Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Ministra Izabella Teixeira se diz otimista com negociação na COP 16

'Tenha a sensação de Nagoya', disse, lembrando reunião que deu resultado.
Ban-ki Moon espera que conferência avance para um 'amplo acordo'.
Dennis Barbosa
Do G1, em Cancún
"Tenho a mesma sensação que tinha durante o processo de Nagoya, e tivemos resultados", disse, referindo-se à negociação sobre biodiversidade ocorrida na cidade japonesa em outubro, quando surpreendentemente foi aprovado um pacote de medidas para frear a destruição da variedade de espécies, incluindo um protocolo internacional de regras sobre o uso de recursos genéticos.

"Hoje estou otimista. Acredito que possamos chegar a novos arranjos. Mas há desafios, claro, do contrário a presidência não nos teria chamado", comentou Izabella Teixeira.

A chanceler mexicana Patricia Espinosa, que preside a COP 16, pediu que Brasil e Reino Unido discutissem com os outros países envolvidos formas de superar o impasse em relação a um prolongamento do Protocolo de Kyoto. Ela pediu a outros pares de nações desenvolvidas e em desenvolvimento - como Suécia e Granada, ou Espanha e Argélia - que busquem soluções para outros gargalos da conferência.

Secretário-geral
Ban Ki-moon, ao centro, com a secretária para Mudanças Climáticas da ONU, Christiana Figueres, à sua esquerda. (Foto: Dennis Barbosa/G1)O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também se juntou aos negociadores do clima no México e acompanha as discussões. "Não há solução mágica para as mudanças climáticas", disse a jornalistas, acrescentando esperar que Cancún resulte num "amplo acordo".

Ele destacou que a proteção das florestas, a adaptação às mudanças climáticas nos países pobres, a transferência de tecnologias, o financiamento dos países em desenvolvimento e uma decisão a respeito do Protocolo de Kyoto, devem ser prioritários nas negociações.

Um dos pontos mais complicados da COP 16 é a discussão sobre a continuidade do protocolo. O Japão já disse que é contra. Aprovado em 1997, trata-se do único instrumento legalmente vinculante (de cumprimento obrigatório), em que países desenvolvidos se comprometem a reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa. Como ele expira em 2012 e não há um acordo para substituí-lo, discute-se que seja prorrogado, para que não haja um período sem acordo algum.

"O Protocolo de Kyoto é o unico legalmente vinculante para reduzir emissões que temos no momento. Espero que aqui em Cancún façam progresso, mesmo que não cheguem a um acordo final (sobre o protocolo)", disse Ban Ki-moon.

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