Por Redação Ideia Socioambiental
Carbon Disclosure Project (CDP) lança Índice de Performance de Carbono e Liderança.
A gestão do carbono está se tornando uma prioridade estratégica de negócio e um direcionador da competitividade para as maiores companhias, a despeito da ausência de um acordo global sobre as mudanças climáticas. Essas são algumas das conclusões do relatório e índice de liderança 2010 Global 500 , produzidos pela PwC e patrocinado pelo Bank of America Merrill Lynch, que foram lançados nesta semana pelo Carbon Disclosure Project (CDP).
As empresas-líderes em performance de carbono estão bem à frente de suas concorrentes - 85% das que foram pesquisadas declararam ter um executivo sênior responsável por mudança climática e perto da metade (48%) estão incorporando iniciativas em toda a estratégia do negócio e organização em resposta ao desafio do aquecimento global.
Em meio a um quadro regulatório incerto, nove entre 10 empresas pesquisadas identificaram oportunidades comerciais significativas decorrentes das mudanças climáticas, separando as organizações direcionadas por fatores de risco daquelas que estão identificando e aproveitando vantagens competitivas e de custo-benefício.
As cinco empresas-líderes do Global 500 em 2010 são: Siemens, Deutsche Post, BASF, Bayer e Samsung Electronics. Essas companhias estão no novo Índice de Performance de Carbono e Liderança (Carbon Performance Leadership Index - CPLI) e tiveram a pontuação mais alta (95 ou acima de 100) no Índice de Transparência em Carbono (Carbon Disclosure Leadership Index - CDLI).
Apesar do aumento significativo do envolvimento da diretoria ou de executivos de alto nível e de 65% das 500 companhias entrevistadas implementarem metas de redução, apenas 19% delas demonstraram uma redução significativa em suas emissões.
A América do Norte fica atrás da Europa na divulgação e performance. Apenas 6% das líderes de desempenho no Global 500 são da América do Norte, em oposição a 21% da Europa.
O relatório global apresenta duas áreas principais de foco para ação: a eficiência energética da operação, provavelmente incentivada pelo potencial de redução de custos, e o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores que permitem aos clientes reduzir as suas emissões.
Alimentada por oportunidades de redução de custos de energia, segurança no abastecimento de energia, proteção da empresa contra os riscos das alterações climáticas e os danos à reputação, geração de receitas e manutenção da competitividade, a gestão de carbono continua a crescer como uma prioridade estratégica para muitas empresas," destaca Paul Dickinson, diretor executivo da CDP. "As empresas globais estão aproveitando as oportunidades comerciais de carbono, agindo muitas vezes à frente das exigências políticas. Nunca tantas companhias relataram suas emissões pelo CDP, o que é o primeiro passo para uma economia de baixo carbono”, conclui.
"Como as empresas avaliam tendências de sustentabilidade, tais como competição por recursos naturais, globalização econômica e mudanças climáticas, o resultado provável é uma alteração fundamental na estratégia de negócios", afirma Dennis Nally, presidente da PwC Internacional. "Estamos descobrindo que os líderes nessa área definem objetivos de nível corporativo para buscar agressivamente o crescimento, ao mesmo tempo em que reduzem as emissões", ressalta.
(Envolverde/Idéia Socioambiental)
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