Participante da COP-10 lê documento da Convenção da Biodiversidade, em Nagoya
Representantes de 193 países debatem nesta sexta-feira um texto conciliatório, apresentado pelo Japão, sobre a gestão dos recursos genéticos, na tentativa de encerrar com sucesso a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade (COP-10).
A COP-10, realizada na cidade japonesa de Nagoya, deve encerrar nesta sexta-feira com um plano estratégico para proteger a biodiversidade entre 2011 e 2020, após o vencimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estipulados em 2000.
Os países reunidos pretendem concordar o financiamento dos objetivos e o que se transformou no grande empecilho das negociações, um protocolo referido ao uso e distribuição equitativa dos benefícios derivados dos recursos genéticos (ABS, na sigla em inglês).
O ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryo Matsumoto, apresentou nesta sexta na reunião de Nagóia um texto que pretende conciliar posturas, depois que os negociadores não puderam redigir a minuta do ABS na meia-noite de quinta-feira, quando vencia o prazo.
Além da proposta japonesa, se coloca "a união das duas propostas principais de missão (financiamento) do plano estratégico", afirmou nesta sexta à Efe um dos negociadores da Guatemala, Edgard Selvin.
Segundo ele, por um lado, "o Brasil propõe um montante específico de US$ 200 bilhões para financiar o plano estratégico e as ações", e por outro, está a proposta da União Europeia (UE), "que ontem, até a meia-noite, estava crescendo em suas dimensões (ofertas financeiras)".
Japão já pôs um incentivo na mesa: US$ 2 bilhões para os próximos três anos, com o objetivo de impulsionar a COP-10 e não repetir o fracasso de Copenhague, onde, em dezembro de 2009, não se alcançou um acordo vinculativo sobre mudança climática
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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