Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
Mostrando postagens com marcador hamburguer;bacterias;E. coli ;O157:H7 ;comida contaminada;perigos à saude. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador hamburguer;bacterias;E. coli ;O157:H7 ;comida contaminada;perigos à saude. Mostrar todas as postagens

SAUDE PUBLICA:Para otimizar a saúde a melhor dieta é a de sempre: pouco, bom e variado >> El País

A ordem é clara: ter uma dieta saudável e equilibrada para gozar de boa saúde. Mas, além disso, a nutrição oferece cada vez mais ferramentas (genética, alimentos funcionais, análises) para obtê-la, enquanto se prepara o terreno para o debate, porque nem tudo vale na hora de sentar-se para comer. O complicado é saber do que cada um precisa e que direção tomar no labiríntico caminho da alimentação. Os especialistas falam em uma nutrição “à la carte”, feita na medida de cada pessoa e que inclusive possa prevenir doenças. Reportagem de Isabel Landa, El País.

Cada vez se detectam mais intolerâncias e alergias aos alimentos, e os sites da web oferecem dietas e análises que se apresentam como a panaceia para detectar componentes prejudiciais ao organismo. Além disso, fazer compras se transformou em uma tarefa titânica quando se busca o leite de sempre entre os que têm isoflavonas, ômega 3, soja, não têm lactose ou são enriquecidos com cálcio, porque proliferam os produtos que são vendidos como se fossem remédios.

O objetivo é otimizar a saúde. Os alimentos funcionais, aqueles que vão além de seu valor nutricional e têm composições para emagrecer, reduzir o colesterol ou reforçar as defesas, estão na ordem do dia porque ajudam a minimizar os riscos de doenças como as cardiovasculares ou o excesso de colesterol. Esses produtos devem ser regulamentados pelas autoridades de segurança alimentar.

Os especialistas falam na nutrição personalizada como o futuro para tratar e prevenir o surgimento de doenças. A genética está no discurso de nutricionistas, endocrinologistas e alergologistas como a base que permitirá individualizar a dieta e os nutrientes de que cada pessoa necessita em função de seus genes. “As instituições vêm funcionando com guias alimentares, quer dizer, recomendações de nutrição básica para a população, mas é preciso dar um passo na direção da nutrição personalizada. Cada pessoa tem sua própria história individual, médica e ambiental. Isto obriga a que, segundo critérios genéticos, cada pessoa receba uma alimentação específica, explica Alfredo Martínez, catedrático de nutrição na Universidade de Navarra e coordenador do Congresso Internacional da Sociedade de Nutrigenética e Nutrigenômica (ISNN), que se realizará em novembro em Pamplona.

Essa visão é otimista demais para Susana Monereo, endocrinologista do Hospital de Getafe, em Madri. A especialista não duvida de que haverá um dia em que uma análise genética permitirá saber o que é ruim para cada pessoa, mas acredita que essa ciência ainda está nos primórdios. “Quem mais trabalhou sobre isso é o espanhol José María Ordovás, que descobriu, por exemplo, que há grupos para os quais a dieta mediterrânea não cai tão bem.”

Outra coisa são as alergias e as intolerâncias, que se transformam em marcadores diferenciais que fazem que a alimentação de uns e outros seja diferente. Detectá-las está permitindo que as pessoas melhorem sua saúde. Representam quase 10% das consultas de alergologia na Espanha. As alergias são reações adversas a algum componente dos alimentos (uma proteína, um ácido graxo). O alérgeno (causador da alergia) provoca uma série de reações em cadeia no sistema imunológico, entre as quais a produção de anticorpos imunoglobulinas IgE, que se traduzem em reações imediatas que causam danos ou inflamação e se manifestam na pele.

Por outro lado, a intolerância alimentar afeta o metabolismo mas não o sistema imunológico e tem uma base genética. A intolerância à lactose, que atinge 15% da população espanhola, é a mais frequente.

Segundo a Clínica Universitária de Navarra, cada vez há mais pessoas sensíveis a diversos grupos de alimentos vegetais. “As dúvidas que surgem nesses casos é que alimentos podem comer com segurança e quais devem evitar. Uma restrição ampla pode colocar dúvidas sobre o valor nutricional da dieta e a possibilidade de que apareçam deficiências vitamínicas”, indicam fontes médicas.

Na maioria das vezes é difícil saber qual dos alimentos é o causador de uma reação alérgica; em crianças, os mais habituais são o ovo, o leite e o peixe. Os alergologistas da Clínica Universitária de Navarra estão utilizando, além dos testes cutâneos habituais, uma análise genética para medir as imunoglobulinas IgE. “São microchips com uma superfície sólida à qual se une uma série de fragmentos de DNA. Com a base do genoma podem-se ver as mutações genéticas que fazem que as pessoas utilizem de forma diferente os nutrientes”, explica Martínez. Esses testes genéticos são caros e ainda não estão ao alcance de todos os pacientes, mas a confiabilidade é muito alta.

Entre as alergias do tipo IgE (imediatas) e as intolerâncias há outra série de alergias difíceis de classificar, que se encontram em uma espécie de limbo e que intrigam médicos e pacientes, mas que estão permitindo saber mais sobre as enfermidades. São anticorpos de imunoglobulinas IgG, reações imunológicas também, mas de efeito retardado, já que podem se manifestar até 72 horas depois do consumo de produtos alérgenos. Muitas pessoas que recebem os resultados negativos de IgE (alergia instantânea) podem ter níveis altos de alergias IgG, sem suspeitar da gravidade do problema. Os sintomas dessas alergias retardadas aparecem sem causa óbvia e podem ser físicos, psicológicos e neurológicos.

George Mouton é um médico funcional belga especializado nesse tipo de alergias alimentares. Viaja duas vezes por mês para Madri para dar consultas em um centro de homeopatia e em outros dois dias atende na Hale Clinic de Londres. Mouton acredita que cada pessoa precisa de uma nutrição personalizada, “porque as mesmas dietas não servem para todas”. Em seu consultório passam muitos pacientes com problemas digestivos que tiveram resultado negativo nos testes de intolerância e alergias, no entanto têm anticorpos IgG. Segundo o médico, esses pacientes melhoram quando lhes tiram temporariamente os lácteos e depois os consomem em pequenas quantidades. “A medicina funcional se preocupa justamente com esses pacientes que não parecem sofrer alergia ou intolerância porque o diagnóstico deu negativo, mas não estão bem e têm disfunções complicadas de detectar”, explica o médico de família que há 12 anos combina a medicina tradicional com a funcional.

Cada vez mais as alergias e intolerâncias alimentares são relacionadas a certas doenças autoimunes, em que o organismo ataca seus próprios tecidos (como a artrite reumatóide, a esclerose lateral amiotrófica ou a doença de Crohn). Os pacientes então optam por combinar os tratamentos médicos tradicionais com a medicina funcional. Essa combinação de tratamentos é mais difundida na Europa e começa a aparecer na Espanha.

É o caso de uma menina de 11 anos que foi diagnosticada em março com artrite reumatóide. Seus pais, depois de consultar diversos especialistas, decidiram combinar o tratamento com medicina tradicional e funcional. O Hospital Menino Jesus de Madri lhe aplica um medicamento chamado metotrexato, mas ao mesmo tempo a paciente frequenta um médico funcional para seguir o tratamento à base de oligoelementos (ferro, cobre, iodo, manganês, selênio, zinco, entre outros). “Depois de uma análise, foram detectadas alergia a ovo, a leite animal e a glúten. Desde que parou de consumir esses alimentos, temporariamente, encontra-se muito melhor. Creio que foi interessante combinar os dois tratamentos”, explica sua mãe.

As análises sobre alergias são apresentadas como mais uma ferramenta para personalizar a alimentação e melhorar a saúde. As pessoas se questionam se funcionam realmente ou se servem para emagrecer. O que está acontecendo com o Alcat, um dos testes mais conhecidos, que diz medir a tolerância a uma centena de nutrientes? A controvérsia em torno desse tipo de análise é enorme. Muitos médicos a criticam, afirmando que não existem dados científicos que confirmem sua eficácia em médio e longo prazo. “Segundo as sociedades científicas em nível mundial, esse tipo de análise não é válido, muito menos para dietas de emagrecer, como muita gente acredita”, indica Joaquín Sastre, chefe do serviço de alergologia da Fundação Jimenez Díaz de Madri.

A maioria dos especialistas consultados duvida da eficácia do Alcat. “Esse tipo de teste é mais comercial, fizeram muito marketing e está na boca de todo mundo. Talvez resolva alguns casos, mas muitos outros não. Não é a panaceia, certamente”, concorda Amelia Martí, professora e pesquisadora em obesidade no Departamento de Ciências da Alimentação, Fisiologia e Toxicologia da Universidade de Navarra.

Entre os defensores do Alcat está Gloria Aldaz. Essa mulher de 50 anos decidiu há nove fazer o teste porque tinha digestão muito ruim e queria perder peso. “Decidi experimentá-lo porque muita gente me havia falado e me animei. Saiu intolerância a azeitonas e azeite, a leite de vaca, aveia, pêssegos, todos os levedos, trigo, amendoim e milho.” Ela deixou de comer esses alimentos durante um ano e depois os foi introduzido aos poucos. Aldaz conta que experimentou uma melhora em sua saúde: “Melhor digestão, mais vitalidade e emagreci”. Além disso, essa mulher é alérgica a ovo e carne, o que foi detectado quando nasceu sua sobrinha, que tinha alergia a quase todos os alimentos.

Intolerância, genética e analíticas à parte, os nutricionistas sabem que a saúde é uma das maiores preocupações da população e que para isso é preciso mudar os hábitos alimentares. “O grande problema é que as pessoas buscam soluções rápidas e fáceis de seguir, e isso em nutrição é muito difícil”, conclui Susana Santiago, especialista em nutrição no ciclo vital da Universidade de Navarra.

Nisso, Susana Monereo é taxativa: “Há dietas recomendadas para as grandes síndromes, como as doenças cardiovasculares ou o câncer. Inclusive para a deterioração cognitiva (comer muitas frutas vermelhas e secas). Mas a preocupação por esses assuntos em pessoas saudáveis é excessiva”, afirma. Por isso insiste no que chama – e quase se podem ouvir as maiúsculas – “A Dieta: comer pouco, bom e variado, com poucas gorduras e açúcares”. O de sempre? “Até hoje é o que funciona melhor em geral.”

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Reportagem [Comer a la carta por prescripción médica] do El País, no UOL Notícias.
EcoDebate, 02/09/2010

Dieta do Mediterraneo /// H Science

A Dieta Mediterrânea ou Dieta do Mediterrâneo tem sido intensamente estudada nos últimos anos e várias conclusões indicam que ela pode propiciar a melhor alimentação para a sua saúde.


 DIETA PARA SAÚDE

Um dos primeiros estudos publicado no New England Journal of Medicine em 2003 mostrou, em voluntários gregos, que a Dieta do Mediterrâneo reduziu a mortalidade por todas as causas. Cientistas chegaram à mesma conclusão no ano seguinte em um estudo publicado no Journal of American Medical Association que utilizou grupos de voluntários com mais de setenta anos, de dez países da Europa, e que fizeram à Dieta do Mediterrâneo, combinada com atividade física.

Outra pesquisa de 2005 demonstrou que um grupo de indivíduos com doença cardíaca que utilizaram a Dieta Mediterrânea, diminuíram muito a taxa de mortalidade em um período de quatro anos, quando comparados com cardíacos que não utilizaram a dieta. Este estudo foi publicado na revista científica Archives of Internal Medicine.

DIETA PARA DIABÉTICOS

Um estudo publicado em 2008 indica que a dieta do mediterrâneoo é a melhor para a saúde dos diabéticos e a que leva à maior perda de peso entre as mulheres.

O QUE É A DIETA MEDITERRÂNEA

Dieta do Mediterrâneo é um tipo de alimentação específica de países da região do mar Mediterrâneo (Portugal, França, Itália, Grécia, Espanha, etc.). Este padrão de alimentação é formado de vegetais, legumes, tomate, alho, frutas e, principalmente, óleo de oliva, óleo de canola, cereais pouco moídos, nozes e sementes, queijo branco e iogurte, além de vinho.

Vários estudos continuam confirmamdo estas observações. A conclusão é de que quanto mais a pessoa pratica a dieta mediterrânea tradicional, menor a chance de morrer por qualquer causa, incluindo câncer (risco menor de 24%) e doenças cardíacas (risco menor de 33%).

Atual geração pode ter expectativa de vida menor, alerta OMS /// AE-estadao.com

População jovem concentra cada vez mais doenças não-transmissíveis e problemas relacionados à obesidade

Paulo Liebert/AE


OMS adverte que cada vez mais jovens sofrem com doenças como hipertensão e câncer

GENEBRA - A atual geração de crianças "poderia ser a primeira em muitíssimo tempo a ter uma expectativa de vida menos elevada que a de seus pais", advertiu nesta quarta-feira, 24, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.

Na abertura da primeira reunião dos participantes da rede mundial contra as doenças não-transmissíveis, Chan lembrou que essas doenças se concentram cada vez mais em pessoas jovens e inclusive em crianças que podem sofrer de hipertensão e alguns tipos de câncer.

A responsável da OMS acrescenta que nada menos que 43 milhões de crianças em idade pré-escolar sofrem de obesidade ou sobrepeso, uma condição que gera riscos para a saúde ao longo de toda a vida e despesas médicas potencialmente elevadas.

Em seu discurso perante representantes de Governos, centros de pesquisa, entidades filantrópicas e empresas que participam da reunião, a diretora da OMS ressaltou que as doenças não-contagiosas foram consideradas próprias típicas de países ricos, o que não se aplica mais na atualidade. Ela disse que esses males estão agora "fortemente concentrados" nos países de renda média e baixa e nos grupos mais pobres dentro deles.

Segundo os dados da OMS, seis em cada dez mortes que ocorrem por dia no mundo se devem a doenças não-contagiosas, das quais é possível se prevenir e para algumas das quais existem tratamentos. Os especialistas asseguram que uma quarta parte das mortes atribuídas a essas doenças poderiam ser evitadas com medidas de prevenção adequadas.

No total, 35 milhões de pessoas morrem por ano por causa dessas doenças, entre elas: problemas de coração, derrames cerebrais, diabetes, câncer, doenças respiratórias crônicas e distúrbios mentais. Até 80% dessas vítimas se encontra em países em desenvolvimento, onde os quatro grandes fatores de risco (fumo e consumo de álcool, alimentação inadequada e sedentarismo) tendem a aumentar.

O mesmo vale para os fatores biológicos de risco: aumento da pressão arterial, do colesterol, da glicose no sangue e um alto índice de massa corporal (medida calculada em função da estatura e do peso da pessoa).

Essa constatação derruba o mito de que as doenças não-contagiosas afetam principalmente os países ricos.

SAÚDE PÚBLICA:Fast Food;Muito Cuidado Com o Seu Próximo Hamburguer

Artigo de Michael Moss do NY times, publicado em 04/outubro/2009

Stephanie Smith, uma jovem instrutora de dança para crianças, achou que era apenas uma dor de cólica... que tinha um vírus estomacal, ou como conhecemos e estamos já familiarizados ...uma infecção intestinal. As dores e cólicas eram ainda toleráveis durante o primeiro dia, e ela conseguiu terminar suas aulas.

Depois disso o quadro progrediu para diarréia sanguinolenta. Seus rins pararam de trabalhar.Ocorreram convulsões tão implacáveis que os médicos tiveram de colocá-la em coma por nove semanas. Quando ela saiu, não conseguia mais andar. O impacto aflitivo devastou seu sistema nervoso e a deixou paralisada.

Identificou-se que ela teve uma forma grave de intoxicação alimentar causada pela bactéria E. coli.

Após este evento houve uma investigação minuciosa,realizada pelo fornecedor do hambúrguer, a qual identificou a bactéria presente no hambúrguer que ela havia ingerido no jantar de domingo no início do outono de 2007.
"Eu me pergunto a cada dia, 'Por que eu?" E "Por que a partir de um hambúrguer?" Questiona-se.

Seus rins encontram-se em alto risco de colapso. Ela está lutando para recuperar algumas habilidades básicas da vida e lidar com a raiva que por vezes a envolve. Apesar de sua determinação, os médicos dizem, ela provavelmente nunca mais voltará a andar.

A reação da Sra. Smith para a cepa virulenta de E. coli foi um caso extremo, mas rastreando a história do seu “burger”, através de entrevistas e registros do governo e das empresas produtoras, obtida pelo The New York Times, conclui-se que comer carne moída é ainda uma "aposta".

Nem o sistema responsável por tornar a carne segura e confiável; nem a própria carne, é aquilo que os consumidores têm sido levados a acreditar.

Não é um Caso Isolado
Em 1994 um surto de contaminação ocorreu na cadeia de restaurantes "Jack in the Box" resultando em quatro crianças mortas. A venda de carne moída com suspeita de contaminação pelo E.coli foi proibida em empresas processadoras de carne e mercados. Ainda assim, dezenas de milhares de pessoas anualmente são contaminadas por este patógeno.Funcionários da agencia federal de saúde dos EUA apontam o hambúrguer como o principal responsável.
A carne moída foi responsabilizada por 16 focos nos últimos três anos, incluindo a uma Sra. Smith, que ficou paralisada da cintura para baixo. Este verão, a contaminação levou à retirada de carne bovina de cerca de 3.000 mercados em 41 estados.


Carne moída, geralmente, não é simplesmente um pedaço de carne processado através de um moinho de carne. Em vez disso, registros e entrevistas mostram, uma única grande porção de carne processada para fabricar hambúrguer é muitas vezes uma mistura de vários tipos de carne de diferentes partes das vacas e até mesmo de diferentes matadouros. Estes cortes de carne são particularmente vulneráveis à contaminação por E. coli,afirmam oficiais de saúde e especialistas em alimentos.

Além disso, não há nenhuma exigência federal que obrigue a inspeção destes moedores industriais no sentido de realização de testes especificos em seus ingredientes (o material a ser moído) quanto à presença desta bactéria.

Composição do Hamburguer
Os hambúrgueres congelados ingeridos pelos Smiths foram produzidos pela gigante de alimentos Cargill. Contudo dados de controle confidenciais de moagem e outros registros da Cargill indicam que os hambúrgueres foram feitos de uma combinação de aparas de matadouros diferentes e um outro produto derivado de restos de carne moída que encontravam-se disponíveis em uma fábrica do estado de Wisconsin. Os ingredientes eram provenientes de matadouros em Nebraska, Texas e no Uruguai, e de uma empresa Dakota do Sul, a qual utiliza um processo á base de amônia sobre as aparas de gordura a fim de tratá-las e assim eliminando as bactérias.


25% menos de Custo
Usando uma combinação variada de fornecedores (uma prática seguida pela maioria dos grandes produtores de hambúrguer frescos e embalados) permitiu que a Cargill gastasse cerca de 25 por cento menos do que gastaria se utilizasse os cortes de carne inteiros, mais nobres.

A Cargill é a maior empresa do ramo,realizou 116,6 bilhões dólares em receitas no ano passado.
Recusou pedidos da imprensa para visitar suas instalações. "A Cargill não está em condições de responder às suas questões específicas e afirmarmos que estamos comprometidos com a melhoria contínua na área da segurança alimentar", disse a companhia.

O Risco
Em 16 de agosto de 2007, o dia em que o hambúrguer da Sra. Smith foi feito, o moedor No.3 na fábrica da Cargill em Butler, Wisconsin, iniciou a operação ás 6:50 da manhã.
O principal ingrediente eram aparas de carne, mistura conhecida como "50/50 "- metade de gordura, metade de carne - que custam cerca de 60 centavos de dólar por libra, o que barateia substancialmente o custo do produto final.

A Cargill adquiriu estes aparas – nacos de gordura separadas da carne nobre do animal- de uma empresa chamada Greater Omaha Packages, onde cerca de 2.600 bovinos são abatidos diariamente e processados em uma usina do tamanho de quatro campos de futebol.

Tal como acontece com outros matadouros, o potencial de contaminação está presente em cada passo do caminho, de acordo com os trabalhadores e os inspetores federais. O gado, muitas vezes chega com manchas de fezes de confinamento que abrigam o patógeno E. coli e deveriam ser retirados com cuidado para mantê-lo fora da carne. Isto é especialmente crítico para as aparas cortadas a partir da superfície externa da carcaça.


Confiablidade
"A carne moída não é um produto totalmente seguro", disse o Dr. Jeffrey Bender, um especialista em segurança alimentar da Universidade de Minnesota, que ajudou a desenvolver os sistemas de rastreamento de contaminação por E. coli.

Os cientistas que estudam alimentos/nutrição registraram crescente preocupação com a virulência deste patógeno já que apenas algumas poucas células dispersas podem fazer alguém doente, e advertem que a orientação federal para cozinhar bem a carne e para lavar-se depois, não é suficiente.

Leia o artigo completo( em inglês) neste link
http://www.nytimes.com/2009/10/04/health/04meat.html?_r=1&th=&emc=th&pagewanted=all

Informação & Conhecimento