Lisiane Wandscheer
Para a geógrafa, o Brasil tem um potencial de natureza imenso, mas não sabe aproveitá-lo a exemplo do que sempre foi feito na Amazônia.
“É fundamental que a ciência, a tecnologia e a inovação ajudem a revigorar os conhecimentos tradicionais da Região Amazônica. A economia da floresta por si é diversificada, tem extrativismo de plantas, de pesca e remédios essenciais para a saúde pública”, cita.
A geógrafa salienta que para haver a potencialização da economia da natureza é preciso aplicação de grandes investimentos, mobilização dos cientistas e empresários e políticas públicas com um planejamento integrado que respeitem a diversidade.
“Estas políticas públicas precisam estar articuladas. Hoje temos o Plano Amazônia Sustentável e ao mesmo tempo o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] que nada tem a ver com sustentabilidade e prevê hidrelétricas e transporte. Precisamos de energia e transporte sim, mas com um planejamento integrado”, destaca.
Bertha alerta também para os riscos de se financiar apenas a preservação e prejudicar o futuro econômico e ambiental do país. “O financiamento deve ser feito para o aproveitamento da natureza sem a destruição do seu potencial natural. Se financiarmos para manter preservado estaremos perdendo a chance de desenvolver, gerar empregos e riqueza para o país”, destaca.
No início da manhã, o ministro de Ciência e Tecnologia e secretário geral da conferência, Sérgio Rezende, fez a abertura das atividades e destacou que o grande desafio do país é fazer com que a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação entrem definitivamente na agenda empresarial.
“O Brasil, só a partir da Lei 11.196, da Inovação Tecnológica, regulamentada em 2005, pode subvencionar a pesquisa nas empresas. Na medida que os resultados aparecem as empresas percebem que também é possível no Brasil fazer com que a inovação melhore o rendimento e a competitividade delas”, afirma.
Edição: Lílian Beraldo
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