado mostram que 30% da produção de alimentos mundial continuam não sendo utilizados, segundo os pesquisadores.
Atualmente, 4.800 kcal são produzidas por dia por habitante na Terra, mas 600 kcal são perdidas nos campos e 800 kcal nas cadeias de transformação e distribuição.
Como exemplo do desperdício, mais da metade da produção mundial de alimentos é destinada à ração para animais de abate, para produção de carne, mostra dossiê divulgado por ONGs.
Nos países industrializados, a produção de carne capta uma parte importante das terras cultiváveis. São necessárias 7 calorias vegetais para produzir 1 caloria de carne bovina ou ovina. Para os porcos ou as aves, esta relação é de 4 para 1.
Dietas distintas
Nos países da OCDE, há um crescimento regular para chegar a 4.000 calorias por dia e por habitante, enquanto na África fica entre 2000 e 2500 calorias, destacou Gérard Matheron, diretor geral do Centro de Cooperação e de pesquisa agronômica para o desenvolvimento (CIRAD).
"Historicamente, cada vez que o homem fica mais rico, ele diversifica sua alimentação, para ter acesso a mais gordura e mais açúcar", lembrou Marion Guillou, presidente do Instituto Nacional de pesquisa agronômica (INRA).
Portanto, reequilibrar o consumo de alimentos em escala planetária não é nada impossível, mas exige um controle dos mercados e das criações de animais, insistiu.
De fato, nos países ricos, o modelo de consumo está saturado. Além disso, até 2050, "a idade média da população mundial vai aumentar em 10 anos. E quando uma população envelhece, as necessidades calóricas diminuem", disse a pesquisadora Guillou.
No começo deste ano, o conselheiro científico do governo britânico John Beddington projetou uma população sob crise global em 2030. Por outro lado, o escritor de ambiente Fred Pearce insiste que enfocar na população traz uma distração perigosa da questão real: o consumo.

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