Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Para Fabio Barbosa, sustentabilidade está na pauta dos consumidores

Qui, 09 de Dezembro de 2010 18:14 Por: Universia .

Não abrir mão do aspecto econômico e integrar as dimensões sociais e ambientais em todas as decisões. Sob esta análise, Fábio Barbosa, presidente do Grupo Santander Brasil, sinalizou que sua participação no VI Congresso Paulista de Jovens Empreendedores teria a sustentabilidade como foco.

“O Brasil e o mundo pedem um novo jeito de fazer negócios, em sintonia com a sociedade. E como somos interdependentes, não podemos olhar apenas para o nosso mundo”, afirmou Barbosa. Ele defende que a ideia de sustentabilidade aplicada nos negócios está entrando na pauta dos consumidores, seja por convicção ou conveniência.

Ao mesmo tempo, acredita que a transparência na comunicação moderna é muito importante. Em sua opinião, não existe mais o mundo on ou off: “Estamos em on o tempo todo, e pessoas ou propostas de negócios concebidos para viver à sombra estão condenadas ao fracasso”, sentenciou.



Agenda de valores

O presidente do Santander é contra a simplificação do conceito de sustentabilidade, denominado normalmente como a simples preservação da natureza. O executivo acredita que com a crise financeira, temas como valores, liderança, ética e confiança emergiram como aspectos a serem incluídos de forma permanente nas decisões de negócios.

Aos céticos, deu um recado: “Empresas com práticas de sustentabilidade tiveram aumento de 16% nos lucros, enquanto as que não adotaram atingiram apenas 7%”. Ele ressaltou que as práticas devem estar inseridas no dia a dia das empresas e não apenas como política compensatória.



Estratégia

Barbosa citou exemplos vivenciados pelo Santander, como uma empresa cliente do banco que praticava a pesca predatória de camarão. Ao invés de deixar de trabalhar com esta empresa, o banco financiou um oceanógrafo para redefinir os processos. “Uma visão que faz bem para as companhias e para a sociedade. Se as práticas de hoje não são replicáveis no futuro, a empresa não terá valor e estará condenada”, apontou.

O executivo assinalou ainda que a sustentabilidade viabiliza novos negócios: “Ao servir bem a sociedade, grandes empresas conseguem atrair jovens mais brilhantes, ampliar a inovação ao descobrir novos mercados e bater a concorrência”. Visão que, segundo o presidente da instituição financeira, encanta e atrai os jovens e traz novos talentos para se construir de fato uma sociedade diferenciada, através de empresas que se posicionam com este público.

Fonte: Agência FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)

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