Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Brasil possui o menor preço em energia eólica do mundo


Agência Brasil
Publicação: 11/06/2012 17:33Atualização:
Os investimentos em energia renovável no mundo bateram recorde de R$ 257 bilhões de dólares no ano passado. Tanto os países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento estão mais empenhados em promover a energia sustentável, de acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) “Tendências Globais em Energia Sustentável”, apresentado hoje por um dos principais negociadores do texto da Rio+20, o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.

De acordo com o documento, o montante recordista é resultado de 17% a mais que no ano de 2010 e 94% do que em 2007, ano anterior a crise financeira norte-americana. Os dados são resultados do aumento de investimentos que vem ocorrendo no mundo pelo sexto ano consecutivo. "Os números citados no documento são o resultado da redução do custo da tecnologia disponível no mercado hoje associados aos incentivos governamentais de cada país. Energia é fundamental para o desenvolvimento da economia, é um atributo fundamental para o desenvolvimento. O setor das energias renováveis também estimula a criação de emprego. Um outro bom estímulo para investimentos na área", explica Steiner.

O Brasil possui hoje a menor tarifa do mercado para a energia eólica a nível mundial, U$0,06 por megawatts. Com ventos favoráveis e uma variedade na matriz enérgica renovável, Steiner aponta que o governo brasileiro tem maior capacidade de desenvolver programas para promover a energia sustentável e competir com o mercado internacional.

"O governo brasileiro criou um modelo que subsidia as companhias que tem os preços mais acessíveis. A energia mais barata no Brasil é vantagem para os produtores, para economia e para o mundo, porque coloca a energia renovável em concorrência direta com as fontes de energias mais tradicionais".

Segundo o relatório, 39% da capacidade de produção de energia nos Estados Unidos é por meio das renováveis, principalmente a energia eólica. Mas é a China quem lidera na instalação de turbinas eólicas. Enquanto países do primeiro mundo caminham na direção de maiores investimentos em energia por meio dos ventos, Steiner aponta que é uma ótima oportunidade para a sociedade brasileira se questionar sobre a construção da usina de Belo Monte, na Bacia do Rio Xingu.

A pergunta é: “Se tivermos que aumentar nossa capacidade de geração de energia, quais são as opções disponíveis no país?” Porque no final isso irá determinar a capacidade do Brasil em produzir energia sob um paradigma de desenvolvimento sustentável.

O relatório contribui para o Ano Internacional da Energia Sustentável para todos, a ONU assume três metas principais, a serem atingidas até 2030: assegurar o acesso universal a serviços energéticos modernos, dobrar a taxa de crescimento da eficiência energética e a participação de fontes renováveis no total da energia consumida mundialmente.

Questionado sobre a entrega do texto da Rio+20, o diretor-executivo disse que os 75% já concluídos não representam que o andamento das negociações não estejam avançados. "É tarde sim, mas teremos um texto a tempo. Temos motivos de nos preocuparmos com a elaboração do texto, mas nenhuma razão para não acreditar que vamos ter um bom documento neste momento", esclarece.

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