Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

COP-16: Japão reafirma posição contrária à prorrogação do Protocolo

10 de dezembro de 2010 • 02h52 • atualizado às 04h07 Claudia Andrade

Direto de Cancún

O governo japonês reafirmou nesta quinta-feira, na 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), em Cancún, no México, sua posição contrária a um segundo período de comprometimento do Protocolo de Kyoto sem a participação de países em desenvolvimento que são grandes emissores de gases do efeito estufa.

"Sabemos que os países em desenvolvimento insistem em um segundo período do protocolo, mas essa não é a melhor forma para reduzir o aquecimento global", disse o embaixador Akira Yamada, diretor para assuntos globais ambientais. O negociador voltou a lembrar que o protocolo está defasado, cobrindo apenas 27% das emissões globais de gases-estufa, o que justificaria a participação de todos os países em um documento que tratasse da prorrogação do tratado.

Questionado sobre a possibilidade de o Japão ser apontado como "culpado" por bloquear um acordo sobre o clima, o embaixador manteve a firmeza de seu discurso. "Não estamos fugindo da nossa obrigação. Apenas achamos que um segundo período não é a forma mais apropriada ou justa para evitar as mudanças climáticas", acrescentou.

Na entrevista coletiva, os representantes japoneses comprometeram-se a "manter esforços" para reduzir as emissões do país e disseram que a posição contrária ao segundo período não está voltada a interesses internos, mas é uma tentativa de "buscar um novo caminho".

O Brasil, que liderou junto com a Grã-Bretanha as conversas com os países a respeito do segundo período de comprometimento, mantém um discurso de "otimismo cauteloso", afirmando que as negociações estão "avançando". Os negociadores brasileiros dizem que a busca é por uma linguagem que traduza no possível acordo final um consenso entre os quase 200 países que integram a COP-16.

O Protocolo de Kyoto, que estabelece metas de redução de emissões para os países desenvolvidos expira em 2012.

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