Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Mato Grosso é referência na redução de desmatamentos /// Expresso MT

Nos últimos quatro anos, o Estado de Mato Grosso alcançou o índice de 89% de redução de desmatamentos.
Com essa mensagem, o secretário de Estado do Meio ambiente (Sema), Alexander Maia, participou hoje de audiência pública realizada pela Comissão de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

A audiência foi requerida para discussão da Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação (REDD). Os REDDs são mecanismos que podem contribuir para a redução dos níveis de desmatamento e da degradação. A ideia é criar valores econômicos para a floresta em pé, ou para o “desmatamento evitado”.

O secretário Maia representou a Força-tarefa dos Estados Amazônicos sobre REDD e Mudanças Climáticas. A força-tarefa, conforme Maia, nasceu em consequência de uma conscientização para que fossem criados mecanismos de investimentos. “O governo de Mato Grosso vem fazendo a sua parte. Avança com projetos-pilotos e a implantação do REDD já está sendo executada em várias regiões”, afirmou o secretário.

A criação da Sema, e posteriormente sua reestruturação e qualificação profissional foram medidas fundamentais, conforme o secretário. O órgão, por exemplo, passou de um quadro de 230 pessoas para 900.

Alexander Maia falou ainda do projeto-piloto de REDD em Mato Grosso, realizado na região Noroeste numa área de mais de 940 mil hectares, sendo 18% em terras indígenas; 14% unidades de conservação; 13 de assentamentos rurais; e 55% em terras privadas. Citou ainda as experiências com projetos nas regiões do Xingu, Suruí e do Parecis.

O secretário ressaltou as políticas públicas para reduzir o desmatamento na Amazônia Legal, onde o Governo do Estado tem conseguido controlar o desmatamento com ações para garantir a sustentabilidade econômica.

O PL do REDD, afirmou Maia, deve contemplar os Estados nas suas peculiaridades, a exemplo de Mato Grosso, um Estado produtor, e o Amazonas que tem praticamente todo o seu território preservado.

O PL-5.586/09, de autoria do deputado Lupércio Ramos (PMDB-AM), que institui a redução certificada de Emissões do Desmatamento e da Degradação, remunera os produtores rurais que preservarem a floresta em pé.

A audiência pública foi requerida pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM). A proposta do REDD pode representar a alternativa mais viável para a preservação da biodiversidade, observou Maia, desde que observados os aspectos distintos da região amazônica.

Mato Grosso, conforme o secretário, “puxa a fila” de todas as políticas de preservação ambiental. Além da força-tarefa, foram implantadas duas câmaras temáticas, a instituição do Plano de Combate ao Desmatamento e uma Política Florestal.

Acompanham o secretário Alexander Maia em Brasília, a superintendente de Biodiversidade, Eliani Fachim; o superintendente de Recursos Hídricos, Luiz Henrique Noquelli e a superintendente de Monitoramento de Indicadores Ambientais, Elaine Corsini.

Participaram como palestrantes Thaís Linhares-Juvenal, Diretora do Departamento de Mudanças Climáticas da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente; Virgílio Vianna, Diretor-Presidente da FAS - Fundação Amazonas Sustentável; André Lima, Coordenador de Políticas Públicas do Ipam - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia; Mariano Cenamo, Secretário-Executivo do Idesam - Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas; Natalie Unterstell, Coordenadora do Centro Estadual de Mudanças Climáticas - Ceclima da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas; Eugênio Pantoja, Assessor Técnico da Secretaria do Meio Ambiente do Acre; Rubens Gomes, Presidente do GTA - Grupo de Trabalho Amazônico; Manoel Silva da Cunha, Presidente da Diretoria-Executiva do CNS - Conselho Nacional das Populações Extrativistas; Antonio Marcos Alcântara de Oliveira Apurinã, Coordenador-Geral da Coiab - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.

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