Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Jornada discute estratégias de governança corporativa nas empresas de saúde

Dom, 03 de Outubro de 2010 15:15 Larissa Verdier
NOTÍCIAS - Saúde


Sustentabilidade está na moda e é essencial. Não só no sentido ambiental do termo, mas também no que diz respeito à gestão empresarial.

A opinião foi consenso entre Pedro Meloni, Principal Adivisor do IFC, setor privado do Banco Mundial, Márcio Coriolano, Presidente da Bradesco Saúde, Otto Philipp Braun, Presidente da B. Braun Brasil, Andrés Cima, Diretor de Negócios Corporativos da Johnson & Johnson, e Francisco Balestrin, Vice-presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados. Todos participaram do painel sobre governança corporativa da 10ª Jornada Pronep, dia 27 de setembro, moderado Alfredo Cardoso, Diretor da Agência Nacional de Saúde.


Segundo Meloni, a ausência de governança corporativa é um dos motivos que impedem 90% das empresas de chegar aos quatro anos de existência. “A sustentabilidade empresarial através da governança corporativa cria a possibilidade do não envelhecimento da empresa”, garantiu Meloni. O mercado competitivo exige executivos mais especializados. “Instinto é bom, mas não é suficiente”, afirmou Cardoso. O que não significa que uma grande empresa tenha que excluir sócios-fundadores ou a família do negócio.

A B. Braun é um exemplo de empresa familiar que se solidificou no mercado. Adotou um modelo eficaz de governança corporativa que não excluiu um Conselho formado apenas pela família Braun, que define as estratégias a longo prazo da companhia. “Sustentabilidade, para uma empresa familiar, é o mais importante. Estou trabalhando hoje para as futuras gerações da minha família”, disse Otto Braun. Segundo Coriolano, para garantir a longevidade da companhia, a governança corporativa deve incluir equidade, transparência, prestação de contas e responsabilidade corporativa. “E tamanho não é critério – acrescentou Braun – o importante é quem é o líder e onde ele pretende levar a empresa”.


Qualquer que seja o tipo de governança corporativa implantada, as ações administrativas devem estar de acordo com os valores culturais. “O líder precisa dar o exemplo. Você pode passar um tempo sem atingir os resultados, mas não sem ser ético”, disse Cima. A esse respeito, Cardoso lembrou que, em visita a Johnson & Johnson, viu escrito na parede da empresa: “Busca pelo lucro justo”. Uma contradição da visão clichê do capitalismo que busca o lucro pelo lucro. E Balestrin faz questão de acrescentar que a sustentabilidade, do ponto de vista ambiental e social, também é parte de uma governança corporativa moderna e eficaz

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