Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Wikileaks publicou comunicação entre EUA e União Europeia.

Vazamento sobre negociações climáticas ecoa na COP 16

Representante dos Estados Unidos se recusou a comentar.

Dennis Barbosa

Do G1, em Cancún
Presidente da COP 16 nega rumores sobre texto secretoA publicação, pelo site Wikileaks, de documentos diplomáticos americanos que mostram as negociações entre a União Europeia e os EUA para conseguir fazer vingar o Acordo de Copenhague, o vago texto resultante da Conferência do Clima da ONU do ano passado (COP 15), ecoa na edição deste ano da reunião (COP 16), que acontece em Cancún, no México, até dia 10 de dezembo.

Segundo o diário britânico 'The Guardian', em um dos documentos vazados, que descreve conversação no começo deste ano, a ex-presidente da COP 15 e atual comissária europeia para Ação Climática, Connie Hedegaard, aparece dizendo ao vice-enviado para Mudanças Climáticas dos Estados Unidos, Jonathan Pershing, que os pequenos países insulares, alguns dos mais ameaçados pelas mudanças climáticas, podem ser seus “maiores aliados” porque precisam de assistência financeira.

Todd Stern não quis comentar o vazamento do Wikileaks.O objetivo seria buscar apoio de países em desenvolvimento para conseguir maior pressão política sobre potências emergentes como os do Basic (grupo que reúne Brasil, África do Sul, Índia e China). Outra correspondência dá a entender que a UE e os EUA estariam engajados em “neutralizar, cooptar ou marginalizar” países como Venezuela e Bolívia, que não estariam colaborando com as negociações.

Connie Hedegaard, que abandonou a presidência da COP 15 durante seu andamento, e passou chefiar a delegação europeia na COP 16, argumentou nesta segunda-feira (6) que os textos vazados apresentam apenas um lado das conversas, do ponto de vista americano. “É um relatório de um só lado e seletivo”, comentou.

EUA
Todd Stern, enviado especial para Mudanças Climáticas dos Estados Unidos, disse que não comentaria os vazamentos. “Não farei comentários sobre o Wikileaks. É uma decisão do governo americano”, disse. Ele apontou, no entanto, que parece contraditório que se exija que as nações ricas financiem ações para adaptação às mudanças climáticas e redução de emissões de gases-estufa e, por outro lado, estas sejam acusadas de suborno quando oferecem esse tipo de apoio.



Consultado a respeito, o representante da delegação chinesa, Xie Zhenhua, disse que as informações vazadas pelo Wikileaks precisam ser “melhor aclaradas”.

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