Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Empresa gera receitas de forma sustentável e contribui para aumentar conscientização ambiental /// Portal Fator Brasil

Grande Rio Reciclagem Ambiental recolhe 72 mil toneladas de resíduos animais e realiza programa educativo em 300 escolas cariocas
A Grande Rio Reciclagem Ambiental, presente há quase quatro décadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, coleta e industrializa uma média anual de 72 mil toneladas de resíduos gerados pela produção de proteínas animais, oriundos de açougues e abatedouros (ossos, carnes, sangue, sebo, etc.). Também processa por ano 3 mil toneladas de óleo de fritura usado e 1,5 mil toneladas de garrafa Pet. Além da atuação ecológica, a Grande Rio tem um importante papel econômico, pois, a partir dos resíduos coletados, fabrica e comercializa matérias-primas para a indústria de limpeza, higiene, beleza e para a produção de rações e energia.

Para aumentar o volume de resíduo vegetal recolhido, a empresa intensificou os trabalhos de conscientização nas escolas. No programa, as crianças trocam óleo de fritura usado por produtos de limpeza. O transporte desse resíduo ocorre por meio de garrafas Pet, que também são recicladas e reaproveitadas. Depois de descontaminadas, são doadas para trabalhos sociais em comunidades carentes. Para atingir a meta de expansão no país, a empresa busca parcerias como a da empresa GR Higiene e Limpeza, que adquire as matérias-primas processadas para produzir sabão em barra e sabão pastoso das marcas BioBrilho, Bica e Barra.

Segundo a consultora ambiental da empresa, Alessandra Caline, a educação deve ser sempre a base para as ações ambientais e sustentáveis, pois garantem a perpetuação dos projetos de forma sólida. “Por isso a atuação da Grande Rio é tão forte nas escolas, em condomínios residenciais, restaurantes, cozinhas industriais, açougues, órgãos públicos e empresas privadas. Temos, inclusive, o apoio das secretarias de Educação e Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro”, afirma.

A organização busca mostrar a importância da mobilização coletiva para atingir resultados positivos na luta a favor do meio ambiente. Por meio de metodologias pedagógicas próprias, contribui para a formação de consciência coletiva, oferecendo subsídios para levar ao cidadão informações para tomar decisões ou fazer escolhas responsáveis na destinação adequado dos resíduos. Dessa forma já participou de eventos como a Mostra do Meio Ambiente de Duque de Caxias e Ação Global. Promove, ainda, um intercâmbio de experiências no campo do conhecimento ambiental.

Compromisso do setor - Segundo o Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Sub Produtos de Origem Animal (Sincobesp), o setor recolhe e processa anualmente 8,8 milhões de toneladas de subprodutos animais e gera receitas de R$3,5 bilhões. De acordo com estimativas da Embrapa, o segmento produz mais de um milhão de tonelada de sebo e dois milhões de farinha de carne e osso. Esses novos componentes são comercializados para as indústrias de rações animais, farmacêutica, de cosméticos, de glicerina, entre outras, gerando receitas de R$3,5 bilhões por ano.

O setor de graxarias, que representa a atividade da Grande Rio Reciclagem Ambiental, tem como missão zelar pela manutenção dos padrões de saúde pública. É o setor que confere sustentabilidade ambiental à cadeia de carnes (açougues e abatedouros). “Para se ter uma ideia, as porções efetivas de carne sem osso e aparas giram em torno de 44% da massa corporal do boi, fato que demonstra a importância da gestão dos resíduos oriundos do abate e descarte do animal”, destaca Alessandra Caline.

Por essa razão, o setor tem ganhando cada vez mais visibilidade, sendo valorizado junto aos governos e a sociedade. Apesar de gerar recursos financeiros, a empresa tem a responsabilidade de coletar e reciclar os resíduos, mesmo quando a atividade não é viável economicamente. “Nosso principal compromisso é com o meio ambiente e a educação ambiental, por isso, mantivemos o trabalho mesmo com o mercado em baixa. Se os resíduos que coletamos fossem descartados na natureza, se tornariam reservatórios de doenças e abrigos para a proliferação de diversas pragas urbanas, além de contaminar os aquíferos e liberar gases tóxicos, metano e dióxido de carbono”, ressalta.

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