Segundo o Ministério da Agricultura, nos primeiros sete meses do ano, país produziu quase a mesma quantidade de produto que em todo o ano de 2009Letícia de Oliveira Brasília (DF)
Especialistas contestam números da produção de biodiesel apresentados pelo governo durante um seminário internacional, na Argentina. De acordo com o Ministério da Agricultura, nos primeiros sete meses do ano, o país produziu quase a mesma quantidade de biodiesel que em todo o ano de 2009. Até julho, foram 1,3 bilhão de litros, contra 1,6 bilhão do ano passado. O governo projeta chegar a 2,4 bilhões de litros até o final de 2010. O resultado, 50% maior do que o de 2009, seria conseqüência da mudança na quantidade de biodiesel adicionada ao diesel – que passou de 4 para 5% em janeiro.
Apesar de o governo atribuir o aumento à nova dosagem, especialistas argumentam que a mudança de categoria não seria suficiente para um crescimento de 50% na produção.
— Se você passar de B4 para B5 o aumento é de 25%, não de 50%. Pelas minhas estimativas, esse aumento para B5 é um aumento que seria de 1.6 bilhão de litros para 2, 2.1 bilhões de litros — explica o especialista em energia Paulo César Ribeiro Lima.
Mesmo sem uma projeção para 2011, o Ministério da Agricultura afirma que a produção deve acompanhar o desempenho do PIB.
— Nós sabemos que o crescimento do consumo de diesel tem uma correlação muito forte com o crescimento econômico. Como nós temos boas projeções para o crescimento econômico nos próximos anos, significa crescimento de diesel e biodiesel — defendeu o coordenador de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Denílson Ferreira.
O analista contesta o otimismo do governo.
— Mantido o B5, o ano que vem a gente não terá mais do que 5% ou 6%. Não esperemos grandes aumentos na produção de biodiesel — concluiu Lima.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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