Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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Além do dinheiro

extraído do site do VITAE CIVILIS
servicos ambientais
Existem vários instrumentos econômicos e incentivos não monetários aplicáveis a sistemas de pagamento por serviços ambientais. Reconhecer essa diversidade abre caminho para soluções criativas, mais baratas e adequadas às realidades locais

Em mais de dez anos de atuação em sistemas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), o Instituto Vitae Civilis tem preferido o uso da expressão alternativa "Compensação Por Serviços Ambientais" (CSA). A sigla PSA se tornou consensual e disseminada, portanto também recorremos a ela com frequência por uma questão de padronização. Mas a diferença entre os dois termos é maior do que uma simples formalidade.
 
O conceito de CSA visa a fortalecer a noção de que existem múltiplas formas de incentivar a conservação da natureza. O pagamento em dinheiro, efetuado diretamente para o protetor-recebedor, é apenas um dos instrumentos econômicos disponíveis e não necessariamente o mais apropriado em todas as circunstâncias.
Acreditamos que ter em mente a diversidade de incentivos possíveis aumenta as chances de sucesso de projetos de PSA, sobretudo porque permite ao gestor aplicar a contrapartida mais adequada aos contextos locais.
 
Essa mentalidade também pode levar à redução de custos, pois favorece a busca de soluções criativas para uso dos recursos na administração pública. São exemplos: isenções fiscais, redirecionamento de subsídios, acesso privilegiado a crédito e a recursos produtivos, capacitação e assistência técnica para os prestadores de serviços ambientais, entre outras possibilidades.
 
Primeiramente, é preciso estabelecer que o PSA não se materializa apenas em projetos e programas que levam esse nome. A essência está no conceito, ou seja, no reconhecimento do valor de serviços ambientais e no uso de incentivos para preservação ou regeneração de sistemas naturais. O importante não é o pagamento, como a sigla pode sugerir, mas a busca da melhor forma de estimular comportamentos desejáveis.
 
Há inúmeros exemplos da aplicação desse tipo de pensamento em políticas públicas. No Brasil, desde o final da década de 1980, alguns estados vêm implementando o ICMS ecológico, mecanismo que aumenta os repasses de recursos oriundos do tributo estadual para os municípios que possuem unidades de conservação. Na região metropolitana de Curitiba, o projeto Condomínio da Biodiversidade oferece assistência técnica a proprietários de terra que desejam empregar medidas de conservação ou transformar remanescentes de floresta nativa em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Nenhum dos dois casos implica pagamento direto e individualizado aos prestadores de serviço ambiental, mas a motivação é a mesma.
 
Embora a recompensa em dinheiro também possa promover bons resultados, sua aplicação inspira cuidados. O primeiro risco diz respeito à definição do valor. Se for baixo demais, a contrapartida pode não ser suficiente para engajar os beneficiários, especialmente quando comparada aos ganhos potenciais de usos concorrentes da terra. Se, ao contrário, a quantia oferecida for muito atraente, teme-se desmotivar outras atividades produtivas. Qualquer que seja o valor, nos casos em que o prêmio se destina à restauração da natureza, aventa-se também a hipótese de que aproveitadores sejam instados a destruir o patrimônio ambiental apenas para recuperá-lo depois, mediante recompensa.
 
Para prevenir esse risco em particular, os programas de PSA devem dedicar atenção especial ao público que já protege recursos naturais. Incentivos para recuperação de áreas degradadas são desejáveis desde que estejam contemplados também os proprietários de áreas naturais conservadas e, de preferência, com estes tendo mais vantagens sobre os demais. Ademais, essa abordagem é fundamental para evitar que o pagamento enfraqueça motivações éticas e culturais quando alguns são remunerados por condutas que outros já adotam de graça, por convicção.
 
Esse é o temor de muitos autores que criticam o benefício monetário aplicado de maneira exclusiva. O pesquisador Luis Serra-Barragán, do departamento de Economia da Universidade de Warwick (Reino Unido), vale-se da Teoria dos Jogos para argumentar que as pessoas são tão mais propensas a colaborar pelo bem comum quanto maior for a percepção de que os outros também o fazem. Em tese, se o indivíduo percebe que o comportamento de seus pares é movido apenas por interesse material e individual, sua disposição em agir altruisticamente em prol do coletivo diminui.
 
Em PSA, argumenta o autor, esse risco se materializa na medida em que as restrições orçamentárias impõem necessariamente que nem todos os beneficiários elegíveis serão contemplados, pelo menos num primeiro momento. Assim, quem não recebe o pagamento poderia enventualmente perder a motivação de conservar por conta própria.
Naturalmente, todos os contratos firmados a título de PSA têm prazo definido. O que acontece depois que os contratos se cumprem? Sem o pagamento, os provedores de serviços ambientais voltarão a adotar práticas predatórias?
 
Mais uma vez, a resposta resvala na diversidade de compensações. É possível, por exemplo, planejar incentivos mais contudentes para a etapa de instalação do projeto e outros mais amenos para a fase manutenção dos resultados, desde que haja um processo de aprendizado no decorrer do percurso. Mesmo o projeto mais limitado em termos de recursos, planejamento e prazos é uma oportunidade para demonstrar que as boas práticas de uso da terra são benéficas ao proprietário e disso dependerá a continuidade dos resultados, ainda que o pagamento cesse. Mas essa possibilidade só se revela quando o PSA abre uma porta de diálogo entre pagador e recebedor.
 
A trajetória do pioneiro estado do Espírito Santo ajuda a ilustrar essa curva de aprendizagem. O programa estadual de PSA, com foco na conservação de recursos hídricos, começou premiando os proprietários de terra que tinham remanescentes florestais estratégicos ao longo dos cursos d'água. Depois, o programa passou a contemplar também a recuperação de áreas degradadas, mas o repasse limita-se a cobrir os custos de restauro, evitando, assim, que os beneficiários de melhor desempenho ambiental sintam-se injustiçados.
 
Mais recentemente, o estado passou a investir em capacitação. Um software especialmente desenvolvido para o programa PSA cria planos personalizados de agroecologia, revelando ao agricultor qual será o seu ganho de renda e produtividade se adotadas as melhores práticas, e em quanto tempo. Hoje, essa é a principal aposta dos gestores capixabas para os objetivos de longo prazo. Às vezes, o conhecimento é um tipo de capital tão ou mais eficiente que o financeiro para influenciar comportamentos de forma contínua.
 
Nossa principal recomendação para dirimir todas essas preocupações é conhecer profundamente a realidade sobre a qual se pretende intervir. No atual estágio de amadurecimento das políticas de PSA em municípios e estados brasileiros, há bons diagnósticos ambientais, porém essa mesma qualidade raramente se verifica no campo social. Estudar o contexto socioeconômico e, acima de tudo, planejar regras e ações de maneira participativa permite entender as reais demandas das comunidades, que não necessariamente serão monetárias.
 
Foi o que aconteceu na bacia do Rio Los Negros, na Bolívia, onde agricultores à jusante do rio vinham sofrendo com a escassez de água devido ao intenso desmatamento dos vizinhos na cabeceira. O planejamento participativo revelou que os responsáveis pelo desmatamento tinham interesse em apicultura. Assim, o município e os usuários da parte baixa do rio aceitaram oferecer caixas de abelha e insumos em troca da regeneração florestal.
Ainda que a compensação em dinheiro seja preferível, incentivos não monetários como capacitação ou assistência técnica podem ajudar a complementar o benefício, reduzindo os custos do projeto sem comprometer a adesão voluntária. E mesmo instrumentos exclusivamente econômicos podem ser desenhados de maneira mais criativa quando o modelo mental não está limitado à alternativa tradicional de pagamento.
 
O município mineiro de Montes Claros fez uso da boa e velha isenção fiscal para implantar um programa de PSA ao mesmo tempo tempo em que fortalece a economia local. Os proprietários que se dispõem a destinar parte de suas terras à conservação recebem mudas, assistência técnica e cédulas de "ecocrédito" no valor de R$ 110 por hectare/ano. As cédulas são aceitas como dinheiro em diversos segmentos de comércio. Os comerciantes, por sua vez, usam o ecocrédito para pagar impostos municipais, como IPTU e ISS.
 
Em suma, são infinitas as possibilidades de arranjo quando se reconhece que PSA não é um fim em si mesmo, mas um meio para promover a boa gestão ambiental do território. A lógica da compensação amplia a gama de opções e motiva a pergunta norteadora: que tipo de incentivo é mais adequado para alterar comportamentos na minha realidade local? O resultado é sempre mais confiável quando a própria sociedade é convidada a responder.

EMISSÕES DO SETOR DE USO DA TERRA, MUDANÇA DO USO DA TERRA E FLORESTAS - ESTADO DE SÃO PAULO



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FERRAMENTA DE ANALISE

As acoes e politicas ambientais do Estado de Sao Paulo mostram seu compromisso com a preservacao do meio ambiente. A presente publicacao “Emissoes do Setor de Uso da Terra, Mudancas do Uso da Terra e Florestas”, parte do 1˚ Inventario de Emissoes Antropicas de Gases de Efeito Estufa Diretos e Indiretos do Estado de Sao Paulo, lancado em 2010 pela Companhia Ambiental do Estado de Sao Paulo – CETESB, orgao da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA), e um exemplo desse empenho.

 O inventario identifica areas que permaneceram sob uma mesma categoria de
uso da terra no periodo inventariado e aquelas que foram convertidas para outras categorias de uso no mesmo periodo. O documento traz informacoes necessárias para estimar as mudancas nos estoques de carbono e as emissoes e as remocoesm antropicas de gases de efeito estufa associadas aos dados das atividades do uso da terra. Assim, e possivel estimar areas onde ha indicios de mudancas significativas na vegetacao.

 O livro e uma ferramenta para analise das principais fontes de emissao e remoção de Gases de Efeito Estufa - GEE e acompanhamento ao longo do tempo; identificação de setores e categorias “chave” para a definicao de estrategias para redução de emissoes.

 Esta publicacao e parte importante da Comunicacao Estadual e uma ferramenta para a gestao das emissoes de GEE e, como tal, deve ser utilizada dentro de uma estrategia de mitigacao das mudancas climaticas e de sustentabilidade. O documento sera atualizado periodicamente, de forma a gerar informacoes que sejam comparaveis, nacional e internacionalmente, e que permitam quantificar as emissoes do estado no contexto global.

 Conter as emissoes e tarefa indispensavel, impondo-se a necessidade de criação e implementacao de medidas de compensacao e adaptacao. E parte fundamental do compromisso assumido por Sao Paulo de participar ativamente dos esforcos de protecao do sistema climatico global e de promover a transicao para uma economia de baixo carbono no estado.

Bruno Covas
Secretario do Meio Ambiente

Estudo da esalq propõe metodologia para projeto florestal de crédito de carbono

 
Caio Rodrigo Albuquerque/ Assessoria de Comunicação da Esalq
11/06/2012
 
As crescentes preocupações com a mitigação das mudanças do clima levaram à criação de mecanismos de mercado que recompensassem financeiramente ações adicionais de remoção de gases do efeito estufa da atmosfera através de projetos voltados ao mercado de carbono.

Diante do exposto, o engenheiro florestal Thales Augusto Pupo West desenvolveu uma metodologia para projetos florestais de carbono envolvendo a conversão da exploração madeireira convencional (ilegal) para o manejo florestal que utilize técnicas de Exploração de Impacto Reduzido (EIR).

O estudo foi proposto no Programa de Pós-graduação em Recursos Florestais, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. Embora, no âmbito do Protocolo de Kyoto, apenas atividades florestais de florestamento e reflorestamento sejam consideradas elegíveis, a maturação do mercado voluntário de carbono levou regimes de mercado como o Verified Carbon Standard (VCS) a aceitarem, entre outras, atividades de projeto envolvendo a melhoria do manejo florestal, conta o autor do trabalho, que teve orientação de Edson José Vidal da Silva, docente do Departamento de Ciências Florestais (LCF) e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Estão incluídas entre essas atividades a conversão da exploração madeireira convencional (EC) para o manejo florestal com exploração de impacto reduzido (MF-EIR), atividade esta que, segundo West, muito provavelmente estará inclusa no escopo de um futuro programa florestal de mitigação das mudanças do clima, o REDD+ (redução de emissões do desmatamento e degradação florestal mais os benefícios do sequestro de carbono a partir de melhorias do manejo florestal).

Na prática, a pesquisa utilizou uma série histórica de 16 anos de dados de uma área florestal explorada através da EC e do MF-EIR em Paragominas (PA), onde o diâmetro e a altura do peito (DAP), o crescimento, a mortalidade e o recrutamento foram monitorados, além de identificados o nome vulgar e o nome científico de todos os amostrados. A área estudada, de 210 hectares, foi submetida a três formas de tratamentos: MF-EIR em 105 ha, exploração convencional em 75 ha e área de controle, não explorada, em 30 ha. As explorações aconteceram em 1993, sendo realizados inventários florestais pré-exploração, em 1993, e pós-exploração, nos anos de 1994, 1995, 1996, 1998, 2000, 2003, 2006 e 2009.

A partir disso o engenheiro florestal estimou os impactos dos tratamentos na dinâmica do carbono ao longo do tempo, sob a perspectiva de um projeto florestal de crédito de carbono envolvendo a conversão da EC para o MF-EIR. O objetivo foi desenvolver essa metodologia para que agentes madeireiros pudessem utilizar o incentivo financeiro do mercado de carbono como um pagamento por serviço ambiental, para adotar práticas sustentáveis de manejo florestal. Essa opção de projeto é elegível no mercado voluntário de carbono, porém necessita de uma metodologia aprovada para acontecer e até o momento não existe nenhuma que funcione dessa forma, explica.

Tendo como pilares regras e guias de boas práticas envolvendo atividades de uso do solo e mudanças do uso do solo, além de outras metodologias e ferramentas aprovadas para projetos florestais de carbono, a dinâmica dos estoques de carbono foi monitorada e, com base nessa dinâmica, foi estimado qual seria o retorno financeiro de um projeto de carbono.

A comparação entre os tratamentos MF-EIR e EC em relação às taxas de regeneração dos estoques de carbono apontou diferenças estatísticas significativas. O tratamento MF-EIR apresentou um incremento médio observado de 12,30 mg C ha-1 ano-1 e estimado de 13,01 mg C ha-1 ano-1, enquanto que o tratamento EC apresentou um incremento médio observado de 5,42 mg C ha-1 ano-1 e estimado de 5,43 mg C ha-1 ano-1, destaca o pesquisador.

Em termos econômicos, o estudo considerou cenários distintos envolvendo a área do projeto e avaliou resultados para 500, 1.000, 5.000, e 10.000 hectares, além do preço do crédito de carbono fixado em US$ 5,00, US$ 7,50, e US$ 10,00 por unidade. Observamos a partir daí uma matriz de resultados onde apenas projetos com área superior a 1.000 ha seriam possivelmente viáveis economicamente à atividade de projeto de carbono em questão. Concomitante, o valor mínimo estimado do crédito de carbono para que não haja prejuízo financeiro aos madeireiros por uma possível postergação do início do segundo ciclo de corte na área do projeto, tempo necessário para que os estoques de carbono da biomassa arbórea viva atinjam seu valor inicial pré-exploração, foi de US$ 5,33 por unidade. Esse valor está dentro da faixa de preços praticados pelo mercado de carbono apontada pela literatura.

Além dessas vantagens, West lembra que a metodologia sugere uma nova forma de abordagem dada ao credito de carbono, que é baseado atualmente no volume estocado, sem considerar se está alocado no reservatório de carbono da matéria morta ou no da biomassa viva. Um dos resultados sugere que o carbono estocado na biomassa viva é mais importante para a sustentabilidade do manejo florestal e deve ser dada maior importância a ele nesse contexto de PSA baseado no carbono florestal. Agora, o passo seguinte é submeter a metodologia para aprovação no VCS. No entanto, esse é um processo longo, finaliza.

Mais informações: (19) 3447.8613/ 3429.4109/ 3429.4485, site www.esalq.usp.br/acom, email acom@esalq.usp.br

Fonte: USP

Quase concluído o maior corredor de Mata Atlântica replantada no Brasil

Data: 11/06/2012 10:41
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Por: Redação TN / Assessoria de imprensa

O plantio dos últimos 100 hectares (ha) do maior corredor de mata atlântica reflorestada no Brasil, que ao todo soma 700 ha, já está em andamento e será encerrado em novembro deste ano. O projeto vem sendo realizado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em parceria com a Duke Energy e a Fazenda Rosanela, por meio do BNDES Mata Atlântica. Nesta última etapa de formação do corredor, que reconecta as principais Unidades de Conservação da Mata Atlântica no Pontal do Paranapanema – Estação Ecológica do Mico Leão Preto e Parque Estadual do Morro do Diabo – 60% já foram finalizados.

Nestes 100 ha, de acordo com o pesquisador do IPÊ, Laury Cullen Jr, que também coordena a ação, serão plantadas, ao todo, 200 mil árvores, sendo que o plantio da última fase do projeto, concentrada em Teodoro Sampaio, começou em novembro do ano passado.

“Este corredor ecológico é fundamental para a conservação de espécies ameaçadas”, observa. O objetivo, como acrescenta o pesquisador, é conservar a biodiversidade da mata atlântica, por meio da restauração florestal em áreas de preservação permanente (APPs) e reserva legal (RL) de propriedades rurais.

O gerente de Meio Ambiente da Duke Energy, Miguel Conrado Filho, explica que o corredor florestal margeia o Reservatório de Rosana – administrado pela empresa – e passa por dentro da Fazenda Rosanela, localizada entre as duas unidades de conservação. “Os 60 hectares já concluídos passam por uma fase de manutenção de dois anos”, aponta. Conforme Conrado Filho, o corredor propicia um caminho seguro para que os animais se locomovam entre os fragmentos.

“Este é um projeto ambiental muito importante, que vai ao encontro daquilo que a Duke Energy acredita, tanto que a empresa apoia a implantação de outros corredores florestais”, diz. Além do aspecto ecológico, ele lembra do aspecto social da empreitada. “As mudas são produzidas pelas comunidades regionais, melhorando também sua qualidade de vida”, completa.

Parceria

Cullen Jr afirma que com a finalização destes 100 ha, o maior corredor de mata atlântica reflorestada no País estará consolidado. “A interação do IPÊ com órgãos privados, como a Duke Energy, é de extrema importância”, considera. “Além de nos ajudar a concretizar projetos tão especiais, a parceria ainda incentiva outras empresas a fazer o mesmo, principalmente neste momento tão delicado para o meio ambiente, em função da discussão sobre o Código Florestal”, observa.

Além dos aspectos florestais, ele lembra da relevância do trabalho na preservação dos recursos hídricos da região, o que faz a diferença para as comunidades. “O Reservatório de Rosana fica no Rio Paranapanema, que abastece diversas cidades próximas”, pontua o pesquisador.

Corredor ecológico

O projeto viabiliza a reconstrução da paisagem da região do Pontal do Paranapanema, que, conforme Cullen Jr, se resume a “manchas de floresta” que abrigam espécies ameaçadas como o mico-leão-preto, a onça pintada e a jaguatirica, entre outras. “Um dos problemas para a sobrevivência dessas espécies é, justamente, a perda de habitat, e o corredor é uma das formas de suprir essa necessidade de deslocamento entre as unidades de conservação, tanto para alimentação como para reprodução dos animais”, destaca.

Reflorestamento

Em 12 anos de trabalhos de reflorestamento, a Duke Energy foi responsável pela distribuição de aproximadamente 10 milhões de mudas florestais. Por meio de diversas ações contribui para a conservação de 9.471 hectares, através da conectividade de áreas de reflorestamento com fragmentos florestais, que somam 6.613 ha.
Os municípios do Estado de São Paulo contemplados com os projetos de reflorestamento da empresa são Iepê, Pedrinhas Paulista, Maracaí, Barão de Antonina, Itaporanga, Sandovalina, Narandiba, Ibirarema, Salto Grande, Palmital, Cândido Mota, Teodoro Sampaio e Rosana. Já no Paraná, as ações abrangem as cidades de Porecatu, Sertaneja, Sertanópolis, Primeiro de Maio, Rancho Alegre, Leópolis, Florestópolis, Itaguajé, Itambaracá, Andirá, Cambará, Jardim Olinda e Paranapoema.

Iniciativa global de reflorestamento é lançada em Bonn

Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil/WRI/Mongabay


Imagem: Mapa identifica áreas com o potencial de serem restauradas / WRI

Acredita-se que cerca de 30% da cobertura florestal do planeta tenha sido perdida no último século e outros 20% tenham sido degradadas. Mais de um bilhão de hectares que eram florestas até algumas décadas hoje estão ocupadas por pastos e pela agricultura.

Para tentar reverter um pouco esse quadro, líderes políticos, empresariais e representantes de organizações não governamentais como a World Resources Institute (WRI) e a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN em inglês), estiveram reunidos na cidade alemã de Bonn na semana passada.

O resultado do encontro foi a criação do Conselho Global de Restauração (Global Restoration Council), uma iniciativa que promete restaurar 150 milhões de hectares de florestas até 2020. Para presidir a entidade foi escolhido o ex-primeiro-ministro da Suécia Göran Persson.

“Restaurar 150 milhões de hectares representa uma grande oportunidade para criar empregos e crescimento econômico ao mesmo tempo em que protegemos nossa natureza e clima. Estou muito feliz de estar à frente dessa nova entidade que deve atrair atenção e recursos para as florestas. Estou ansioso para trabalhar com líderes globais, empresariais e outros colegas nesse esforço visando deixar claro qual a importância da restauração florestal”, declarou Persson.

O Conselho vai se basear em um novo mapeamento global que identificou mais de dois bilhões de hectares com potencial para restauração. Esse levantamento, produzido pelo WRI, IUCN e pela Universidade da Dakota do Sul para a Global Partnership on Forest Landscape Restoration, praticamente dobra as estimativas anteriores.

“A restauração florestal pode trazer enormes benefícios. Melhora a segurança alimentar, aumenta a biodiversidade, protege nosso clima e ainda gera empregos. Com este objetivo de 150 milhões de hectares, nós temos uma grande oportunidade de agir em prol das pessoas e da natureza”, afirmou Manish Bapna, presidente da WRI.

Se for mesmo alcançada, esta meta será uma enorme contribuição para a obtenção do Objetivo 15 da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) e do acordo de REDD + da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (UNFCCC).

O Objetivo 15 da CBD pede a restauração de 15% dos ecossistemas degradados até 2020, enquanto a meta do REDD + é deter a liberação de carbono pelo desmatamento e degradação de florestas.

O Conselho Global de Restauração não trabalhará em áreas de produção agrícola, apesar do WRI acreditar que “o plantio estratégico de árvores poderia aumentar a produtividade ao restaurar os serviços ecossistêmicos”.

Os líderes do conselho esperam que a meta de 150 milhões de hectares restaurados seja adotada como oficial pela ONU e por outras instituições e governos.

(Instituto CarbonoBrasil)

Método alternativo desenvolvido na Esalq restaura cobertura florestal em áreas degradadas

Publicado em janeiro 5, 2011 por HC
Alternative method restore forest cover in degraded areas
Técnica utiliza semeadura direta de espécies nativas como opção ao plantio de mudas, com menores custos

Pesquisa realizada pelo biólogo Ingo Isernhagen na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, aplicou semeadura direta de espécies árboreas nativas em Áreas de Preservação Permanente (APP). O método obteve eficiente cobertura florestal de áreas degradadas e com custo menor na comparação com a utilização do plantio de mudas.

Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a pesquisa foi desenvolvida em duas áreas experimentais localizadas em duas APPs na Usina São João (USJ), em Araras (interior de São Paulo). Entre os anos de 2006 e 2007, pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF), coordenado pelo professor Ricardo Rodrigues, realizaram o Programa de Adequação Ambiental da USJ. “Naquela época foram realizados os primeiros contatos com os administradores, especialmente do Programa Margem Verde, que já executava plantios de árvores na usina, sobre o interesse em utilizar áreas com passivo ambiental para implantação de experimentos de restauração florestal pelo LERF”, relata Ingo.

Além de ceder as áreas, a equipe do Programa Margem Verde forneceu mão-de-obra e alguns insumos, sendo imprescindível para a implantação e acompanhamento do projeto. O estudo partiu da observação da necessidade de criar métodos alternativos ou complementares para o plantio de mudas de espécies arbóreas nativas para restauração florestal de áreas degradadas, eficientes do ponto de vista técnico e econômico. “O trabalho teve como objetivo geral avaliar a eficiência técnica e econômica da semeadura direta de espécies arbóreas nativas para a colonização inicial de áreas agrícolas abandonadas com baixa capacidade de auto-regeneração e para o enriquecimento de áreas florestais restauradas com baixa riqueza de espécies”, conta o biólogo.

A pesquisa testou diferentes densidades de sementes de espécies arbóreas nativas necessárias para a ocupação inicial das áreas degradadas. Uma vez instalados os experimentos, avaliaram-se também o tempo para ocupação dessas áreas e os investimentos financeiros necessários, além de parâmetros de desenvolvimento da comunidade florestal. Para a primeira ocupação da área degradada foram utilizadas espécies arbóreas nativas de rápido crescimento e que fornecessem boa cobertura de copa (semeadura de preenchimento, com espécies denominadas “espécies de preenchimento”). Algumas das espécies utilizadas para preenchimento foram timboril (Enterolobium contortisiliquum), mutambo (Guazuma ulmifolia), lobeira (Solanum lycocarpum), pau-cigarra (Senna multijuga), monjoleiro (Acacia poliphylla), paineira (Ceiba speciosa), sangra-d’água (Croton urucurana), capixingui (Croton floribundus), canafístula (Peltophorum dubium), entre outras.

Sustentabilidade
Uma vez ocupadas as áreas, foi feita a semeadura de enriquecimento, com espécies diferentes das primeiras, promovendo a auto sustentabilidade da floresta. Nessa etapa, foram plantadas espécies como jatobá (Hymenaea courbaril), cedro (Cedrela fissilis), cabreúva (Myroxylon peruiferum), jequitibá (Cariniana estrellensis), pau-marfim (Balfourodendron riedelianum) e a copaíba (Copaifera langsdorfii), entre outras trinta espécies. Os resultados mostraram que houve excelente cobertura da área degradada em cerca de dois anos e meio, período semelhante ao que normalmente acontece com o plantio de mudas. As densidades testadas permitiram também a formação de uma comunidade florestal mais densa do que a formada por plantios de mudas em espaçamento 3 metros (m) x 2m (mais comum). Enquanto nesse método a densidade é de 1.666 indivíduos/hectare, na semeadura direta alcançaram-se densidades estimadas entre 1.215 e 13.000 indivíduos/hectare.

“O custo para aquisição de sementes para obter uma muda no campo a partir de semeadura direta da maioria das espécies utilizadas pode ser duas a três vezes menor que o preço de uma muda em viveiro”, revela o pesquisador. “Ressalte-se que o método pode e deve ser adotado de forma complementar ou associado ao plantio de mudas, e não necessariamente substituir o mesmo. Não foi possível avaliar, durante o tempo de execução da tese, se a semeadura direta de enriquecimento é viável técnica e economicamente, mas os resultados preliminares também indicam que o método é promissor, podendo ser adotado inclusive para outras formas biológicas, como arbustos e lianas.”

Ingo salientou também que é importante desenvolver o manejo de sementes de espécies nativas, desde a colheita no momento apropriado até o armazenamento. “A qualidade do lote de sementes pode ter implicações diretas, junto a outros fatores de campo, no sucesso do método”, enfatiza. “É necessário atentar ainda para problemas relacionados à infestação por plantas daninhas especialmente nos primeiros meses após a semeadura, ao revolvimento do solo por animais, à predação por formigas e à profundidade em que é colocada a semente, entre outros fatores que devem ainda ser melhor estudados”.

A pesquisa faz parte da tese de doutorado “ Uso de semeadura direta de espécies arbóreas nativas para restauração florestal de áreas agrícolas, sudeste do Brasil”, apresentada no Programa de Pós-graduação em Recursos Florestais da Esalq. O trabalho teve orientação do professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Departamento de Ciências Biológicas (LCB) da Esalq.

** Mais informações: ingoise@gmail.com, com Igor Isernhagen
Reportagem da Agência USP de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 05/01/2011

São Paulo vai reflorestar vinte e sete hectares da mata atlântica

Autor: Redação 360 Graus
Data: 10/12/2010
Mata atlântica
O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, vai recuperar uma área de 27 hectares da mata atlântica paulista. O reflorestamento da Fazenda São Joaquim, em Araçariguama, na região de Sorocaba, vai começar ainda neste mês.

A ação é fruto de parceria entre o instituto, a ONG Pé de Planta e a Concessionária CCR Via Oeste. A fazenda abriga os cavalos utilizados no processo de produção de soros do Instituto Butantan.

O projeto prevê o plantio de 46 mil mudas de árvores, e servirá como compensação ambiental de obras realizadas pela Via Oeste. O projeto ainda prevê o tratamento do solo da fazenda, a restauração de um espaço que servirá de alojamento para veterinários e a construção de três piquetes com todas as especificações ambientais legais.

O plantio das árvores começa neste mês e a ONG ainda promoverá diversos trabalhos de educação ambiental com os funcionários e crianças da Fazenda São Joaquim. “A parceria traz benefícios para o Instituto Butantan, mas principalmente para o meio ambiente. A questão ambiental é uma das preocupações da instituição, que tem buscado constantemente iniciativas que contribuam com a natureza”, afirma Otavio Mercadante, diretor do Instituto Butantan

Reflorestamento captura mais carbono do que monocultura de árvores >>> Ambiente Brasil

Por Rafaela
Publicado:4 de agosto de 2010

Pesquisadores Australianos, ao analisarem projetos de restauro florestal, descobriram que o reflorestamento de áreas desmatadas (em especial de florestas) captura carbono de maneira mais eficiente do que plantações industriais de monoculturas, ou ainda de grandes fazendas com apenas um tipo de espécie plantada.

A pesquisa, publicada na revista científica Ecological Management & Restoration, acaba com a crença de longa data de que plantações de monoculturas podem capturar mais carbono do que uma floresta replantada. Isso é uma grande novidade para os fãs da biodiversidade, porém, o reflorestamento também custa muito mais caro.

Incaper realiza VI Simpósio Capixaba sobre Seringueira >>> Agrosoft

Incaper realiza VI Simpósio Capixaba sobre Seringueira: O Brasil importa atualmente 70% da borracha consumida no país
Créditos: IncaperCom o intuito de discutir o panorama atual de mercado para a borracha e incentivar a atividade como alternativa de reflorestamento e renda nas propriedades rurais, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado a Secretaria da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca do Espírito Santo (Seag), realiza juntamente com a prefeitura de São Gabriel da Palha, o VI Simpósio Capixaba sobre Seringueira. A abertura oficial ocorreu ontem (2306/10), e as atividades prosseguem até hoje (24/06/10), das 7h30 às 17 horas, no Centro de Eventos de São Gabriel da Palha.

O público estimado para o evento é de cerca de 600 pessoas, em sua maioria composto de produtores rurais que praticam a atividade ou tem interesse em ingressar no setor. O objetivo é demonstrar que o plantio de seringueira pode representar um bom negócio para os produtores rurais capixabas, além de consolidar o Programa de Expansão da Heveicultura Capixaba (Probores), lançado pelo Governo do Estado durante a quinta edição do mesmo Simpósio, no ano passado.

Dentre as metas do Programa está a implantação de 75 mil novos hectares de seringueira no Estado, preferencialmente em consórcio com outras culturas. De acordo com o coordenador do programa de Silvicultura do Incaper, Pedro Galveas, a espécie arbórea pode ser plantada juntamente com o café, cacau, cupuaçu ou palmáceas, formando-se assim um sistema agroflorestal, que traz benefícios ao solo e ainda proporciona mais de uma fonte de renda no mesmo espaço territorial.

Além disso, a seringueira é uma boa alternativa para atender à legislação ambiental com uma atividade rentável, na medida em que essa cultura pode ser explorada em Áreas de Preservação Permanente (APP), como margens de rios, topos de morros e áreas com declividade superior a 45°; incluindo-se também nos conceitos da Reserva Legal, que consiste na obrigatoriedade do reflorestamento de 20% da propriedade rural.

MERCADO

Um ponto importante que será abordado durante o Seminário são as tendências de mercado para a borracha. Segundo Pedro Galveas, o Brasil importa atualmente 70% da borracha consumida no país do Sudeste Asiático, o que representa um gasto diário de R$ 3,6 milhões.


O Espírito Santo apresenta 13 mil hectares de área plantada com a Seringueira. Isso representa uma produção de aproximadamente 7,5 mil toneladas de borracha, que correspondem a 6% da produção nacional, estimada em 107 mil toneladas. Entretanto, somente a indústria pneumática consome o dobro da produção nacional.


Ainda de acordo com Galveas, a borracha apresenta atualmente um excelente preço no mercado, sendo vendida em média por R$ 3,00 o quilo, o que representa um valor mais alto até mesmo que o petróleo. Estima-se que quatro hectares plantados com a seringueira geram renda suficiente para manter uma família.

"Os dados demonstram que a heveicultura tem muito espaço para crescer no Espírito Santo e em todo o Brasil, pois há uma grande demanda interna pela borracha. Portanto, o Governo do Estado está incentivando a expansão da atividade, pois além de apresentar um ótimo retorno econômico, contribui para o meio ambiente. A seringueira, além de proteger e regenerar o solo, é uma das plantas que mais retira o gás carbônico da atmosfera", afirma Galveas.


O PROBORES
O Probores tem como meta diminuir a importação da borracha e pulverizar o plantio de seringueiras pelo Estado, pois incentiva os pequenos produtores a investir na cultura, que é vista como "amiga do meio ambiente".

O objetivo geral do Probores é promover a implantação de 75 mil novos hectares de seringueira no Espírito Santo e, com isso, contribuir para o abastecimento interno do País e propiciar a proteção do meio ambiente, bem como a sustentabilidade do homem.

O programa visa a incentivar principalmente os pequenos produtores que desenvolvem a agricultura familiar e estejam organizados em associações, cooperativas e assentamentos.

No ano de 2009, foram distribuídas aos agricultores capixabas 300 mil mudas subsidiadas de seringueira, e para 2010 estão previstas mais 300 mil. Os produtores que se interessarem em participar devem procurar o escritório do Incaper de seu município e se inscrever no Programa.


PROGRAMAÇÃO

A palestra de abertura ficou por conta do representante da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha (Abiarb), Ademar Queiroz do Vale, que irá demonstrar aos agricultores os produtos finais que são produzidos a partir da borracha.

"É possível produzir mais de 50 mil artefatos diferentes a partir da borracha, sendo que 70% do material é destinado à confecção de pneus. È importante que o produtor conheça a importância da matéra-prima que ele produz", afirma Galveas.

Hoje (24/06/10), especialistas do Incaper, da Seag, da Embrapa e da Revista Lateks, de São Paulo, irão discutir diversos aspectos ligados à implantação, produção e comercialização da seringueira.

FONTE
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
Assessoria de Comunicação do Incaper
Paula Varejão - Jornalista
Telefone: (27) 3137-9868

Grupo Petrópolis avança no projeto de reflorestamento /// Consumidor Moderno

Ações 2011
O Grupo Petrópolis – terceiro maior fabricante de cervejas do país e dono das marcas Crystal, Lokal, Itaipava, TNT, Black Princess e Petra – atinge o número de 271.950 mudas de árvores nativas plantadas.

O plantio faz parte de uma série de ações voluntárias em prol do meio ambiente, pertencentes ao Projeto AMA – Área de Mobilização Ambiental. A AMA está presente nas quatro unidades fabris, localizadas em Petrópolis e Teresópolis no estado do Rio de Janeiro, em Boituva, no estado de São Paulo e em Rondonópolis, no estado do Mato Grosso.

Ao final do projeto, estima-se que as 1,1 milhão de arvores plantadas somadas as matas preservadas irão retirar cerca de 85 mil toneladas de CO2 da atmosfera e reter 36 bilhões de litros de água por ano. O projeto de reflorestamento está orçado em R$10 milhões.

Nas áreas de reflorestamento das cidades de Teresópolis e Petrópolis, foram criadas trilhas ecológicas educativas, aproveitando-se as paisagens privilegiadas de Mata Atlântica, uma verdadeira aula ambiental interativa.

A inauguração das trilhas aconteceu em março de 2010, contando com a participação de 110 pessoas, entre estudantes e professores da rede pública de ensino. “A preservação do meio ambiente é uma questão de responsabilidade, especialmente, de vida para as gerações futuras”, afirma Agostinho Gomes da Silva, diretor do Grupo Petrópolis.

Vale anuncia fundo de reflorestamento para 450.000 hectares /// AFP-UOL

A mineradora brasileira Vale anunciou nesta quarta-feira a criação de um fundo misto de reflorestamento, para exploração comercial e recuperação ambiental, no valor de 605 milhões de reais destinado a plantar 450.000 hectares de árvores no Brasil até 2022.
O fundo pretende proteger e recuperar 300.000 hectares de florestas nativas com madeiras nobres e destinar 150.000 hectares ao plantio comercial de eucalipto.

Os investidores são a própria Vale, que terá 40% do fundo, associada aos fundos de pensão Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com uma fatia de 20% cada.

O objetivo é financiar o projeto de reflorestamento Vale Florestar, criado em 2007 pela mineradora e que já recuperou 70.000 hectares. "Conseguimos parceiros para acelerar um plano que temos tocado há algum tempo", afirmou Agnelli em coletiva de imprensa na sede da empresa, no Rio de Janeiro. "Pretendemos criar alternativas econômicas para a população das regiões de florestas que não seja simplesmente queimar a madeira (existente) para fazer carvão", disse Agnelli.

O executivo garantiu o potencial de rentabilidade do fundo, já que no Brasil existe um déficit anual de 2 milhões de metros cúbicos de madeira. "A madeira será vendida a indústrias de celulose, confecção de móveis e outros", disse.

O Brasil conta com 3,2% das florestas comerciais do mundo, contra 32,7% da China e 10% de Estados Unidos e Índia, destacou Onito Barbosa, diretor da Global Equity, gestora do fundo.

O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, explicou que existem outros fundos de pensão estrangeiros, como o Calpers, dos funcionários públicos da Califórnia (EUA), que já investem em reflorestamento no sul do Brasil.

A criação do fundo ainda requer autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O presidente da Vale afirmou ter planos de replicar esse projeto em outros países em que a mineradora atua, como Moçambique e Indonésia, nações que registram altos índices de desmatamento.

Depois de chegar a níves de desflorestamento de 30.000 km2 anuais no início da década, em 2009 o Brasil conseguiu baixar para 7.000 km2 a área da Amazônia devastada.

O desmatamento contribui para tornar o país o quarto emissor mundial de gases de efeito estufa.

A destruição das florestas, que libera toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, é a causa de cerca de 20% das emissões mundiais de gases que provocam o efeito estufa.

A Seicho-No-Ie do Brasil fará Reflorestamento em parceria com a Sede Internacional

Uma área degradada de 500 hectares será adquirida para ser reflorestada pela SEICHO-NO-IE DO BRASIL. A compra será custeada com doações feitas por adeptos do Japão, onde uma campanha de arrecadação inicia no próximo mês de abril. Essa foi a notícia trazida em primeira mão pela Diretora-Presidente, professora Marie Murakami, durante a Cerimônia de Entrega da Certificação ISO 14.001, dia 7 de março último, no Salão Nobre da Sede Central.


Carbono Zero – De volta do Japão, onde participou da 81ª Solenidade Comemorativa da Fundação da Seicho-No-Ie e Transmissão da Sagrada Tocha da Verdade ao Supremo Presidente da Seicho-No-Ie, a professora Marie explicou que a ação faz parte dos esforços da Sede Internacional em neutralizar a emissão de carbono de suas atividades, a chamada campanha Carbono Zero.

De mudança – Enquanto a sede brasileira da Seicho-No-Ie faz sua parte de acordo com os caminhos apontados pela matriz, em Tóquio, esta desponta por suas iniciativas verdes. Depois de ser reconhecida pela Sede Mundial da ISO (Genebra, Suíça) como a primeira entidade do mundo religioso a obter a Certificação ISO 14.001, no ano 2000, a Seicho-No-Ie do Japão adquiriu uma área de 70 mil metros quadrados na Província de Yamanashi, na montanha de Yatsugatake, onde até 2012 será erguida nova sede administrativa sem uso de concreto, para onde serão transferidos todos os funcionários e rotinas.

Utilização de energia solar e de carros elétricos é dada como certa dentro desse processo. De acordo com edição recente do Jornal Enkwan editado pela Sede Internacional, o objetivo é “estabelecer um modo de viver com o mínimo de emissão de CO2” e “fazer com que os funcionários convivam com a natureza, respeitando-a e manifestando o Ensinamento da Seicho-No-Ie”.

BNDES investirá R$ 71 milhões em projetos de reflorestamento /// Agencia Estado/Gazeta On Line


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai aplicar R$ 71 milhões no reflorestamento de áreas degradadas em sete Estados com espécies nativas da mata atlântica. Foram selecionados 27 projetos, que abrangem 4 mil hectares. Não-reembolsável, o financiamento provém de lucros obtidos pelo banco. A Iniciativa BNDES Mata Atlântica foi lançada no ano passado para preservar um dos biomas mais ameaçados no País. Está em fase final de análise, por isso os projetos ainda não podem ser divulgados. Entre os 27 projetos selecionados, oito são de São Paulo, oito do Rio, quatro de Minas e três da Bahia.
O programa foi proposto por 22 ONGs, segundo o chefe do departamento de Operações e Políticas de Meio Ambiente do BNDES, Márcio Macedo. Segundo ele, haverá forte demanda nos próximos anos por projetos de reflorestamento, principalmente por causa da compensação ambiental de grandes obras. No entanto, Macedo avalia que existe um gargalo no País: a produção de mudas e sementes.

Está previsto um levantamento sobre a capacidade de produção de mudas no País, com a participação de universidades. Macedo diz que há expectativa de uma nova rodada de financiamento para este ano, com linhas específicas para o setor de mudas e viveiros. "Queremos que o programa seja um dos instrumentos para que esse negócio cresça e seja atrativo."

Em dezembro, uma equipe do BNDES visitou a fazenda Plathymenia, da empresa Biovert, que produz mudas há 23 anos em Silva Jardim, a 140 km do Rio, e um dos técnicos disse: "Ficamos muito bem impressionados".

O engenheiro florestal Marcelo de Carvalho, dono da Biovert, calcula que haverá uma demanda de pelo menos 50 milhões de mudas até 2016, ano da Olimpíada no Rio.

"Hoje seria impossível produzir isso", avalia Carvalho. Segundo ele, a Biovert produz três milhões de mudas por ano, em duas safras, de cem espécies diferentes, todas da mata atlântica. "A chegada do BNDES pode ser a redenção desse mercado, que não pode mais ficar marginal do jeito que é. Ao mapear isso, o banco está buscando uma informação técnica essencial, que hoje não existe", diz Carvalho. Ele não participou da Iniciativa Mata Atlântica, mas poderá eventualmente ser beneficiado com a venda de mudas para projetos vencedores.

"O produto do banco é o dinheiro, e a parte ambiental é hoje um obstáculo para qualquer empreendimento. Como o BNDES vai emprestar o dinheiro dele se não tiver como resolver o problema ambiental?", indaga o dono da Biovert. "Ou ordena esse segmento ou não vai conseguir emprestar dinheiro."



TREINAMENTO
O programa do BNDES abrange o período máximo de quatro anos a partir do plantio e prevê o treinamento de trabalhadores recrutados junto à "população de baixa renda residente no entorno de cada área-alvo". Pelo menos 20% da mão de obra direta deverá receber treinamento em reflorestamento ecológico. Se gerados eventuais créditos de carbono decorrentes do projeto, eles deverão ser cedidos ao BNDES, e não serão negociáveis.

Os projetos não poderão ser implementados em áreas sobre as quais incidam obrigações de recuperação decorrentes de compensações ou exigências formuladas em processo de licenciamento ambiental, termos de compromisso e de ajustamento de conduta ou autuações por infração à legislação florestal.

O Ministério do Meio Ambiente também anunciou, na semana passada, que vai selecionar outros 12 projetos de conservação da mata atlântica. Nesse caso, serão investidos R$ 4,2 milhões, por meio da Cooperação Financeira Brasil/Alemanha, com o Banco KfW.



enviado por: Ana Paula de Andrad

Reflorestamento avança no Tocantins com aumento de 420% /// ASCOM - SEAGRO

O plantio florestal para a recuperação de áreas degradadas é um segmento em ascensão. O Tocantins possui todas as condições favoráveis para o crescimento neste setor. Os dados levantados pela Seagro - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - mostram a estimativa dessa evolução. A estimativa de plantio para os próximos dois anos é aumentar em torno de 420%. Em 2010, deve alcançar um acréscimo de 100% em relação a 2009.


Os investimentos aplicados contribuíram para o aumento da silvicultura. Em 2008, foram plantados 36,6 mil hectares em reflorestamento, expandindo para 49,6 mil hectares plantados, em 2009. Com uma projeção animadora, a expectativa é ultrapassar 208 mil hectares em todo Estado, em 2011. As maiores regiões de plantio no Tocantins estão localizadas no Bico do Papagaio, São Miguel do Tocantins e Palmeirópolis, Sul do Estado. O eucalipto, a teca, o neem, a seringueira e o pinus são as principais espécies silvícolas cultivadas no Estado.

Segundo o diretor de Fruticultura e Silvicultura da Seagro, José Américo, esse avanço do reflorestamento é resultado de alguns fatores. “Além da preocupação dos efeitos climáticos e a demanda crescente em madeira, o Tocantins é potencialmente atrativo para esta cultura. A luminosidade, o clima, a disponibilidade de terras e a logística para a exportação favorecem o desenvolvimento de diferentes espécies silvícolas”, pontuou.

Para impulsionar a atividade, o Governo do Estado, por meio da Seagro estimula o reflorestamento com ações voltadas para o aumento do plantio. Para reforçar essa prática, alguns projetos estão em andamento. Um deles é o Jardim Clonal da Seringueira, implantado no Centro Agrotecnológico de Palmas, com cultivo de clones para produção de material genético. A intenção é repassar esse material para os pequenos produtores do Estado. O local ainda contempla um plantio experimental de diversos clones de eucalipto.

Programação 2010

O reflorestamento é proporcionado com distribuição de mudas nativas do cerrado. As atividades para 2010 são intensificadas com a distribuição de 120 mil mudas para pequenos produtores do Estado. No decorrer deste ano acontece também o 5º Reflorestamento do Estado e o II Seminário de Frutos Nativos do Cerrado. (Elmiro de Deus

Informação & Conhecimento