Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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ONS defende leilões regionais de energia, com matriz definida /// Valor Online

Plantão Publicada em 24/05/2010 às 16h47m

Valor Online
Comentários..RIO - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, defendeu hoje a realização de leilões regionais de forma a aumentar a segurança energética nos quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN). A ideia de Chipp é organizar os leilões de acordo com as necessidades e potenciais de cada região.

De acordo com ele, deveria haver uma leilão para construção de termelétricas no subsistema Sul, principalmente depois que, por falta de gás, foi interrompida a geração em Garabi e em Uruguaiana, representando a perda de 2.600 MW de garantia em um mercado com demanda de 9 mil MW.

"Para o operador seria mais interessante se fizesse esse tipo de leilão. Tem que olhar regiões específicas e fontes específicas na diversidade da matriz. O Nordeste tem uma vocação de eólica incrível e, em vez de fazer leilão de eólica nacional, seria mais prudente fazer um leilão dirigido", frisou Chipp. "A matriz energética é de responsabilidade do governo, não é do resultado do leilão", acrescentou.

Chipp explicou que atualmente há o intercâmbio de energia para o Nordeste, que conta com um grande número de termelétricas, mas lembrou que em 2006 e 2009 foi necessário transferir energia para o Sul do país, com o envio de cerca de 6 mil MW médios.

Para o comandante do ONS, uma falha em uma linha de transmissão poderia ter deixado o Sul sem energia por conta da falta de térmicas na região, em um cenário de nível elevado dos reservatórios das hidrelétricas do país.

"Os reservatórios com 90% e desabastecimento no Sul seria o fim da picada", afirmou. "Tem que levar essa ideia ao ministério, para ter um leilão específico. Não houve ainda uma análise estruturada, mas na hora que for discutido de forma estruturada e formalizada, acho que vai vingar, porque é notória a necessidade de térmicas no Sul", reforçou.

Chipp voltou a ressaltar que o ONS trabalha para evitar riscos de corte de energia. Embora tenha frisado ser impossível o risco zero de blecaute, citou estudos feitos pelo operador e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre a necessidade de construção de um novo circuito para aliviar o tronco que transporta a energia produzida por Itaipu.

Enquanto os investimentos passam por estudos, o ONS concentra a luta para evitar interrupções como a de novembro do ano passado - quando chuvas fortes levaram a um corte de energia prolongado em diversos estados - em medidas operacionais como o monitoramento das condições meteorológicas da linha vinda de Itaipu.

Em caso de chuvas fortes, reduz-se a carga na linha e compensa-se essa redução com geração maior em outras hidrelétricas ou em térmicas. "Os leilões (e construção de novas linhas) demoram de dois a três anos. Enquanto isso, implantamos medidas operativas", ponderou Chipp.

(Rafael Rosas-Valor)

RENOVÁVEIS TERÃO ATÉ 80% DOS EMPRÉSTIMOS DO BID /// Agencia Ambiente Energia

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) planeja, para os próximos três anos, que até 80% dos futuros empréstimos para a área de energia sejam destinados a projetos de fontes renováveis de energia – biomassa, geotérmica, solar, eólica e hidrelétrica, contra os atuais 30%.

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Segundo o BID, melhorias no processo de regulação e a queda dos custos dos equipamentos impulsionaram a demanda de investimentos em projetos de energias renováveis na América Latina e no Caribe, em particular para empreendimentos de geração eólica.

O BID, em 2009, destinou US$ 1,2 bilhão em financiamentos para projetos do setor privado, sendo que um terço se voltou a financiar projetos de energia renovável e eficiência energética na região. “Vários países da região desejam diversificar suas fontes de energia e estão mudando o seu marco regulatório para atrair mais investimentos em energia limpa”, comentou Hans Schulz, gerente geral do Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo do BID.

A expectativa é que a demanda de energia na América Latina aumente 50% até 2030, exigindo investimentos da ordem de US$ 1,5 trilhão. Projeção da Agência Internacional de Energia mostra que somente na próxima década a região precisará de um incremento de 26% na sua capacidade instalada de geração de energia. Segundo ele, sem financiamento de longo prazo, os projetos de energias renováveis não podem virar realidade. “Por isso, o apoio multilateral tem sido essencial para que muitos projetos de energia verde se tornem realidade”, comenta, descatando os prazos dos financiamentos do BID que chegam a até 15 anos, contra os cinco anos dos bancos comerciais.



Energia eólica - Nos últimos anos, a demanda por financiamento por projetos de geração eólica ganhou mais espaço na carteira do BID, uma vez que os novos materiais e desenhos de turbinas reduziram o custo por MW. Com isso, a eólica passou a ser uma alternativa atraente para governos e empresas da América Latina. Em dezembro do ano passado, por exemplo, a entidade aprovou financiamento de US$ 102 milhões para dois projetos de energia eólica, num total de 318 MW, para o estado de Oaxaca, no México.[1]

O BID também financia projetos de energia limpa e eficiência energética por meio de empréstimos e doações a governos de seus 26 países membros mutuários. No ano passado, o banco mais que duplicou os financiamentos para melhorar o meio ambiente, enfrentar a mudança climática e incentivar as energias renováveis. Foram aprovados 33 novos empréstimos para projetos verdes nos setores privado e público, num total de mais de US$ 3,5 bilhões. Do total de projetos, 15 deles, num total de US$ 2,1 bilhões, foram destinados a mudança climática e as energias renováveis.

CPFL fatura € 1,4 milhão com CERs /// Energia Hoje

A CPFL espera faturar até € 8,9 milhões com a venda de certificados emissões reduzidas de gases do efeito estufa (CERs) até 2012. Apenas no ano passado, a empresa arrecadou € 1,46 milhão com a comercialização de créditos de carbono.

Segundo o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da CPFL, José Antonio Filippo, a companhia possui 1,017 milhão de CERs reconhecidos pela ONU. Em 2009, a empresa comercializou 13,7 mil CERs por meio da repotenciação de suas PCHs e 93 mil CERs da hidrelétrica de Monte Claro (130 MW), no rio das Antas (RS). Foi a primeira venda de créditos de carbonos de uma hidrelétrica a fio d’água no mundo.

Monte Claro tem ainda um potencial de comercialização de 619 mil CERs até 2012, quando termina a vigência do Protocolo de Kyoto. Outra hidrelétrica localizada no mesmo complexo, a 14 de Julho (100 MW), também tem potencial de comercialização de 286 mil certificados. (R.P.)

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