Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

COP-16: publicação destaca queda do desmatamento no Brasil

Claudia Andrade

Terra-Direto de Cancún
Uma publicação de Organizações Não-Governamentais esteve nas mãos de sorridentes delegados brasileiros ao longo de toda a quinta-feira (2) nas locações da 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), em Cancún, no México. O jornal, distribuído gratuitamente no evento, trouxe um artigo sobre os dados divulgados ontem pelo governo brasileiro sobre o desmatamento na Amazônia Legal.

Com o título "Brasil estabelece novo recorde de redução de emissões", o artigo destaca que, enquanto há muita conversa nas reuniões da ONU sobre o que os países vão se comprometer a fazer, pouco se ouve a respeito do que já está sendo feito. Por isso, é bem-vindo o anúncio feito pelo Brasil de que a taxa de desmatamento no período de agosto de 2009 a julho de 2010 é a menor desde 1988.

"A redução no desflorestamento da Amazônia, de mais de 27 mil km² em 2004 para menos de 6,5 mil km² este ano, é a maior redução de emissões feita por qualquer país em qualquer lugar do planeta", diz o Eco, que é publicado durante as reuniões sobre o clima desde a Conferência do Meio Ambiente de Estocolmo, em 1972.

O artigo também lembra que ONGs brasileiras cobram resultados ainda melhores do governo, como a redução para zero do desmatamento até 2015 - quando a meta oficial é de reduzir 80% até 2016. O texto cita ainda o 'ataque' do setor agrícola ao Código Florestal, que está sendo discutido no Congresso Nacional.

Ao final, a matéria afirma que o avanço brasileiro na área de meio ambiente não resulta apenas das ações do governo, mas também da pressão constante da sociedade civil. "(O progresso brasileiro) demonstra a importância dos países agirem agora em vez de usar a inatividade dos vizinhos como desculpa", diz o texto, que termina com uma frase em português: "Bem feita, Brasil!".

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