Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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Discurso de Dilma no G20 em Cannes, na sexta feira 4/nov

Dilma fala sobre crise na zona do euro, comercio com a China etc.
Veja á partir do minuto19:45 onde ela fala sobre Clima; Rio +20; Agricultura e Corrupção. Neste ultimo tema ao contrario dos anteriores onde ela se coloca de forma detalhista e específica, ela generaliza e evita falar sobre o que ocorre no Brasil.

O ACORDO DE COPENHAGUE E AS DECISÕES DE CANCUN NO CONTEXTO DA CONVENÇÃO DO CLIMA --- 31 de agosto de 2011---

"Para facilitar o aporte de auxílio financeiro, tecnológico e de capacitação, a COP 16 determinou a criação de um registro para armazenar informações sobre as Namas que buscam apoio internacional. Para que os países em desenvolvimento consigam obter este apoio internacional, eles devem informar ao secretariado os custos estimados e a redução de emissões para cada Nama, assim como o prazo previsto para sua execução. Namas apoiadas internacionalmente estarão sujeitas a monitoramento, relatório e verificação (MRV, na sigla em inglês) nacional e internacional, em conformidade com diretrizes a serem desenvolvidas, enquanto as ações de mitigação financiadas domesticamente estarão sujeitas a MRV nacional, em conformidade com orientações também a serem desenvolvidas."

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COP-16: É preciso mudar o sistema e não o clima

Data: 16/12/2010

Por: Redação TN / IHU On-Line
Presente na 16º Conferência do Clima, que ocorreu em Cancún, Ivo Poletto conversou com a IHU On-Line assim que chegou ao Brasil. Ele fala sobre os bastidores da COP-16, das principais reivindicações e diz que, de certa forma, este encontro foi melhor do que o ocorrido no ano passado em Copenhague. Ivo Poletto é assessor de pastorais e movimentos sociais. Trabalhou durante os dois primeiros anos do governo Lula como assessor do Programa Fome Zero e foi o primeiro secretário-executivo da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Autor, entre outros, do livro Brasil, oportunidades perdidas: Meus dois anos no governo Lula (Rio de Janeiro: Garamond, 2005), é cientista social e educador popular.

“No evento em que se tratou da miséria, escutamos os companheiros dos vários países. Estes narraram os eventos extremos das mudanças climáticas em seus países. Eles trouxeram o testemunho sobre enchentes enormes, grandes quantidades de chuva em pouco tempo, períodos de seca intensos. São situações que causam um desastre social e da biodiversidade imenso, causando muito sofrimento. Por isso mesmo há um sentimento crescente de que temos que chegar a acordos o mais urgentemente possível”, analisou.

Confira a entrevista.
– O senhor esteve em Cancún acompanhando a COP-16 a convite de quem e com que propósito?

Ivo Poletto – Nós estávamos participando de um evento organizado por uma entidade da Igreja Católica alemã de solidariedade internacional. Ela apoia, há muito tempo, iniciativas sociais ligadas às pastorais e movimentos sociais, aqui no Brasil, da América Latina, na África, na Ásia. Junto a outras unidades de solidariedade, ela resolveu chamar algumas pessoas ligadas da América Latina para realizarmos, em Cancún, um seminário durante a COP-16. Desta forma, conseguimos, ao mesmo tempo, participar de vários espaços que existiram durante a realização da COP-16.

– Como se deu a dinâmica das conferências paralelas à COP-16?
Ivo Poletto – Pelo lado mais institucional, nós tínhamos a Conferência do Clima que é a 16ª e ela aconteceu num grande hotel de Cancún. Participaram deste evento representantes dos governos, negociadores das entidades da ONU e também representantes de ONG’s. Antes de chegar nesse espaço oficial da COP-16, havia um outro espaço localizado num grande salão de eventos. Ali que se faziam as inscrições para o encontro e também era o local onde havia material disponível de tudo quanto é iniciativa ligada ao clima, tais como: iniciativas de países, de ONG’s, de empresas, inclusive brasileiras.

First official draft on climate deal///COP 15

Um grupo de trabalho, sob a tutela do UNFCCC, apresentou hoje o esboço daquilo que poderia vir a ser um Acordo Global do Clima para depois de 2012, anos em que expira o Protocolo de Quioto.

Em linhas gerais, ( bem gerais), o documento aponta para reduções de GEE no mundo desenvolvido na ordem de 75% até 90%, até o ano de 2050, tendo como base o ano de 1990. Ou seja : redução de emissões partindo de 75% até 95%, considerando-se patamares de emissão no ano base de 1990.


O paper vincula ainda os países em desenvolvimento, (para reduções) mas não indica numeros especificos de redução de emissões.

O documento indica ainda como patamar aceitavel de aumento na temperatura apenas 1,5 graus celsius, ou seja, menor do que foi discutido até agora: 2,0 graus celsius.


Todos sabem e mencionam que a conta a ser paga será grande, mas também são unanimes em não saber apontar que pagará esta conta.


EUA, China e India ainda não se manisfetaram formalmente sobre quaisquer acordos vinculantes sobre redução de emissões.


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The world should at least cut its total greenhouse gas emissions by 50 percent by 2050, says the document from a key UN working group.

Morten Andersen (article updated with links to draft texts in pdf format)
12/12/2009 09:45


A key working group under the UN Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) came up with a six-page text Friday. The draft may form the core of a new global agreement to combat climate change beyond 2012, when the present framework, the Kyoto Protocol, expires. However, most figures in the text are shown in brackets – meaning that there is not yet agreement on these specifics. Most importantly, the draft states that emissions should be halved worldwide by 2050 compared to 1990 levels, but it also suggests 80 percent and 95 percent reductions by that year as possible alternative options.

The draft is produced by Michael Zammit Cutajar (second from right on photo above), Chair of the Ad Hoc Working Group on Long-Term Cooperative Action (AWG-LCA).

Even the core goal of the deal is in brackets. Throughout 2009, a number of scientific and political conferences have called for global warming to be kept below two degrees Celsius. Still, the new draft mentions 1.5 degrees Celsius as a possible alternative goal.

Besides the ultimate target of cutting emissions by 50 percent (or 80 percent, or 95 percent respectively) by 2050, the paper also puts forth an interim target by 2020 to be set. For emissions generated by developed nations, a target of 75 percent in reductions (or more – ranging up to 95 percent) is suggested. As for developing countries, the text calls for “substantial deviations” from present growth rates in emissions.

Comments from climate groups vary: “There are many holes - the text displays diversions. Still it (the draft) clearly shows that it is possible to reach a deal. The holes need to be filled through political will and specific political commitments. We still do not know how much money will be paid and by whom,” Kim Carstensen, head of global conservation organisation WWF’s climate campaign, tells Danish daily Berlingske.

More critical is Erwin Jackson of the Australian Climate Institute: “It would be a huge backwards step if this is adopted. There is no mandate for a legally binding treaty that would take in the US or the big developing countries like China and India,” Erwin Jackson tells The Sydney Morning Herald. (Photo: UNFCCC/IISD)

Brasil;Pensando o Futuro

por Laércio Bruno Filho

O Brasil se projeta no cenário internacional como o país que em médio prazo deve atingir o patamar de economia desenvolvida. Atravessou o pior momento da recente crise global de forma praticamente incólume, sabiamente utilizando suas reservas financeiras e oportunamente estimulando o consumo interno, apesar de algumas distorções, como por exemplo, o altissimo custo interno do dinheiro. Mas enfim sobreviveu bem à crise.

Quando comparado á alguns outros países desenvolvidos ainda profundamente envoltos na recessão econômica, como por exemplo Espanha, , que tem alto índice de desemprego (ultrapassando 11%)ou Inglaterra cujo PIB encolheu 0,4 % no ultimo trimestre, nota-se que o país estabilizou sua economia e retoma o crescimento de forma surpreendente e promissora.


Fatores Contribuintes
Energia
A divulgação da descoberta do Pré-Sal funcionou como um empurrão para frente,uma mola propulsora da auto-estima econômica para o País e aos brasileiros,atraindo bilhões de dólares em investimento produtivo.

Projeções técnicas apontam que dentro dos próximos 10 anos a riqueza vinda do pré-sal já esteja à tona e convertida em volumosos recursos financeiros fundamentais ao desenvolvimento e o crescimento sustentável do país. Inclusive já oferecendo visões de um futuro economicamente mais estabilizado e amplo , com grande geração de novos negócios, serviços, produtos e tecnologias. Principalmente na área de infra-estrutura que edificará o suporte necessário à logística da extração do petróleo, o refino e sua distribuição trazendo junto toda a cadeia de serviços e produtos correlatos.

Esporte, Educação Turismo e Serviços
A Copa do mundo de 2014.
O Brasil vai movimentar dezenas de bilhões de dólares na construção da infra-estrutura esportiva, logística, hoteleira e na educação e capacitação profissional da população. Já hoje o BNDES sinaliza com oferta de recursos que serão direcionados, entre outros, à modernização do segmento aeroportuário.Haverá intenso ingresso de capital externo por conta do fluxo de visitantes resultando em grandes lucros para o país.

Sendo uma atividade produtiva que não polui,o Turismo exige em contra-partida um criterioso preparo da mão de obra envolvida na sua operação.
Serão necessários profissionais adequadamente capacitados no atendimento ao turista; dominio de linguas estrangeiras; incorporação de valores sociais como cidadania, conhecimento da cultura local – historia e costumes brasileiros e comprometimento com a preservação do meio-ambiente.

Este conjunto de habilidades incorporados de forma integrada e simultânea, distribuídos de forma fisicamente equânime nos pontos críticos, as cidades-sedes, edificará o sucesso do evento. Haverá ganhos concretos de imagem e reputação perceptíveis em nível mundial.
No ano de 2014 o Brasil será a grande vitrine para o mundo.

Olimpíadas de 2016.
O país será novamente o centro da atenção mundial tendo a grande oportunidade para apresentar-se como nação socioambiental educada e tecnicamente capacitada. Mostrando padrões educacionais adequados, contemporâneos com as demandas de nação economicamente desenvolvida. Rede de ensino formal capilar distribuída em todo o território eliminando o analfabetismo funcional. Enfase à ética e redução da corrupção. Distribuição de renda mais equitativa.
Formas inovadoras de contratação e prestação serviços, criação de novas indústrias e produtos ampliação a oferta de empregos para a população.

E quem sabe, o país incorpore o esporte e a educação socioambiental como fatores-chave adicionais para alcançar e manter o desenvolvimento sustentável.

A Questão Climática

Restam apenas algumas semanas que nos separam da Conferencia Climática, em Copenhagen.
O Brasil deveria se posicionar como líder na questão climática. Por conta de suas fortes vantagens comparativas: extensão territorial continental, crescente importância geopolítica e econômica e gigantescas (e ameaçadas) reservas de recursos naturais.

Este posicionamento significa liderar o grupo dos países em desenvolvimento, encabeçando as discussões sobre as exigências e pleitos feitas pelos países e as respectivas negociações necessárias. Assumir agressivas metas próprias de redução das suas emissões (que em sua maior parte são de desmatamento) servindo como exemplo às demais nações, principalmente as grandes emissoras.

A sustentação desta posição se daria por conta de uma coalizão internacional bem articulada com todos os países em desenvolvimento,BRIC inclusive. Formação um bloco único, mesmo considerando-se suas enormes diferenças, com o poder de pressionar e barganhar em favor da contenção do aquecimento global ao mesmo tempo que preservando crescimento sustentável.

Os mais pobres são os que mais sofrerão com os impactos causados pelo aumento da temperatura: escassez de alimentos, epidemias, desaparecimento gradual de água potável e para agricultar, êxodo de populações; aliados á dificuldade de acesso à tecnologias,conhecimento e analfabetismo, culminando com a relutância na transferencia de recursos financeiros para adaptação ao novo clima por parte dos países ricos, o que só agrava o estado de pobreza. Indicadores já amplamente divulgados pelos estudos científicos do IPCC, OMS e ONU.

No cenário global, climático, não existe um líder definido.
Dúvidas pairam sobre esta questão. Todos esperam pelo posicionamento dos EUA, que sabidamente “sofre” muita pressão interna quando se trata do controle interno de suas emissões de GEE. Existe um fortíssimo lobby que é contra reduções de emissões maiores que 20%, ano base 2005, alegando alto impacto negativo na economia americana.
Os demais países europeus não consensam sobre metas e no Japão o segmento industrial duvida do atingimento às metas anunciadas.

“Momentum”
As recentes posições declaradas por entidades brasileiras como a Manifestação publica do Agrobusiness e da Industria Paulista (Fiesp); a lei aprovada pela Assembléia Legislativa Paulista estabelecendo metas de redução e controle dos gases efeito estufa em nível estadual, o posicionamento da industria da carne em controlar o desmatamento, do Estado do Amazonas , do Mato Grosso e do Pará em reduzir e punir o desmatamento e incentivar a conservação da floresta em pé, dos gestores públicos se reunirem para discutir metas de controle de emissões,representam todos, sinais concretos que são muito bem vistos e interpretados pela comunidade internacional.
O país inteiro aguarda apenas um sinal verde, apresentando medidas pragmáticas e metas realizáveis, para abraçar a questão climática.
E este sinal deve partir do governo e sociedade, simultaneamente e em comum acordo.

Cabe ao Brasil, uma vez que possui os pré-requisitos originais reconhecidos e respeitados em nível mundial, se posicionar e trabalhar de forma habilidosa o contexto diplomático afim de modelar o papel de líder climático e incorporá-lo.

O país assumindo esta posicão formal frente à comunidade internacional, evoluiria para um estágio socioambiental muito mais avançado em relação ás outras potencias em desenvolvimento, como China, Índia e Rússia.
E,para se tonar uma nação desenvolvida este posicionamento é muito significante.

Os eventos programados para os próximos anos representam passos edificantes da grande caminhada que deve culminar com o Brasil tornando-se a próxima nação desenvolvida,ainda na primeira metade deste século e ocupar o lugar que lhe cabe no contexto mundial.
Assim, a liderança climática é um fator de vital importância.

Mudanças Climáticas: O Futuro do Mundo está Sendo Decidido.

por Nicholas Stern The Observer, Sunday 18 October 2009

Ministros do meio ambiente e energia de diversos países estão reunidos hoje em Londres para tentar consensar e acelerar os pontos mais cruciais sobre as negociações relativas ao tratado internacional sobre mudanças climáticas.

Alguns progressos significativos foram feitos nas últimas semanas, como Japão, por exemplo, que anunciou sua intenção em reduzir as suas emissões de dióxido de carbono e outros gases de estufa em 25% até 2020,tendo o ano de 1990 como base.

Mas ainda há obstáculos importantes e algumas dúvidas pairam sobre se um sólido pacto global pode ser forjado em tempo hábil para ser apresentado na conferência sobre mudanças climáticas em Copenhague, que acontecerá dentro de sete semanas.

Este acordo poderá ser consolidado caso os governos concentrem-se na questão primordial: as exigidas e necessárias reduções globais das emissões , com os países ricos a assumindo a liderança através da assunção de metas agressivas,dando o exemplo, e apoio financeiro aos países em desenvolvimento para que estes também possam assumir metas significativas de redução.

Os números são importantes para isso, então deixe-me explicar o porquê.

As emissões globais de gases com efeito de estufa apenas no ano de 2010 devem atingir o patamar dos 47 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (podendo ultrapassar os 50 bilhões de toneladas, caso não haja uma desaceleração econômica global). Países ao redor do mundo têm delineado e apresentado programas que podem reduzir as emissões anuais em cerca de 49 bilhões de toneladas de CO2 equivalente até o ano de 2020. Caso nada seja feito,nenhum acordo global assinado entre os países e tudo continue na mesma;cenário conhecido como “business as usual”; as emissões de CO2 chegarão aos 55 a 60 bilhões de toneladas.

No entanto, para que seja economicamente viável e mantendo o aumento da temperatura em até 2 graus centigrados; o que os cientistas já apontam como perigoso; as metas de reduções não devem ser menores que 44 bilhões de toneladas até 2020. Outras projeções mais conservadoras apontam para 35 bilhões de toneladas em 2030 e 20 bilhões de toneladas até 2050.

Colocado de outra forma, isto quer dizer que as emissões no mundo atual, na média per capita é cerca de 7 toneladas de dióxido de carbono equivalente a cada ano. Existem grandes variações entre os países: por exemplo, os Estados Unidos emitem cerca de 24 toneladas per capita, enquanto a Índia emite per capita menos que 2 toneladas .

Em 2050,a população mundial deverão chegar a 9 bilhões, de forma que a emissão média per capita terá que ser inferior a 2 toneladas por ano. Para os países ricos, isso vai exigir uma redução das suas emissões anuais em pelo menos 80% até 2050.

Dado que as emissões da China hoje são de 6 toneladas por habitante e devem crescer, e que os países em desenvolvimento possuirão 8 bilhões de pessoas em 2050, fica muito claro que estes países representarão um importantíssimo foco de atenção na questão das alterações climáticas.

Desta forma será necessário encontrar uma modelo para reduzir 5 bilhões de toneladas de CO2 até 2020.
Isso é possível. Por exemplo, um esforço concentrado na luta contra o desmatamento poderá reduzir as emissões de forma efetiva em pelo menos mais 2,5 bilhões de toneladas. O transporte aéreo e marítimo internacional poderão diminuir ainda mais o total global em pelo menos meio bilhão de toneladas.

Os países ricos também poderiam reduzir o total global de emissões em mais de hum bilhão de toneladas, caso implementassem suas ambiciosas ações de cortes.A união Européia, por exemplo, sinaliza que vai reduzir os seus níveis de emissão entre 20 e 30% até o ano de 2020(tendo como ano-base 1990, caso haja um acordo global significativo).

Os países em desenvolvimento também deveriam fazer uma contribuição similar, descobrindo caminhos viáveis de desenvolvimento e expansão de suas economias ao mesmo tempo que reduzindo as suas emissões médias per capita.

Tanto os países Desenvolvidos quanto os em Desenvolvimento possuem grande potencial para programas de eficiência energética e desenvolvimento de novas tecnologias com baixa-emissão.

Tudo isto poderá ser realizado na próxima década através da estruturação de criteriosas politicas.Na realidade se investirmos fortemente nesta área criaremos uma nova era de prosperidade e crescimento.Os inovadores possuem muitas idéias e os investidores reconhecem que existem grandes oportunidades.O que é necessário agora é a criação de uma política internacional confiável.

Muitos países em Desenvolvimento já possuem seus planos prontos para fazer a transição para uma nova economia de baixa emissão de CO2 e já deram importantes passos nesta direção nas ultimas semanas

A China por exemplo. Seu presidente Hu Jintao anunciou recentemente na conveção da ONU em Nova York que seu país cortará suas emissões de forma significativa até o ano de 2020, tomando por base o ano de 1990.

O ministro do meio-ambiente da India, Jairam Ramesh, anunciou ou na ultima semana uma serie de medidas importantes que o país deseja adotar em sua economia. Destacou que 1/5 de sua energia deve vir de fontes renováveis como solar, eólica e hidrológica, até o ano de 2020.

Os países “ricos” deverá dar sua contrapartida para fomentar tais planos. A quantia estimada é de 100 bilhões de dólares por ano até o ano de 2020, direcionados para medição e redução das emissões. Outros 100 bilhões de dólares adicionais devem ser dedicados para ações de Adaptação às Mudanças Climáticas já que não mais poderão ser evitadas.
Os países em desenvolvimento tendem a duvidar da credibilidade de tais promessas, a menos que os países ricos também definam uma meta intermédia de US $ 50 bilhões por ano até 2015

Estes montantes deveriam ser maiores que os atuais compromissos de assistência oficial ao desenvolvimento. Eles podem parecer grandes, mas US $ 200 bilhões representam apenas cerca de 0,5% do atual produto interno bruto dos países ricos, e é minúsculo quando comparados com os riscos que podem ser evitados através de um acordo internacional. Também não será possível lidar com a questão da pobreza nos países pobres, sem também combater a ameaça das alterações climáticas: o Acordo Global deve basear-se em um claro entendimento de que estas duas questões estão intimamente ligadas entre si.

Um acordo ambicioso em matéria de alterações climáticas, que seja eficaz, eficiente e eqüitativo está ao nosso alcance, mas apenas se os nossos líderes políticos mantiverem o foco nos objetivos comuns mantendo a sua determinação em chegar a um comum acordo.

link para o artigo em Ingles: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/cif-green/2009/oct/18/nicholas-stern-carbon-emission

Mundo Ainda Sem Liderança para o Encontro Global do Clima;No Climate Change Leader as Nations Meet//NYtimes

No Climate Change Leader as Nations Meet
artigo de Neil MacFarquhar, NYT - tradução de Laércio Bruno Filho

Economistas apontam para a Índia, uma potência tipicamente emergente, como capaz de ilustrar os obstáculos que cerca de 100 líderes do mundo devem enfrentar ao se reunir em Nova York na próxima terça-feira para a maior reunião de cúpula sobre mudança climática já convocada.

O governo indiano anunciou um importante compromisso de levar eletricidade, via energia renovável solar para mais de 400 milhões de pessoas, hoje sem acesso.
Contudo, o governo foi criticado internamente, por aceitar a meta internacional de redução de 2 graus fahrenheit (sobre a temperatura atual) visando impedir o aumento da temperatura global e assim reduzindo suas emissões de GEE. Os partidos da oposição acusaram o governo de vender o futuro desenvolvimento do país.

Embora praticamente todas as grandes nações desenvolvidas e em desenvolvimento tenham assumido compromissos nacionais para a criação mais eficiente de fontes de energia renováveis, visando as reduções de emissões, ninguém quer assumir a liderança na luta por importantes metas internacionais de redução das emissões. Isto se dá por conta de que nenhum desses países deseja correr o risco de ser acusado internamente de vender futuros empregos e crescimento econômico.

As negociações para um novo acordo sobre as alterações climáticas a ser assinado em Copenhague em dezembro estão paralisadas. Com o atual acordo em execução mais de 200 páginas, afirmam os negociadores dos países, são de pontos de discordância diplomática entre os países. Há uma preocupação geral de que o documento seja demasiado pesado para reunir um consenso nos próximos meses.

Ao convocar esta reunião, as Nações Unidas esperam que, coletivamente, os líderes possam despertar atenção e vontade dos países participantes para a superação de interesses nacionais limitados e dar aos negociadores uma amplitude maior da questão, buscando pelo menos a concepção de um esboço possível acordo global.
Ban Ki-moon – Secretario Geral da ONU: "Eu os tenho incentivado a falar e agir como líderes globais,pensando além de suas fronteiras nacionais", disse quinta-feira na reunião da ONU.

Na próxima terça-feira,líderes e chefes de Estado e de Governo da maioria das potencias econômicas, estão engajados em discussões preliminares sobre questões pendentes à mudança climática,já como preparação para o encontro de dezembro.

Segundo Robert Orr, secretário-geral adjunto para o planejamento da política das Nações Unidas,este encontro não objetiva o posicionamento “país a país “, mas sim um posicionamento conjunto de todos os países presentes. "Politicamente, todos eles têm que saltar juntos, e essa é a essência deste encontro”.
Vamos ver se todos os governos estão dispostos a dizer: "Estou dando o primeiro passo, você virá comigo?" Isso seria uma quebra enorme nos procedimentos de negociação adotados até hoje”

(...)Apesar de se limitar o aumento da temperatura a 2 graus Fahrenheit uma meta já aceita, não há consenso sobre como chegar lá.
Os países industrializados não chegaram a acordo sobre metas de médio prazo. Fizeram promessas de redução em cerca de metade da meta definida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, que é de 25% a 40% de redução dos níveis identificados em 1990 até o ano limite de 2020.

Os países em desenvolvimento concordaram sobre a necessidade de reduzir as suas emissões, mas rejeitaram qualquer limite obrigatório, além de exigirem apoio financeiro e técnico em troca de tais reduções.

A questão da ajuda aos países mais pobres para se adaptar ao impacto das alterações climáticas tem sido posta de lado. Também não há acordo sobre quais seriam as instituições que seriam responsáveis por verificar o atingi mento de metas cumpridas e a fiscalização das finanças.

De acordo com Kim Carstensen, diretor do Global Climate Initiative of the World Wildlife Fund, o consenso geral que reina no encontro é :”posicione-se o mínimo possível, o mais tarde possível e deixe a outra pessoa ir primeiro".
Nas últimas semanas, surgiram profundas divisões entre os Estados Unidos e a União Européia. Os europeus disseram que iriam doar de US $ 2 bilhões a US $ 15 bilhões por ano, na próxima década para ajudar os países menos desenvolvidos a se adaptarem à mudança climática. O governo dos EUA não ofereceu nada próximo.

A meta européia é uma redução de 20%o, dos níveis de emissão identificados no ano 1990, até o ano de 2020. Isto seria ainda inferior aos 25% recomendados pelo Painel Intergovernamental, embora os europeus dissessem que aceitariam 30% se todos os países concordassem.

O Congresso dos EUA está discutindo tais questões(...) ,as chances de definição de um projeto final de compensação no Congresso Americano até dezembro são cada vez mais improváveis, (...) especialistas estão esperando ansiosamente para ouvir o que o presidente Obama,proporá em seu discurso na terça-feira próxima sobre mudanças climáticas, questão fundamental em sua administração.

Um discurso do presidente Hu Jintao, da China também é amplamente esperado. Especialistas esperam que ele anuncie um compromisso significativo para com energias renováveis e redução de emissões nos próximos cinco anos. Hu jintao é o primeiro presidente chinês a participar na Conferência Anual da Assembléia Geral das Nações Unidas.

Estados Unidos e a China representam, juntos, cerca de 40 por cento das emissões mundiais, divididos quase igualmente.Um consenso entre estes dois países impulsionaria de forma significativa um acordo global.

(…) EUA só querem assumir metas de redução depois do posicionamento da China, há quem diga que este posicionamento fará naufragar todo o esforço do Encontro. Além disso, os EUA não desejam assumir os mesmos montantes de redução que China, diz um senador americano, antigo negociador norte-americano.

Blocos de países menores, as nações mais pobres têm suas próprias agendas. Os países insulares do Pacífico e do Caribe pressionarão por um limite máximo de temperatura ainda mais baixa que os 2 graus Fahrenheit porque eles temem que a elevação dos mares poderia literalmente inundá-los. Os africanos estão ameaçando sair das negociações se não forem acordados US $ 300 bilhões em ajuda.

Existem ainda as objeções da Nova Zelândia para o fato de que as negociações têm basicamente ignorado a agricultura, que responde por 13% a 14% das emissões de GEE. Os países em desenvolvimento temem que uma eventual regulamentação da agricultura poderia aprofundar os graves problemas na alimentação de suas populações.

"O percepção é de que paira é uma espécie de reação nacionalista que pode levar a um retrocesso de posições", disse Jeffrey Sachs, diretor do Earth Institute da Columbia University. "Deveríamos estar vendo isto como solucionando uma questão global, e não como a negociação global."

To read in English,access the link below :
http://www.nytimes.com/2009/09/20/science/earth/20nations.html?th&emc=th

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