Nova ordem econômica, contribuição social e inovação tecnológica dos setores foram temas abordados .
Em um dia cujo foco foi o futuro dos setores de base florestal e de geração de energia e o que eles têm feito para o desenvolvimento sustentável do país, a sustentabilidade e seus três pilares, o financiamento para os setores e a tecnologia necessária foram foco de diálogo entre especialistas de empresas como HSBC Seguros e Silviconsult com organizações como Caixa BR Woods, e BNDES.
O HSBC Seguros, por meio de seu presidente, Fernando Moreira, alertou para o fato dos critérios ambientais estarem sendo cada vez mais decisivos na concessão de crédito pelos principais bancos do país e do mundo. Para ele, “a questão que o mercado financeiro se faz é em relação ao papel da indústria da madeira para a sustentabilidade e se nós seremos a causa ou não do nosso desenvolvimento ou da nossa extinção”.Ele continua: “não é uma questão de tecnologia como faremos mais com menos, e sim uma questão de como é que será sustentado uma população que chegará a 9 bilhões de habitantes no planeta, até 2050, com este padrão de consumo. Portanto, a questão a ser adotada é como será o novo padrão de consumo que as pessoas irão adotar e até onde uma sociedade que faz consumo inconsciente irá sobreviver.”
A Caixa BR Woods e o BNDES apresentaram suas linhas de crédito para estimular o crescimento dos setores.
Para o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, Fernando Henrique da Fonseca, “o financiamento ainda continua sendo um dos pontos fracos do nosso setor”. Para ele, uma outra questão nevrálgica é o desconhecimento sobre o que os setores de base florestal e gerador de energia fazem, pois “fala-se muito sobre os males das nossas atividades, mas quase sempre sem se saber do que está falando. Por exemplo, dizer, no Brasil, que imprimir é cortar árvore é um grande absurdo, pois 100% do papel que usamos aqui é proveniente de florestas plantadas ou de processos de reciclagem. “É uma bobagem que a internet ajuda a difundir”.
Alexandre Nunes Villar gerente do Departamento de Indústria de Papel e Celulose do BNDES, analisou as Tendências de Crescimento para os segmentos de Florestas, Papel e Celulose no Brasil. Segundo ele a posição competitiva brasileira no setor de floresta é bastante positiva basicamente em função do relevo e da disponibilidade da água e de luz que o nosso clima oferece. Associado a isso também tem a questão dos investimentos realizados pelas empresas visando obter a maior produtividade florestal possível. O resultado desses dois fatores se destaca pela produtividade florestal do Brasil, sendo bastante superior a dos nossos concorrentes mais próximos. Já na questão sobre celulose, Villar destaca que a sua produção também é bastante positiva basicamente em função da produtividade florestal e da grande disponibilidade de áreas para plantio.
A contribuição social do setor florestal brasileiro e a relação entre a sociedade e o desenvolvimento empresarial foi tema do diálogo entre Carlos Augusto Lira Aguiar - presidente da Fibria e Paulo Sergio Scoleze Ferrer - engenheiro empresário diretor da YPAB Dampers International e professor de pós-graduação e MBA do IMT. Para Lira, “o setor usa pouca terra, mas com um alto índice de produtividade e importante geração de PIB”. Ele exemplifica que “nos últimos anos, a Fibria passou da produção de seis toneladas de celulose por hectare para 11 e queremos chegar a 14, ou seja, mais celulose por hectare.” Lira ainda apresentou dados que co A questão dos reflorestamentos também esteve presente durante essas apresentações. Com o tema Fundo de Investimento para Reflorestamentos, Eduardo Barreto, diretor da BRWoods, apresentou o FIP Caixa BRWoods Florestal, um instrumento novo e muito importante nesse mercado, que necessita de recursos em volumes bastante elevados. “O que está sendo divulgado até agora é modesto em relação as necessidades competitivas em nível mundial”.
Barreto, em sua apresentação, transmitiu qual é a viabilidade do FIP (Fundo de investimento em Participações) em concretizar sua missão de “oferecer aos investidores retornos de longo prazo estáveis, diversificados e altamente atrativos. Queremos fornecer aos parceiros corporativos do Fundo, de acesso ao capital para expansão do seu negócio principal e executar investimentos responsáveis via projetos sustentáveis com a adequabilidade florestal”.
Um dos principais objetivos das parcerias corporativas, segundo Barreto, é de que se possibilite aos industriais o destaque das áreas florestais e que essas sejam cuidados por aqueles que têm a possibilidade e o interesse dos retornos adequando ao seu desenvolvimento. “Para isso, essas parcerias corporativas pretendem ser desenvolvidas com arcabouço jurídico e uma série de contratos que estão cobrindo a própria área de compras, de fornecimento de madeira e de manejo florestal. Esse processo foi desenvolvido, está aprovado, em execução e a gente espera que ele garante a matéria-prima da indústria e que liberem dos sócios, o capital na indústria para focarem no seu negócio principal.
Na discussão final desse painel, Jefferson Bueno Mendes, diretor da Silviconsult forneceu informações sobre o rearranjo da produção e dos mercados de produtos de base florestal e da geração de energia da madeira em nível mundial. Sua apresentação foi fundamentada em três conceitos básicos: Mercados, Mudanças e Estratégia, com o objetivo de resgatar o sentido do termo “estratégia” como forma de ler o que está acontecendo agora para saber o que virá pela frente, possibilitando que se trace os novos e mais adequados cursos de ação.
“Para entendermos o que está acontecendo agora é importante analisar a Evolução do Negócio Brasileiro que durou entre as décadas de 1960 e 1980; passando pela Consolidação do Negócio Florestal, durante as décadas de 1990 e 2000 e segue até hoje, com a Operação de Classe Mundial, entre as décadas de 2000 até hoje. Com base nesse contexto a pergunta que temos hoje é que futuro vai decorrer dessa Operação de Classe Mundial”.
Já Paulo Sergio Ferrer, diretor da YPAB Dampers International, afirmou que “uma sociedade só evolui, quando os indivíduos adotam uma postura semelhante e no caso do desenvolvimento sustentável acontece o mesmo. A concorrência e o egoísmo podem ajudar individualmente, mas não toda a sociedade”.
Sob o tema “Inovação, desenvolvimento de produto e processos na indústria de Base Florestal e Geração de energia” foram abordadas as questões do biocombustível a partir de grãos, cana-de açúcar, o etanol de segunda geração, o etanol termoquímico, e o biohidrogênio, entre outros. A Petrobras Biocombustíveis, representada por João Norberto Noschang Neto, apresentou seus projetos para os próximos anos e investimentos em P&D, que incluem as biorefinarias, que, segundo Norberto, “são um conceito cada vez mais presente no dia a dia da Petrobras Biocombustíveis.
Mantendo o foco nas biorefinarias, Francides Gomes da Silva Jr., professro da ESALQ, chamou a atenção para a importância das biorefinarias para o setor de base florestal: “ampliar as possibilidades de produtos”. Explicando o quadro de matérias primas para a biorefinaria, ele d Realidade brasileira – o principal produto ainda é a celulose de mercado. É difícil dizer que as fábricas vao mudar para biorefinarias.
Segundo Gomes da Silva Jr., “na realidade brasileira, o principal produto ainda é a celulose de mercado. É difícil dizer que as fábricas vao mudar para biorefinarias”. “A nossa biorefinaria poderia começar no campo, onde poderíamos ter sistemas florestais que dariam óleo e biodiesel, ao plantarmos mamonas e grãos no meio das florestas”, continua ele.
No momento do fechamento deste release apenas havia se iniciado o painel sobre o Código Florestal Brasileiro, com a presença de Mário Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica e o deputado Aldo Rebelo.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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A alternativa do carvão vegetal///Envolverde
Por Ana Carolina Athanásio, da Agência USP
Utilização do eucalipto como fonte de carbono ajuda a diminuir o desmatamento.
O economista Thiago Fonseca Morello estudou o uso e alguns problemas do eucalipto como fonte de energia para siderúrgicas em seu mestrado – Carvão vegetal e siderurgia: de elo perdido a solução para um mundo pós-Kioto – orientado pelo professor Ricardo Abramovay e com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp). O pesquisador busca entender de que maneira o carvão vegetal e o uso do eucalipto como fonte de carbono trouxeram soluções para siderúrgicas que passaram a utilizar essa fonte de energia.
Morello observa que um dos fatores que permite ao Brasil ser o único país do mundo a utilizar o carvão vegetal em siderúrgicas é a baixa quantidade de jazidas de carvão mineral no País. “Esse fato pode ser uma explicação para a insistência no uso de carvão vegetal. É necessário que as empresas importem o carvão mineral em grande escala, para baratear o preço, e isso tem uma série de implicações logísticas e ambientais. Por outro lado, somos um País rico em florestas e estas acabaram sendo utilizadas como fonte alternativa e mais barata de carbono”, explica.
Um dos maiores problemas na utilização do carvão vegetal é o desmatamento florestal. Muitas siderúrgicas só passaram a investir no cultivo e manutenção das plantações de eucalipto quando perceberam a exaustão das florestas das quais costumavam retirar seu carvão. Morello salienta que essa opção das empresas por cultivar sua fonte de carbono trouxe fatores positivos, como a diminuição do desmatamento da floresta, e aspectos negativos, como o aumento das grandes plantações e da concentração de terras.
O uso do eucalipto como fonte de energia no Brasil tem benefícios não apenas no âmbito ecológico, mas também em relação ao marketing. “Com a opção de plantar eucalipto, as empresas têm vantagens em vários sentidos: em relação à qualidade, pois usam mudas geneticamente adaptadas a cada região, conseguindo assim o melhor rendimento possível. Há benefícios ambientais, pois evita a destruição da floresta a qual desempenha diversas funções ecológicas e também culturais para a comunidade local. Além disso, as indústrias estão, cada vez mais, se esforçando para se desconectar das florestas e do desmatamento, pois assim criam uma imagem mais favorável nacional e internacionalmente”, ressalta o pesquisador.
O economista mostra também os problemas para as siderúrgicas provenientes do uso de carvão vegetal. O primeiro deles decorre da inversão do relativo de preço na década de 1980, quando o carvão mineral passou a ser mais barato do que o vegetal. Há também os malefícios oriundos da produção de eucalipto, a qual favorece a concentração de terras, além de gerar problemas em relação a instabilidade ecológica, isso por conta da monoespecificidade das plantações.
Tendo em vista os fatores negativos, o que levaria as siderúrgicas mineiras a manter o uso de carvão de eucalipto como fonte de carbono? “Quanto a isso, um fato atual relevante é o de que as duas maiores siderúrgicas mineiras a carvão vegetal foram compradas pela maior corporação siderúrgica do mundo – a anglo-indiana Mittal Steel – a qual tem o interesse em ter sua imagem associada ao fato de existirem membros de seu grupo que produzem aço com base no carvão vegetal, dado que todos os demais membros dependem pesadamente do carvão mineral”, explica o economista.
Fomento Florestal
Entre os modelos atuais de cultivo que têm atraído investimentos de siderúrgicas está o fomento florestal. É uma alternativa ao cultivo de plantação de eucalipto realizado em escala menor àquela dos grandes maciços mantidos pelas siderúrgicas mineiras. Esse modelo permite a pulverização das áreas de cultivo e resolve, em alguma medida, o problema da concentração de terras e da instabilidade ecológica por conta da monocultura.“Isso é interessante, pois tem englobado também proprietários de baixa renda e é uma possibilidade de ajudar na transferência tecnológica entre as populações que tem menos possibilidades de geração de renda”, diz Morello.
Apesar da siderurgia de carvão vegetal não chegar a 30% da produção de ferro-gusa e a 20% da produção de aço, o interesse das empresas por fontes alternativas de carbono tende a crescer enquanto houver cobranças internacional relacionadas ao aquecimento global. “O fomento florestal é interessante e pode ser estudado como uma possível trajetória para produzir ferro e aço de maneira a não intensificar o aquecimento global, mas não acredito que exista potencial para haver uma conversão em massa da siderurgia no mundo e no Brasil para o carvão de eucalipto. Entretanto, enquanto a temática ambiental e ecológica se mantiver relevante internacionalmente, o uso de carvão de eucalipto continuará existindo no Brasil, mesmo como algo minoritário”, conclui.
Mais informações: email tfmrs@usp.br, com o pesquisador Thiago Fonseca Morello
(Envolverde/Agência USP)
link para revista Envolverde:
http://envolverde.ig.com.br/?
Utilização do eucalipto como fonte de carbono ajuda a diminuir o desmatamento.
O economista Thiago Fonseca Morello estudou o uso e alguns problemas do eucalipto como fonte de energia para siderúrgicas em seu mestrado – Carvão vegetal e siderurgia: de elo perdido a solução para um mundo pós-Kioto – orientado pelo professor Ricardo Abramovay e com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp). O pesquisador busca entender de que maneira o carvão vegetal e o uso do eucalipto como fonte de carbono trouxeram soluções para siderúrgicas que passaram a utilizar essa fonte de energia.
Morello observa que um dos fatores que permite ao Brasil ser o único país do mundo a utilizar o carvão vegetal em siderúrgicas é a baixa quantidade de jazidas de carvão mineral no País. “Esse fato pode ser uma explicação para a insistência no uso de carvão vegetal. É necessário que as empresas importem o carvão mineral em grande escala, para baratear o preço, e isso tem uma série de implicações logísticas e ambientais. Por outro lado, somos um País rico em florestas e estas acabaram sendo utilizadas como fonte alternativa e mais barata de carbono”, explica.
Um dos maiores problemas na utilização do carvão vegetal é o desmatamento florestal. Muitas siderúrgicas só passaram a investir no cultivo e manutenção das plantações de eucalipto quando perceberam a exaustão das florestas das quais costumavam retirar seu carvão. Morello salienta que essa opção das empresas por cultivar sua fonte de carbono trouxe fatores positivos, como a diminuição do desmatamento da floresta, e aspectos negativos, como o aumento das grandes plantações e da concentração de terras.
O uso do eucalipto como fonte de energia no Brasil tem benefícios não apenas no âmbito ecológico, mas também em relação ao marketing. “Com a opção de plantar eucalipto, as empresas têm vantagens em vários sentidos: em relação à qualidade, pois usam mudas geneticamente adaptadas a cada região, conseguindo assim o melhor rendimento possível. Há benefícios ambientais, pois evita a destruição da floresta a qual desempenha diversas funções ecológicas e também culturais para a comunidade local. Além disso, as indústrias estão, cada vez mais, se esforçando para se desconectar das florestas e do desmatamento, pois assim criam uma imagem mais favorável nacional e internacionalmente”, ressalta o pesquisador.
O economista mostra também os problemas para as siderúrgicas provenientes do uso de carvão vegetal. O primeiro deles decorre da inversão do relativo de preço na década de 1980, quando o carvão mineral passou a ser mais barato do que o vegetal. Há também os malefícios oriundos da produção de eucalipto, a qual favorece a concentração de terras, além de gerar problemas em relação a instabilidade ecológica, isso por conta da monoespecificidade das plantações.
Tendo em vista os fatores negativos, o que levaria as siderúrgicas mineiras a manter o uso de carvão de eucalipto como fonte de carbono? “Quanto a isso, um fato atual relevante é o de que as duas maiores siderúrgicas mineiras a carvão vegetal foram compradas pela maior corporação siderúrgica do mundo – a anglo-indiana Mittal Steel – a qual tem o interesse em ter sua imagem associada ao fato de existirem membros de seu grupo que produzem aço com base no carvão vegetal, dado que todos os demais membros dependem pesadamente do carvão mineral”, explica o economista.
Fomento Florestal
Entre os modelos atuais de cultivo que têm atraído investimentos de siderúrgicas está o fomento florestal. É uma alternativa ao cultivo de plantação de eucalipto realizado em escala menor àquela dos grandes maciços mantidos pelas siderúrgicas mineiras. Esse modelo permite a pulverização das áreas de cultivo e resolve, em alguma medida, o problema da concentração de terras e da instabilidade ecológica por conta da monocultura.“Isso é interessante, pois tem englobado também proprietários de baixa renda e é uma possibilidade de ajudar na transferência tecnológica entre as populações que tem menos possibilidades de geração de renda”, diz Morello.
Apesar da siderurgia de carvão vegetal não chegar a 30% da produção de ferro-gusa e a 20% da produção de aço, o interesse das empresas por fontes alternativas de carbono tende a crescer enquanto houver cobranças internacional relacionadas ao aquecimento global. “O fomento florestal é interessante e pode ser estudado como uma possível trajetória para produzir ferro e aço de maneira a não intensificar o aquecimento global, mas não acredito que exista potencial para haver uma conversão em massa da siderurgia no mundo e no Brasil para o carvão de eucalipto. Entretanto, enquanto a temática ambiental e ecológica se mantiver relevante internacionalmente, o uso de carvão de eucalipto continuará existindo no Brasil, mesmo como algo minoritário”, conclui.
Mais informações: email tfmrs@usp.br, com o pesquisador Thiago Fonseca Morello
(Envolverde/Agência USP)
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TODAVIA VERDE///AMERICA ECONOMIA

por Eduardo Thomson .
Orina, heces y otros desperdicios de cerdo, también conocidos como “purines”. Eso es lo que hay dentro de una gigantesca “geomembrana” de grueso plástico negro, y que pareciera tener vida propia. Cubre el área de dos o tres canchas de tenis, y se mueve; o sea, lo hacen los gases dentro de ella. Es uno de los siete biodigestores de la empresa agroindustrial chilena Agrosuper, y el movimiento ondulante en su superficie es ocasionado por los gases emanados en el proceso de descomposición de cientos de miles de litros... de purines.
Parados a pocos metros, un ocasional vaho nos recuerda el contenido de esta gigantesca bolsa, aunque a poca distancia se divisan residencias, algo que difícilmente ocurriría en granjas porcinas normales en muchas partes del mundo, donde los purines se depositan simplemente en grandes piscinas a la intemperie.
El propósito del biodigestor, ubicado en la localidad de La Ramirana, en la Sexta Región de Chile, unos 100 kilómetros al sur de Santiago, es justamente que el olor y el metano producidos por el proceso de descomposición, no escapen al ambiente. El metano –uno de los principales gases de efecto invernadero–es quemado, lo que libera CO2, el más famoso de los gases de efecto invernadero –aunque menos nocivo que el metano–, y el principal protagonista de este especial sobre el mercado de carbono en América Latina.
“Cerca de 1999, el directorio de Agrosuper nos dio una orden”, recuerda Carlos Andrés Vives, subgerente de asuntos corporativos de la empresa, mientras maneja una camioneta a otro centro de tratamiento de purines. “Nos dijo que fuéramos más allá, que viajáramos por todo el mundo viendo qué se hacía en el tratamiento de purines, y nos dimos cuenta de que no era mucho lo que había. Tendríamos que innovar”.
Fue así que llegaron a la idea de crear, además de los biodigestores, una serie de plantas de tratamiento de lodos activados, el mismo tratamiento que se hace para los residuos de ciudades –algo así como los “purines” humanos– y que separa el residuo sólido y depura el agua al nivel en que ésta se puede usar para riego agrícola. Agrosuper ahora opera ocho plantas del tipo en Chile y su iniciativa ha sido imitada en otros países. Sus emisiones de gases invernadero relacionados con producción de cerdo han sido reducidas en un 80%.
“El primer ministro de Dinamarca –uno de los mayores productores per cápita de carne de cerdo del mundo– visitó esta planta”, comenta Vives apuntando a la planta de lodos activos de La Ramirana, dentro de la cual hay máquinas agitando el líquido para que se oxigene y no emita metano (el cual es resultado de un proceso anaeróbico). “No podía creer que no tuviera olor. Y al mismo tiempo, en la planta, se reduce la emisión de gases de efecto invernadero totalmente a cero”.
Cuando se habla del mercado de carbono en América Latina, el caso Agrosuper sale al tapete una y otra vez, por lo novedoso de las técnicas y metodologías que debieron ser desarrolladas para crearla, y porque fue una de las primeras empresas en la región que, gracias a estos proyectos, pudo emitir bonos de carbono (conocidos en la jerga como CERs, o certified emission reductions, los que equivalen, cada uno, a una tonelada equivalente de dióxido de carbono). Éstas fueron compradas por empresas extranjeras que buscaban compensar sus propias emisiones de CO2.
Pero ante la pregunta de si vienen nuevas emisiones de CERs en el corto plazo, Vives confiesa que el proceso se encuentra relativamente en stand by. “Tenemos planes de elevar la producción de cerdos en Huasco (norte de Chile), lo que podría llevar a nuevas emisiones de CERs, pero todo está un poco a la espera de ver qué pasa con la crisis económica y, obviamente, con la próxima cumbre de Copenhague”.
El mercado de carbono en toda la región, al igual que Agrosuper, se encuentra en la misma postura de esperar y ver el resultado de Copenhague, donde algunos todavía mantienen la fe de que surgirá algún acuerdo al estilo “Kyoto–2” o, por lo menos, la base para un nuevo modelo global en años posteriores.
Pero el mercado como un todo está lejos de, por esto, mostrar parálisis. Cada vez más y más empresas, principalmente las grandes o subsidiarias de internacionales, están midiendo su inventario de emisiones de dióxido de carbono. Por ejemplo, el número de empresas que participaron en el proyecto voluntario conocido como Carbon Disclosure Project, se duplicó del 2008 al 2009, de 1.400 a más de 3.000. Además, el concepto de huella de carbono de productos se está repitiendo en la prensa de toda la región, y basta hablar con cualquier vitivinícola chilena o argentina para ver la importancia que dan al tema. Al mismo tiempo, el mercado voluntario de carbono (aquel que no se rige por las reglas del “Mecanismo de Desarrollo Limpio”, o sea, las bases sentadas en el Protocolo de Kyoto, y en el que empresas, instituciones y hasta individuos, como bien dice el nombre, pueden participar voluntariamente neutralizando sus emisiones de dióxido de carbono) sigue creciendo en número y volumen de transacciones.
Las empresas se han dado cuenta de que el mercado de carbono será vital a futuro, ya sea para ganar dinero, para no perder mercados, o como un recurso de imagen pública. Y si su empresa todavía cree que esto es una simple “moda”, es probable que dentro de pocos años el gobierno lo fuerce a hacerlo, ya que tarde o temprano todos los países del mundo (y eso incluye a América Latina) tendrán, lo quieran o no, metas de reducción de emisiones. El debate es cuándo y cuánto.
Nubosidad parcial. El mercado de carbono no es fácil de entender a buenas y primeras. El protocolo de Kyoto, firmado en 1997 y que entró en vigencia recién en febrero de 2005, sentó las bases en el que un listado de países, incluidos en el Anexo I, se comprometían a reducir sus emisiones de gases de efecto invernadero en un 5,2% para 2012 usando 1990 como año base, con la meta de frenar el proceso de calentamiento global. Para eso se implementó un sistema de transacciones cap and trade, el cual fija metas de reducción para los países, y un sistema de compra, por parte de empresas y fondos en países desarrollados, de bonos de carbono a través de uno de los dos mecanismos flexibles, el Mecanismo de Desarrollo Limpio (MDL) y el de Implementación Conjunta (IC). Estos bonos son emitidos, por ejemplo, por proyectos de energía renovable, captura de gases o reconversión de plantas por combustibles con menores emisiones de gases de efecto invernadero; una forma para que el mundo desarrollado financie el paso del mundo en desarrollo a nuevas formas de energía limpia.
Pero la Unión Europea quiso llevar la delantera en el tema del cambio climático. En 2005 entró en funcionamiento el sistema EU ETS (European Union Emission Trading Scheme), que es hoy el principal mercado de bonos de carbono del mundo, con 4.500 empresas y 12.500 fuentes de emisiones obligadas a cumplir metas de reducción de CO2. Este mercado concentra aproximadamente el 70% del volumen de transacciones de bonos de carbono, mientras que Kyoto representa el 25%, cuenta el abogado experto en temas ambientales Arturo Brandt, senior project manager de GEQ Chile y consultor de la firma de abogados Vial y Palma. En términos de montos transados, en 2008, el ETS movió unos US$ 94.971 millones, mientras que Kyoto representó aproximadamente US$ 21.700 millones.
Para saber dónde está el 5% restante, hay que recordar que el principal emisor de gases de efecto invernadero del mundo, Estados Unidos, con George Bush a la cabeza, nunca ratificó Kyoto, lo que lo dejó fuera del funcionamiento del MDL. Eso explica que, en cierta forma, uno de los principales actores en el surgimiento de un mercado voluntario de compensación de emisiones haya sido justamente Estados Unidos, o por lo menos los segmentos más climáticamente conscientes de ese país. De hecho, uno de los principales mercados para la transacción de bonos de carbono voluntarios en el mundo es el Chicago Climate Exchange, en el cual muchas empresas de América Latina, como Aracruz Celulose, Masisa y Suzano Papel e Celulose, han comerciado bonos. Según un estudio de la consultora New Carbon Finance sobre el volumen del mercado voluntario, el monto total de transacciones en 2008 fue de sólo US$ 705 millones, aunque un aumento de casi 110% frente a los US$ 335 millones de 2007. Cerca del 50% correspondió a transacciones en el mercado de Chicago, y la otra mitad a operaciones over–the–counter, o sea, fuera de algún mercado establecido. Un monto ínfimo en comparación con otros mercados de carbono, pero que está creciendo mucho y representa una gran oportunidad. América Latina aún pesa demasiado poco –el 2008, sólo un 4% de los montos se originaron de la región–, pero seguirá creciendo.
Diversos actores en América Latina están apostando sus fichas con fuerza al mercado voluntario. Es el caso de Stefano Merlin, director de la consultora ambiental brasileña SocialCarbon, un joint venture entre la europea CantorCO2e y el Instituto Ecológica de Brasil. Él explica que el mercado voluntario, aunque mucho más pequeño que el MDL o ETS, tiene muchas más oportunidades del punto de vista de la rapidez. “En promedio, un proyecto que desea emitir VERs (voluntary emission reductions) puede tomar unos ocho meses el proceso en total, mientras que en el MDL puede tomar varios años”, comenta. Para que un proyecto de energía renovable sea recibido por el MDL, debe ser aprobado por una autoridad nacional designada por las Naciones Unidas y por un mismo panel de las NU, lo que puede hacer que el proceso tome dos o tres años, lo cual hace que el proceso se encarezca enormemente.
De hecho, Agrosuper ha experimentado estos retrasos. “Todavía estoy en el proceso de evaluación de proyectos que están listos desde hace dos o tres años para emitir CERs”, dice Carlos Andrés Vives. “Pero el cuello de botella ante la comisión que aprueba el MDL es enorme”. ¿Emitir entonces instrumentos en el mercado voluntario es la solución? “Ese mercado tiene mucho que madurar y mejorar todavía”, contesta.
Cuestión de querer. Hay gente que está trabajando en pos de que esta maduración ocurra. Recientemente, la Fundación Chile, una entidad público–privada, y la firma chilena de servicios financieros Celfin, anunciaron la creación de una bolsa de carbono en Chile. Su intención, una vez que entre en funcionamiento en 2010, es ofrecer una plataforma estable, con sistemas de medición y validación probados, a aquellas empresas que quieran comprar bonos de carbono en el mercado voluntario y, si es posible, también atraer a actores de otros países de la región. “El potencial que vemos es que para el 2040, sólo con empresas chilenas, podríamos ver un volumen anual de unos US$ 4.000 millones”, explica Aldo Cerda, gerente de Bosques, Industrias, Construcción y Servicios Sustentable de Fundación Chile. “Si logramos atraer empresas de fuera del país, el potencial es ilimitado”.
Además, el consenso es que es un mercado que está recién naciendo. “Los proyectos de reducción de carbono para el mercado voluntario son todavía escasos en Latinoamérica, pero a medida que haya más conciencia en las empresas y en los gobiernos sobre la necesidad de efectuar una transición a una economía baja en carbono, el mercado voluntario va a cobrar más importancia, en particular, por las trabas que puede presentar el MDL” , comenta desde Buenos Aires el abogado experto en temas ambientales Marcelo Slonimsky, de la firma Baker McKenzie.
El colombiano Marco Monroy, presidente de la consultora ambiental MGM Innova, concuerda: “Estamos en los inicios aún en la concientización de las empresas en el tema de huella de carbono. Además, la crisis ha hecho que sea un tema secundario, pero cada vez veremos más el tema de reducir emisiones o compensar con reducciones del mercado voluntario”, comenta.
Uno de los atractivos del mercado voluntario over–the–counter es una diferencia entre los compradores con el MDL y el ETS, o la misma Bolsa de Chicago. Un comprador del mercado de cumplimiento está tras el commodity del carbono; aquel que le permita cumplir con las metas que la autoridad le fija de reducción o compensación. En cambio, en el mercado voluntario OTC, los compradores están más interesados en las características sociales o ambientales sobre el proyecto mismo que están financiando. Quieren saber si, por ejemplo, el proyecto además de reducir emisiones de carbono, permite elevar el nivel de vida de una comunidad local. Y eso se puede reflejar en el precio que el comprador está dispuesto a pagar, explica Merlin, de SocialCarbon. De hecho, SocialCarbon ha desarrollado su propia metodología de evaluación de proyectos que incorpora un aspecto social, además del meramente de emisión de CO2 –entre sus clientes están Natura Cosméticos, Petrobras, Greenpeace y el Banco Mundial.
Por ejemplo, el precio del bono de carbono “Kyoto” está cerca de los 15 euros. En la Bolsa de Chicago, ese precio puede estar a menos de US$ 0,15 (esto se debe, según Aldo Cerda de Fundación Chile, a que la metodología que esta bolsa ha usado para aceptar proyectos ha sido ampliamente criticada por no ser “adicional”, es decir, son de bonos emitidos relacionados a proyectos que se habrían desarrollado de todas maneras, incluso sin una emisión de VERs, por lo que no son valorados por los potenciales compradores). En cambio, según un estudio elaborado por New Carbon Finance y Ecosystem Marketplace, el precio del VER en el mercado OTC, en 2008, varió entre US$ 1,20 y US$ 46,90 por tonelada de CO2 equivalente. Con esa variabilidad, nadie puede decir que estamos frente a un commodity.
Las multilaterales también se están sumando a la fiesta voluntaria. Por ejemplo, la Corporación Andina de Fomento está trabajando en el diseño de un nuevo fondo de inversión, que seguirá asesorando e invirtiendo en el desarrollo de proyectos tanto del MDL como del mercado voluntario. Ubaldo Elizondo, ejecutivo del área ambiental de la CAF en México, comenta que la CAF ha obtenido créditos de carbono por algunos proyectos de transporte en la región, como el Transmilenio en Bogotá y sigue trabajando en proyectos de tratamiento de agua y captura de metano para el mercado voluntario.
Para los expertos del sector, además de la mejora en imagen o en responsabilidad social corporativa, hay otros beneficios por invertir en el mercado de carbono. Ya sea para una empresa que mide su inventario, o una empresa que está considerando emitir VERs, ambos procesos llevan a mejoras en eficiencia energética y a una mejora en la ventaja competitiva, explica el hondureño Jorge Barrigh, director para América Latina del administrador de fondos de inversión NatSource. “Las empresas tienen en sus manos un activo ambiental que no tenían hace sólo unos cinco años”, explica. “Es un activo poderoso y se puede apalancar como ingreso adicional, mejorar los flujos de caja de los proyectos, atraer nuevas tecnologías e incentivar el crecimiento de áreas de conocimiento nuevos”. Barrigh agrega que, según un estudio del Banco Mundial, un dólar invertido en finanzas de carbono, apalanca US$ 3,80 adicionales de inversión.
Caveat Emptor. La brasileña Heloísa Schneider, quien trabaja en la unidad de desarrollo agrícola de Cepal, hizo un experimento personal. Se metió en varias calculadoras de huella de carbono en internet, o sea, páginas web que sirven para calcular las emisiones de dióxido de carbono de, por ejemplo, una casa durante un año por su consumo de energía, o de un viaje de negocios. Estas calculadoras ofrecen a la gente la posibilidad de comprar offsets, o sea, bonos de carbono en el mercado voluntario, y el dinero irá al desarrollo de algún proyecto de reforestación, energía renovable, etc.
“Usé varias calculadoras para un mismo evento: un supuesto viaje de negocios”, comenta. “Pero la diferencia de información que te solicitaban era abismante. En una calculadora simplemente me preguntaban el origen y destino del vuelo, mientras que en otras calculadoras pedían el número de vuelo, modelo del avión y qué combustible usaba, en qué clase volé, cuántas maletas porté. Y como resultado, ¡arrojaron cifras de emisiones de carbono completamente distintas!” Y éstos no eran sitios cualquiera: cobraban dinero.
Nadie está diciendo que el mercado voluntario sea perfecto. Pero tiene el potencial de mejorar e institucionalizarse, justamente para que casos como el descrito por Schneider dejen de ocurrir, o por lo menos arrojen cifras similares. El primer problema es que hay que estandarizar metodologías de medición y verificación, tanto del mismo inventario de emisiones de gases de las empresas, como de las mediciones en los proyectos que desean emitir bonos de carbono.
Gary Hufbauer, economista del Peterson Institute for International Economics, un thinktank en Washington DC, ha estudiado el tema del mercado de carbono y su efecto en el comercio internacional. “No tengo dudas de que los mercados de carbono seguirán creciendo en todo el mundo, sea lo que sea que pase en Copenhague o posteriormente”, comenta, pero cree que el despegue definitivo no vendrá hasta que haya una mejor estandarización de las metodologías de medición. “Un reciente estudio de la Organización para la Cooperación y Desarrollo Económico (OCDE), contabilizó más de 20 metodologías de medición de inventarios de carbono; y en algunos casos los resultados arrojaban diferencias de hasta cuatro o seis veces”, agrega.
Aquellos que apuestan a que el mercado puede arreglar este tipo de entuertos por su cuenta, apuntan al hecho de que en 2008, uno de los estándares más usados para calcular emisiones de VERs, el Voluntary Carbon Standard, o VCS, comenzó a acaparar el 48% del mercado. “En 2009, la participación de mercado del VCS se ha elevado por sobre el 96%”, explica Merlin, de SocialCarbon, desde São Paulo. En cuanto a medición de inventarios de carbono, dice que la metodología que más se está imponiendo es la del Green House Gas Protocol, o GHG Protocol. Otro también usado es el PAS 2050, desarrollado por el gobierno del Reino Unido y la organización público-privada CarbonTrust, que ha sido usado para medir huellas de carbono. Puede que no sean las mejores mediciones, pero son las que la mayoría está comenzando a usar.
Pero no sólo hay que estar atento a que las mediciones estén bien hechas o las metodologías sean las apropiadas. Un estudio del diario Financial Times, en 2007, reveló que se han gastado millones en proyectos que tienen al final poco o ningún beneficio ambiental. En algunos casos, se paga por emisiones que al final nunca se concretan. El FT menciona que el banco HSBC, que neutralizó sus emisiones de carbono en 2005, prefirió eludir el mercado y financiar directamente el desarrollo de un proyecto.
Nuevas barreras. Charles Komanoff siempre anda en bicicleta. Como ambientalista acérrimo, lo ha hecho durante gran parte de sus más de 60 años de vida, comenta al teléfono desde Nueva York. Por eso es que le duele estar, en cierta forma, coqueteando con un enemigo que de seguro maneja una SUV.
Komanoff es uno de los directores del Carbon Tax Center, una organización que busca que el proyecto de ley Waxman–Markey en Estados Unidos, que fijaría un sistema cap–and–trade, fracase en el Congreso y, a cambio, se instituya un impuesto a las emisiones de carbono. Argumenta que un sistema “de mercado”, o por lo menos el que se propone en el proyecto de ley en discusión en el Senado, no es lo suficientemente ambicioso.
“Me encuentro en la cama junto con aquellos que niegan la existencia del calentamiento global y que por eso quieren que el proyecto de ley fracase”, dice. “Ellos lo encuentran una traba al desarrollo, nosotros como demasiado débil”. Para él, lo mejor sería un impuesto global a las emisiones de dióxido de carbono, y mientras más parejo mejor.
La clave es la palabra global. Organizaciones como el Carbon Tax Center están empujando para que se tomen decisiones a nivel mundial de este tipo, porque saben que si sólo un país tomara la decisión de cobrar un impuesto al carbono, perdería de golpe competitividad frente a otros países.
Y hay otras ideas de impuestos en el mundo relacionados con el carbono: Francia comenzará a cobrar un impuesto al carbono a todos sus habitantes, al tiempo que su Presidente, Nicolás Sarkozy, ha llamado por un impuesto fronterizo al carbono en la UE; y el mismo proyecto de ley Waxman–Markey contempla instituir aranceles fronterizos para compensar por lo que Estados Unidos pueda considerar como carbon inequities (injusticias de carbono). El destinatario claro del mensaje es China, el segundo mayor emisor de gases de efecto invernadero del mundo. Pero el debate nos afectará a todos. “Esto claramente chocará con la OMC”, comenta Camilo Terranova, analista de New Carbon Finance, en São Paulo.
“Nos quieren decir que si América Latina no acepta metas de reducción de gases, entonces que se prepare”, explica desde Berlín el mexicano Francisco Grajales, quien se encarga de las compras de bonos de carbono para la empresa energética sueca Vattenfall. “Podría destapar una guerra arancelaria, pero dudo mucho que lo vayan a hacer”.
El tema de las metas de reducción de gases es un punto de contención fuerte en América Latina. México se ha impuesto metas voluntarias de reducción de emisiones de 50% para 2050, y Brasil recientemente anunció un objetivo de reducción de hasta 19% para 2020. Chile se encuentra en la encrucijada de poder pasar a ser el primer país que forme parte de la OCDE y que no tenga metas de reducción. El gobierno dice que no debe tener, pero off the record, muchas fuentes comentan que algún tipo de restricción eventualmente tendrá.
“Chile debería tener una postura proactiva, como la de México”, comenta José Eduardo Sanhueza, consultor ambiental y quien ha acompañado a la delegación chilena a la misma cumbre de Kyoto. “México ha dicho que se pondrá límites, pero también ha dicho que podría hacer mucho más si le transfieren tecnología y fondos”.
Copen-Nada. Ante todo esto, hay un dato que no es para nada menor: la tendencia de emisiones de gases de efecto invernadero en el mundo no se ha revertido desde la firma del Protocolo de Kyoto, sino todo lo contrario: ha seguido su senda ascendente. En comparación con 1990, al 2007 las emisiones de gases de efecto invernadero habían subido un 37%, China las aumentó un 153% y Estados Unidos un 17%. Pero eso no significa que Kyoto haya sido una pérdida completa de tiempo. Los países en el anexo I redujeron emisiones en el mismo período un 17%.
Por eso la Cumbre de Copenhague es tan importante, o por lo menos lo era, hasta que los mismos gobiernos desarrollados dijeron que no se llegará a ningún acuerdo final, sino que servirá más como una base para acuerdos posteriores. Pero eso no quiere decir que el mercado de carbono desaparecerá de un momento para otro.
“Me extrañaría mucho que algo así ocurriese”, comenta el economista español Carlos de Miguel, oficial de asuntos ambientales en la Cepal. “Un sistema de cap and trade es un mecanismo eficiente para asignar recursos, da flexibilidad y permite mayores eficiencias. Lo que creo que veremos es que se trate de avanzar en mejorar el sistema MDL, por ejemplo, en los temas programáticos –el MDL programático es la propuesta de que empresas medianas y pequeñas de la misma región o sector industrial puedan unirse para hacer un solo proceso de emisión de CERs, lo que servirá para agilizar y abaratar costos.
En tanto, los gobiernos de América Latina harían bien en tratar de acelerar procesos similares al programático. Es en las empresas medianas y pequeñas donde falta aún concientizar mucho respecto del calentamiento global, y la existencia de alguna instancia gubernamental que asesore, financie y desarrolle a varias empresas al mismo tiempo y de una misma región o sector para que emita CERs o VERs.
Será un buen entrenamiento para cuando eventualmente los países de América Latina tengan que reducir sus propias emisiones. Recuerden, no es un tema de si lo tendrán que hacer, sino de cuánto y cuándo.
link: http://www.americaeconomia.com/375986-Mercado-del-carbono-todavia-verde-en-America-Latina.note.aspx#
ALIANÇA BRASILEIRA PELO CLIMA : Posicionamento Sobre As Negociações De Mudanças Climáticas E As Ações Do Governo Brasileiro

Catorze das principais entidades brasileiras representativas do agronegócio, florestas plantadas e bioenergia anunciaram hoje a formação da Aliança Brasileira pelo Clima, com o objetivo de contribuir com propostas concretas para as negociações ligadas à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O foco principal é a agenda que o governo brasileiro vem defendendo nas negociações globais, que culminarão na 15ª Conferência das Partes da
Convenção (COP 15) em dezembro próximo em Copenhague, na Dinamarca.
Convenção (COP 15) em dezembro próximo em Copenhague, na Dinamarca.
Em seu Documento de Posicionamento, a Aliança destaca a natureza global dos desafios ligados às mudanças climáticas como um dos principais motivadores da união de esforços.
É apontada também a necessidade de ações coordenadas e urgentes por todas as partes envolvidas, que priorizem tecnologias disponíveis, economicamente viáveis e de impacto no curto prazo.
“Na visão da Aliança, o Documento de Posicionamento é um texto vivo, que evoluirá de acordo com o andamento das negociações e de outras iniciativas na mesma linha”, explica o Presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG), Carlo Lovatelli.
Leia e baixe o release em sua íntegra aqui.
DOCUMENTO DE POSICIONAMENTO SOBRE AS NEGOCIAÇÕES DE MUDANÇAS
CLIMÁTICAS E AS AÇÕES DO GOVERNO BRASILEIRO
- Setembro de 2009 -
CLIMÁTICAS E AS AÇÕES DO GOVERNO BRASILEIRO
- Setembro de 2009 -
Os setores da agricultura, de florestas plantadas e de bioenergia do Brasil entendem que a busca pelo desenvolvimento de “economias de baixo carbono” é uma meta central, no Brasil e no exterior, com o objetivo de lutar pela mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Nesse sentido, a Aliança Brasileira pelo Clima: Agricultura – Florestas Plantadas – Bioenergia torna pública a sua posição sobre as negociações ligadas à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (doravante Convenção) e ações correlatas que o País precisa adotar nessa matéria, considerando e reconhecendo que:
• Os países desenvolvidos têm maior responsabilidade histórica pela concentração de gases causadores do efeito estufa (GEE) na atmosfera e, por isso, devem adotar metas internacionais ambiciosas no sentido de limitar o aumento da temperatura em no máximo 2°C;
• Os países desenvolvidos têm maior responsabilidade histórica pela concentração de gases causadores do efeito estufa (GEE) na atmosfera e, por isso, devem adotar metas internacionais ambiciosas no sentido de limitar o aumento da temperatura em no máximo 2°C;
(...) Não deixe de ler o documento em sua íntegra e se desejar, baixe-o aqui.
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