Daniela Estrada
SANTIAGO, Chile, 11 de outubro, (IPS) - Quantos litros de água são necessários para produzir um quilo de uva? O esforço para medir a “pegada hídrica” deste e outros produtos de exportação chilenos pode dar frutos no final do ano. Trata-se de um indicador com potencialidades e limitações, afirmam especialistas. A pegada hídrica é o volume total de água doce usado na produção de bens e serviços. Pode ser calculada para um produto, uma empresa ou um país.
“Talvez, a pegada de água não siga o mesmo caminho da pegada de carbono, mas o certo é que chama as empresas a repensarem a gestão de seus recursos hídricos”, disse ao Terramérica Rodrigo Acevedo, chefe de projetos de agroindústria da Fundação Chile, entidade que mede esse indicador no país. “Trata-se de uma mudança de modelo”, segundo Rodrigo, pois obrigará as empresas a “irem além dos conceitos legais”, como os direitos de aproveitamento de água, e considerar os efeitos de seu consumo na sustentabilidade das bacias hídricas e de seu próprio negócio.
No momento, a entidade que lidera a definição de padrões é a Water Footprint Network (Rede de Pegada Hídrica), uma fundação sem fins lucrativos com sede na Holanda que já calculou a pegada de uma xícara de café, que é de 140 litros de água, e a de um quilo de arroz, que chega a três mil litros. Para fazer o cálculo, são consideradas três “pegadas”: a verde, que corresponde à contribuição das chuvas; a azul, referente às captações de águas superficiais e subterrâneas; e a cinza, que inclui a contaminação gerada no processo produtivo.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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Quem bebe a água dos pobres /// L'Osservatore Romano - IHU/Unisinos
Os já limitados recursos hídricos dos países em desenvolvimento correm o risco de serem enxugados em grande parte por causa da produção de mercadorias que vão para o Ocidente.
A afirmação é de um estudo da associação britânica Royal Society of Engineers, segundo a qual dois terços do total da água utilizada para produzir alimentos e bebidas apenas para a Grã-Bretanha vêm de países que já sofrem com uma seca endêmica.
A reportagem é do jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, 21-04-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Segundo o relatório, os países em desenvolvimento, estimulados pela demanda de mercadorias do Ocidente, estão utilizando grande parte dos seus recursos hídricos em produtos de exportação, correndo o risco assim de ficarem sem água.
O relatório apresenta uma lista de quanta água é necessária para a produção de alguns alimentos e bebidas, considerando as quantidades necessárias para a produção de todos os ingredientes: para um pint de cerveja (cerca de meio litro) gastam-se 74 litros de água, enquanto para uma xícara de café são necessários 140 litros.
Segundo as previsões do relatório, quando a população mundial superar os oito bilhões, isto é, em cerca de 20 anos com base nas previsões demográficas, a demanda geral de alimento e energia irá crescer 50% e a de água, 30%, o que poderia determinar uma crise hídrica mundial. A Royal Society of Engineers pede, portanto, que a comunidade internacional tome precauções imediatas.
Com relação aos recursos hídricos, além disso, a questão crucial é a da gestão e da proteção, certamente não a da quantidade. A humanidade não tem pouca água, mas não é garantido a grande parte da população do mundo o acesso à água limpa.
Justamente nestas semanas, foram divulgados os dados da descoberta de uma gigantesca reserva aquífera no subsolo da Amazônia, a maior do mundo, que poderia fornecer água potável a uma população 100 vezes maior que a população mundial.
No estudo realizado pelos pesquisadores da Universidade do Pará, afirma-se que o imenso depósito – 440.000 quilômetros quadrados com uma espessura média de 545 metros – contém 86.000 quilômetros cúbicos de água doce, uma quantidade superior ao volume do Mediterrâneo. O perigo é que, como já ocorreu com outras importantes reservas aquíferas subterrâneas, esta também possa ser comprometida pela poluição ou pela exploração desenfreada.
A afirmação é de um estudo da associação britânica Royal Society of Engineers, segundo a qual dois terços do total da água utilizada para produzir alimentos e bebidas apenas para a Grã-Bretanha vêm de países que já sofrem com uma seca endêmica.
A reportagem é do jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, 21-04-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Segundo o relatório, os países em desenvolvimento, estimulados pela demanda de mercadorias do Ocidente, estão utilizando grande parte dos seus recursos hídricos em produtos de exportação, correndo o risco assim de ficarem sem água.
O relatório apresenta uma lista de quanta água é necessária para a produção de alguns alimentos e bebidas, considerando as quantidades necessárias para a produção de todos os ingredientes: para um pint de cerveja (cerca de meio litro) gastam-se 74 litros de água, enquanto para uma xícara de café são necessários 140 litros.
Segundo as previsões do relatório, quando a população mundial superar os oito bilhões, isto é, em cerca de 20 anos com base nas previsões demográficas, a demanda geral de alimento e energia irá crescer 50% e a de água, 30%, o que poderia determinar uma crise hídrica mundial. A Royal Society of Engineers pede, portanto, que a comunidade internacional tome precauções imediatas.
Com relação aos recursos hídricos, além disso, a questão crucial é a da gestão e da proteção, certamente não a da quantidade. A humanidade não tem pouca água, mas não é garantido a grande parte da população do mundo o acesso à água limpa.
Justamente nestas semanas, foram divulgados os dados da descoberta de uma gigantesca reserva aquífera no subsolo da Amazônia, a maior do mundo, que poderia fornecer água potável a uma população 100 vezes maior que a população mundial.
No estudo realizado pelos pesquisadores da Universidade do Pará, afirma-se que o imenso depósito – 440.000 quilômetros quadrados com uma espessura média de 545 metros – contém 86.000 quilômetros cúbicos de água doce, uma quantidade superior ao volume do Mediterrâneo. O perigo é que, como já ocorreu com outras importantes reservas aquíferas subterrâneas, esta também possa ser comprometida pela poluição ou pela exploração desenfreada.
Empresas tentam reduzir desperdício de água /// DCI
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Postado por
Unknown
em
3/22/2010 03:09:00 AM
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aquífero guarani,
climate change;massas populacionais;alimento;água;calor intenso,
consumo de água,
desperdicio de energia;compensação ambiental,
reágua
Fernando Teixeira
SÃO PAULO - A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 22 de março como Dia Mundial da Água. No Brasil, 73% da água potável são destinados à agricultura, 21%, à indústria, e apenas 6%, ao consumo doméstico. Uma das grandes preocupações das autarquias e empresas de saneamento básico é combater o desperdício na própria rede e as ligações clandestinas. Somente a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) descobriu, na região metropolitana de São Paulo, 17 mil fraudes em 2009. Em Ribeirão Preto, interior paulista, a tubulação velha é responsável por desperdiçar perto de 40% da água. Para evitar perdas, empresas investirão milhões em prevenção e infraestrurura.
Em Ribeirão Preto, cidade de 600 mil habitantes a cerca de 350 quilômetros da capital, a preocupação do Departamento de Água e Esgotos (Daerp) é substituir cerca de 19,2 mil metros de rede distribuidora de água na região central. Segundo Taneilson Wagner Cristiano Campos, diretor superintendente da autarquia municipal, em alguns pontos da cidade a tubulação tem mais de 100 anos. Ao todo são consumidos 138.100 m³ por dia.
Outra particularidade do abastecimento da cidade é que a captação é feita toda no subterrâneo, no Aquífero Guarani. O reservatório se estende pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Argentina, Paraguai e Uruguai. Ocupa uma área de 1,2 milhões de km², dos quais 70% estão no Brasil.
Campos contou ao DCI que o governo municipal já possui verba própria para realizar a obra, mas não revelou o montante. A obra será realizada por método não destrutivo. "Analisamos três tecnologias e se teremos uma ou duas tubulações: no caso de uma, quando há manutenção é preciso abrir a rua para o conserto; no caso de duas, uma em cada calçada, o gasto de execução é mais elevado, mas evita quebrar o asfalto. Vamos decidir e lançar edital."
Outras medidas de combate à perda de água é a colocação de macromedidores - que ficam na saída dos poços e subestações de distribuição. "A conta é simples: subtrair do total enviado o que é medido nas casas e indústrias. A diferença é o que se desperdiça."
Além da medição, desde o ano passado a cidade, que trata de 98% do esgoto, faz o programa preventivo e o punitivo, contra desperdício. Campos ressaltou que o programa preventivo é a visita de estudantes de Engenharia às casas e empresas para orientar a população. O punitivo, por sua vez, é o programa "Caça-Fraudes". Ao todo, 6 equipes verificam empresas, indústrias e casas, buscando ligações. "Se for constatada fraude, é feito o boletim de ocorrência e o proprietário recebe sanções legais."
Outra empresa que tenta combater o roubo de água é a Sabesp, empresa que faz o saneamento básico de 300 municípios. No ano passado, a empresa identificou mais de 17 mil fraudes na rede de abastecimento da região metropolitana de São Paulo.
O volume de água desviado pelos "gatos" foi de pouco mais de 3,5 bilhões de litros, o suficiente para abastecer por um mês uma cidade de 650 mil habitantes. Com a descoberta das irregularidades e a negociação com os fraudadores, a Sabesp recuperou um montante de R$ 18,5 milhões que haviam deixado de ser faturados.
No acumulado do ano, das 17.296 detectadas, quase 82% (14.534 casos) localizavam-se em imóveis residenciais, e 10% (1.740), em comerciais. O levantamento também identificou 200 irregularidades em indústrias (1%) e 1.285 (7%) em empresas. Das fraudes, o tipo mais comum foi o de violação de hidrômetro: 9.217 casos. As ligações clandestinas chegaram a 6.258.
Santo André
O Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa), cidade que fica na Grande São Paulo, investirá R$ 70 milhões, dos quais R$ 50 milhões se destinam à construção de uma nova estação de tratamento de água que abastecerá 25% do consumo na cidade, e o restante, no Programa Reágua (Programa Estadual de Apoio à Recuperação de Águas). A estação de tratamento está dentro das metas de investimento previstas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e os valores para o financiamento aprovado vêm do fundo de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O processo burocrático até a assinatura do contrato com a Caixa Econômica Federal deve se estender até o dia 27 de novembro, com a liberação dos recursos pelo Tesouro Nacional. Depois disso, será iniciado o processo licitatório.
Segundo Fernando Debeus Costa, assistente da superintendência, desde 1997 existe uma outorga do Departamento de Águas e Energia Elétrica para captar água da Represa Billings (na região do Parque do Pedroso, local onde a estação será construída). "O governo federal incluiu a obra no PAC porque o custo da obra é muito alto para que o município a faça. Daremos início à obra em 2011 e, depois de concluída, haverá água suficiente para 200 mil pessoas."
Hoje, Santo André é responsável pela produção de somente 6% da água consumida; a cidade compra da Sabesp os outros 94%. A nova estação de tratamento, com capacidade para tratar 350 litros de água por segundo, elevaria a produção própria de água para aproximadamente 25%.
Para agilizar o processo, Costa diz que será contratado um projeto executivo - de cerca de R$ 1 milhão - para fazer a interligação de 10 km entre estações.
Para água de reúso há previsão de investimentos de mais de R$ 20 milhões do Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD). Segundo o governo estadual, o Banco Mundial disponibilizará US$ 130 milhões para atender os projetos selecionados. O Reágua prevê que as prefeituras entrem com uma contrapartida no valor de 30% da obra, percentual a ser ressarcido na conclusão projeto. A contrapartida do município é uma forma contratual de garantir a realização do projeto: as cidades que não comprovarem a eficiência da obra executada não receberão de volta a porcentagem investida.
Costa diz ainda que haverá um viveiro de plantas - contrapartida para a construção do Rodoanel Mário Covas - em cuja irrigação será usada água de reúso. Na fase final do Reágua, cerca de 80 instituições de ensino receberão troca de hidrômetro, instalação de equipamentos de uso racional, como vasos sanitários de baixo consumo e restritores de vazão (diminuem pressão nos tubos).
SUSTENTAVEL 2009 - Inovação e Novos Modelos de Negócio
Sustentavel 2009:
SustainAbility, Amanco, Coca-Cola e TNC compartilharam suas visões e experiências em direção a modelos mais sustentáveis de gestão.
"_Eficiência energética, redução do consumo de água no processo produtivo e design ecológico foram alguns dos pontos levantados. “O que estamos enfrentando é um jogo de eficiência no qual é preciso produzir com menos energia, menos água e menos emissão”, comentou Mark Lee, da SustainAbility. “Sustentabilidade é uma jornada. Todo desperdício é poluição e diminui a sustentabilidade”, completou Regina Zimmermann, da Amanco."
Veja mais sobre este tema acessando o link abaixo:
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SustainAbility, Amanco, Coca-Cola e TNC compartilharam suas visões e experiências em direção a modelos mais sustentáveis de gestão.
"_Eficiência energética, redução do consumo de água no processo produtivo e design ecológico foram alguns dos pontos levantados. “O que estamos enfrentando é um jogo de eficiência no qual é preciso produzir com menos energia, menos água e menos emissão”, comentou Mark Lee, da SustainAbility. “Sustentabilidade é uma jornada. Todo desperdício é poluição e diminui a sustentabilidade”, completou Regina Zimmermann, da Amanco."
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