Por: Redação TN / Assessoria de imprensa
O plantio dos últimos 100 hectares (ha) do maior corredor de mata atlântica reflorestada no Brasil, que ao todo soma 700 ha, já está em andamento e será encerrado em novembro deste ano. O projeto vem sendo realizado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em parceria com a Duke Energy e a Fazenda Rosanela, por meio do BNDES Mata Atlântica. Nesta última etapa de formação do corredor, que reconecta as principais Unidades de Conservação da Mata Atlântica no Pontal do Paranapanema – Estação Ecológica do Mico Leão Preto e Parque Estadual do Morro do Diabo – 60% já foram finalizados.
Nestes 100 ha, de acordo com o pesquisador do IPÊ, Laury Cullen Jr, que também coordena a ação, serão plantadas, ao todo, 200 mil árvores, sendo que o plantio da última fase do projeto, concentrada em Teodoro Sampaio, começou em novembro do ano passado.
“Este corredor ecológico é fundamental para a conservação de espécies ameaçadas”, observa. O objetivo, como acrescenta o pesquisador, é conservar a biodiversidade da mata atlântica, por meio da restauração florestal em áreas de preservação permanente (APPs) e reserva legal (RL) de propriedades rurais.
O gerente de Meio Ambiente da Duke Energy, Miguel Conrado Filho, explica que o corredor florestal margeia o Reservatório de Rosana – administrado pela empresa – e passa por dentro da Fazenda Rosanela, localizada entre as duas unidades de conservação. “Os 60 hectares já concluídos passam por uma fase de manutenção de dois anos”, aponta. Conforme Conrado Filho, o corredor propicia um caminho seguro para que os animais se locomovam entre os fragmentos.
“Este é um projeto ambiental muito importante, que vai ao encontro daquilo que a Duke Energy acredita, tanto que a empresa apoia a implantação de outros corredores florestais”, diz. Além do aspecto ecológico, ele lembra do aspecto social da empreitada. “As mudas são produzidas pelas comunidades regionais, melhorando também sua qualidade de vida”, completa.
Parceria
Cullen Jr afirma que com a finalização destes 100 ha, o maior corredor de mata atlântica reflorestada no País estará consolidado. “A interação do IPÊ com órgãos privados, como a Duke Energy, é de extrema importância”, considera. “Além de nos ajudar a concretizar projetos tão especiais, a parceria ainda incentiva outras empresas a fazer o mesmo, principalmente neste momento tão delicado para o meio ambiente, em função da discussão sobre o Código Florestal”, observa.
Além dos aspectos florestais, ele lembra da relevância do trabalho na preservação dos recursos hídricos da região, o que faz a diferença para as comunidades. “O Reservatório de Rosana fica no Rio Paranapanema, que abastece diversas cidades próximas”, pontua o pesquisador.
Corredor ecológico
O projeto viabiliza a reconstrução da paisagem da região do Pontal do Paranapanema, que, conforme Cullen Jr, se resume a “manchas de floresta” que abrigam espécies ameaçadas como o mico-leão-preto, a onça pintada e a jaguatirica, entre outras. “Um dos problemas para a sobrevivência dessas espécies é, justamente, a perda de habitat, e o corredor é uma das formas de suprir essa necessidade de deslocamento entre as unidades de conservação, tanto para alimentação como para reprodução dos animais”, destaca.
Reflorestamento
Em 12 anos de trabalhos de reflorestamento, a Duke Energy foi responsável pela distribuição de aproximadamente 10 milhões de mudas florestais. Por meio de diversas ações contribui para a conservação de 9.471 hectares, através da conectividade de áreas de reflorestamento com fragmentos florestais, que somam 6.613 ha.
Os municípios do Estado de São Paulo contemplados com os projetos de reflorestamento da empresa são Iepê, Pedrinhas Paulista, Maracaí, Barão de Antonina, Itaporanga, Sandovalina, Narandiba, Ibirarema, Salto Grande, Palmital, Cândido Mota, Teodoro Sampaio e Rosana. Já no Paraná, as ações abrangem as cidades de Porecatu, Sertaneja, Sertanópolis, Primeiro de Maio, Rancho Alegre, Leópolis, Florestópolis, Itaguajé, Itambaracá, Andirá, Cambará, Jardim Olinda e Paranapoema.
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