Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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Países em desenvolvimento formalizam compromissos para reduzir emissões

A China afirmou que vai diminuir a emissão de carbono por unidade de produção entre 40% e 45% até 2020. A Índia usou medida similar, prometendo cortar emissões entre 20% e 25% no mesmo período. Já o Brasil quer mitigar a emissão de seus GEEs (gases do efeito estufa) em mais de um terço em relação aos níveis projetados para 2020, e o México, em 30%.

Mais um passo foi dado para combater as alterações climáticas, que já afetam tantos países ao redor do mundo. Nas últimas semanas, dezenas de nações em desenvolvimento submeteram seus projetos de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEEs) a um inventário da ONU, decidido na Conferência de Cancún, no México, em dezembro de 2010.

Após a Conferência, os países subdesenvolvidos decidiram se juntar para criar seus próprios planos de mitigação das emissões de carbono. A lista dessas ações segue um inventário com os planos de redução das nações industrializadas, que já vinham sendo reunidos desde o dia 10 de março. Até poucas semanas atrás, essa relação continha os planos dos 27 países da União Europeia e mais 15 de outras nações desenvolvidas, como os Estados Unidos o Japão, o Canadá e a Austrália.

Agora, unem-se a estas propostas os planos dos países em desenvolvimento. Essas promessas de redução são voluntárias, e a maioria das nações subdesenvolvidas vai precisar do auxílio dos países industrializados para colocar em prática seus projetos.

Muitas dessas propostas já haviam sido anunciadas antes, mas a listagem formaliza o compromisso dos países com a redução de emissões de dióxido de carbono. Esse documento é base para um sistema de “responsabilidade mútua”, mecanismo que permitirá aos países saber o que as outras partes do acordo estão fazendo para mitigar as mudanças climáticas.

Alguns países criaram propostas vagas e curtas. A China, por exemplo, afirmou apenas que vai diminuir a emissão de carbono por unidade de produção entre 40% e 45% até 2020. A Índia usou medida similar, prometendo cortar emissões entre 20% e 25% no mesmo período. Já o Brasil quer mitigar a emissão de seus GEEs em mais de um terço em relação aos níveis projetados para 2020, e o México, em 30%.

Outras propostas são detalhadas ao extremo. A Etiópia, por exemplo, listou 75 projetos, incluindo cada nova linha de trem que utilizará energia renovável. Já a Argentina, que baniu o uso de lâmpadas incandescentes, especificou subsídios para a energia eólica e solar. A Costa do Marfim listou um plano para mais hidrelétricas, energia renovável e administração florestal.

A Mongólia, além de instalar usinas solares no deserto, quer dar a criadores e agricultores nômades turbinas eólias portáteis. O país afirmou que ainda precisará utilizar carvão para sistemas de aquecimento doméstico, mas quer instalar boilers mais eficientes. A República Centro-Africana quer expandir suas florestas para cobrir um quarto de seu território.

O Himalaia e o Butão prometeram não emitir mais carbono do que suas florestas possam absorver. A Costa Rica e as Maldivas pretendem neutralizar suas emissões de carbono, e até o Afeganistão promete implementar planos contra as mudanças climáticas.

Além do inventário, 194 países concordaram, em Cancún, em criar o “Fundo Verde do Clima”, que reunirá cerca de US$10 bilhões dos países industrializados a serem investidos nos países em desenvolvimento, com objetivo de ajudar essas nações a se adaptarem às alterações climáticas e reduzirem suas emissões.

No entanto, as ações para definir mais detalhes do fundo foram adiadas, pois os países da América Latina e Ásia ainda não tinham definido quais seriam os seus representantes do comitê transitório, que ficará responsável por administrar o fundo.

O próximo fórum para discutir ações contra as mudanças climáticas se reunirá em Bancoc, na Tailândia, entre 3 e 8 de abril. Em seguida, Bonn, na Alemanha, sediará uma reunião, entre 6 e 17 de junho, e outro encontro acontecerá em Durban, na África do Sul, entre 9 e 28 de novembro. Neste último, espera-se que o comitê transitório apresente um plano completo para o “Fundo Verde do Clima”. (Instituto CarbonoBrasil)

Valor do mercado global de carbono cresce 5% >>> CarbonoBrasil

Fernanda B. Muller, do CarbonoBrasil

Cerca de 3,7 bilhões de toneladas de CO2e foram negociadas na forma de permissões de emissão da União Européia e Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) durante os primeiros seis meses de 2010, uma queda de 10% em relação ao mesmo período no ano passado.

Porém, o valor do mercado aumentou 5% em relação ao primeiro semestre de 2009, alcançando € 48 bilhões. A retração do volume se deve principalmente a queda drástica nas transações da Iniciativa Regional de Gases do Efeito Estufa (RGGI, em inglês), de acordo com análises da Point Carbon.

Aproximadamente 18% do volume total, ou 675 milhões de toneladas, foi proveniente do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o segundo maior segmento global do mercado após o esquema da União Européia. O valor total do MDL somou cerca de € 8 bilhões, uma alta de 47% em relação ao primeiro semestre de 2009. A expansão dos volumes negociados foi de 19%.

“Apesar da redução total no volume de carbono… o valor das transações ainda aumentou devido aos preços mais altos, indicando que no geral os mercados globais de carbono continuam a desempenhar bem apesar da recessão global”, comentou o analista sênior e autor da análise Endre Tvinnereim.

A média de preços cresceu nos mercados ao redor do globo para € 12,97/t em comparação com € 11,16/t no ano passado. As EUAs subiram de € 12,89 para € 13,80 e as RCEs secundárias ficaram na média de € 12,36.

“Os players do mercado de carbono ainda estão esperando por uma ou mais decisões políticas críticas que possam levar o mercado de carbono para o próximo nível”, ponderou Tvinnereim.

Estados Unidos
Já nos Estados Unidos com toda a indecisão em torno da legislação climática, o mercado da RGGI despencou em 2010, com o volume caindo dois terços para 110 milhões de toneladas e o valor em baixa de 77% para US$ 237 milhões (€ 194 milhões).

Ontem, a empresa Cantor CO2 anunciou o encerramento das atividades do seu escritório de carbono em Londres. As negociações na Europa serão conduzidas a partir dos Estados Unidos, segundo a empresa.

O analista de carbono da desenvolvedora de projetos Orbeo Emmanuel Fages explica que o mercado está calmo e “grande parte do volume passa por bolsas, então é mais difícil para os brokers”. As bolsas de valores dominaram o mercado de EUAs até agora em 2010, com 64% das transações de EUAs segundo a Point Carbon.

As análises englobam todos os mercados compulsórios de carbono ao redor do globo, incluindo Quioto, RGGI, New South Whales, CPRS, esquemas da Nova Zelândia e Alberta e créditos antecipados norte-americanos, não abrangendo os mercados voluntários.

(CarbonoBrasil)

“Elejor realiza leilão de créditos de carbono” /// Elejor.com.br

link para o edital do leilão: http://www.elejor.com.br/iadm/arquivos/EDITAL_LEILAO_ELETRONICO_N_003_2010_VENDA_CREDITO_CARBONO.pdf

 O mercado voluntário de créditos de carbono está prestes a ganhar maior notabilidade, pois será realizado no dia 30 de Março de 2010 o Leilão de créditos de carbono da Elejor.

A ELEJOR – Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A, empresa do setor elétrico do Estado do Paraná, promoverá um leilão de créditos de carbono certificados sob o padrão de maior reconhecimento neste mercado, o Voluntary Carbon Standard (VCS). Em termos de volume, este será o maior leilão de créditos voluntário já realizado no Brasil, pois comercializará 385.070 Voluntary Carbon Units (VCU) advindos do Projeto Complexo Energético Fundão Santa-Clara, localizado no Rio Jordão – Estado do Paraná.

O projeto reduz as emissões de Gases do Efeito Estufa, pois fornece energia de fonte renovável ao Sistema Interligado Nacional. Isto evita que outras usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis (carvão mineral, óleos combustíveis e gás natural) entrem em operação para suprir a demanda de energia elétrica no Brasil.


Ponto importante a ser ressaltado é que o empreendimento também está sob certificação dos requisitos do World Comission on Dams – Comissão Mundial de Barragens, além de já ter sido registrado sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL, do Protocolo de Quioto.

A realização deste leilão fomentará o mercado voluntário de reduções de emissões, trazendo a tona o debate sobre a importância das reduções de emissões de gases do efeito estufa e afirmando a posição do Brasil como detentor de uma matriz elétrica limpa.

O Leilão
Com início marcado para as 13h do horário de Brasília o leilão será realizado por meio de plataforma de negociação digital em ambiente web.

Informações sobre o edital de venda dos créditos de carbono e habilitações podem ser encontradas em
http://www.elejor.com.br/licitacoes.php

Sobre os créditos disponíveis para comercialização, os mesmos podem ser visualizados no VCS Project Database no seguinte link:

https://vcsprojectdatabase1.apx.com/myModule/rpt/myrpt.asp?r=112 (Project ID – 304)”

SMMA dá continuidade à discussão do Projeto de Reflorestamento /// Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ijuí -RS

foto: Mata Ciliar do Rio Formoso/MS
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) realizou na tarde dessa terça-feira, dia 5, reunião com os representantes da ONG Internacional CARE Markus Brose e Jalmar Mai, o reitor da Unijuí Gilmar Bedin, o prefeito Fioravante Ballin, o secretário de Meio Ambiente Osório Lucchese e o coordenador do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí Roberto Carbonera para dar continuidade à discussão do Projeto de Reflorestamento Assistido em Propriedades Rurais.

O secretário de meio ambiente Osório Lucchese salientou que a partir da estruturação do projeto, que tem 604 adesões entre os municípios de Ijuí e Ajuricaba, além da área de 43 escolas, o próximo passo é conseguir um investidor para aplicar recursos financeiros no projeto que é gestionado pela Fidene/Unijuí através do Departamento de Estudos Agrários.

O prefeito Fioravante Ballin ressaltou que o Executivo ajudará no processo de articulação para a captação de recursos e fará um agendamento de reuniões com os poderes públicos constituídos para apresentar o projeto e conseqüentemente receber apoio. Observou também que com estas ações e a sensibilização regional e trabalho integrado pode-se levar o Projeto para âmbitos Estadual e Federal. Sendo assim, na quarta-feira, dia 27, às 10h, o Projeto será apresentado às lideranças regionais na ACI, e posteriormente, levado a apreciação dos órgãos estaduais e empresas privadas.

Na ocasião o representante da CARE Markus Brose destacou que o projeto visa à adequação ao marco legal definido pela Legislação Florestal Federal, a restauração das Áreas de Preservação Permanente e outras áreas degradadas de mata ciliar (corredores ecológicos) de forma voluntária, além da disponibilização de insumos necessários para o plantio de mudas e isolamento de áreas sem custos para os produtores.

Afirmou também, que existem três estratégias que podem ser adotadas para a captação dos recursos: busca por grandes empresas geradoras de carbono na atmosfera, um consórcio entre várias empresas que investiriam de acordo com o seu potencial econômico e a procura por órgãos públicos que também estariam aptos a investir e neutralizar suas emissões.

Enfatizou, portanto, que o custo do projeto é de 3 milhões de dólares, valor que pode ser negociado em partes ao longo dos 30 anos em que as árvores devem ser monitoradas. No Brasil, é só uma questão de tempo até que as empresas poluidoras passem a ser cobradas legalmente, por isso, o interesse em estabelecer contratos com empresas que queiram ser pró-ativas no que se refere ao combate à poluição, pois a partir do investimento no projeto, os financiadores estarão se tornando “carbono neutro”, compensando os efeitos das emissões de gases na atmosfera.

E, ao final concluiu que este não é um projeto de créditos de carbono comum, pois tem uma interface voluntária, participativa e transparente, o que dá maior credibilidade e agrega valor ao projeto, que é uma iniciativa que descentraliza o mercado de créditos de carbono das grandes capitais para o interior do país, mobilizando órgãos públicos e instituições em prol do meio ambiente e dos recursos naturais.

Informação & Conhecimento