Claudia Andrade
Terra-Direto de Cancún
Uma publicação de Organizações Não-Governamentais esteve nas mãos de sorridentes delegados brasileiros ao longo de toda a quinta-feira (2) nas locações da 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), em Cancún, no México. O jornal, distribuído gratuitamente no evento, trouxe um artigo sobre os dados divulgados ontem pelo governo brasileiro sobre o desmatamento na Amazônia Legal.
Com o título "Brasil estabelece novo recorde de redução de emissões", o artigo destaca que, enquanto há muita conversa nas reuniões da ONU sobre o que os países vão se comprometer a fazer, pouco se ouve a respeito do que já está sendo feito. Por isso, é bem-vindo o anúncio feito pelo Brasil de que a taxa de desmatamento no período de agosto de 2009 a julho de 2010 é a menor desde 1988.
"A redução no desflorestamento da Amazônia, de mais de 27 mil km² em 2004 para menos de 6,5 mil km² este ano, é a maior redução de emissões feita por qualquer país em qualquer lugar do planeta", diz o Eco, que é publicado durante as reuniões sobre o clima desde a Conferência do Meio Ambiente de Estocolmo, em 1972.
O artigo também lembra que ONGs brasileiras cobram resultados ainda melhores do governo, como a redução para zero do desmatamento até 2015 - quando a meta oficial é de reduzir 80% até 2016. O texto cita ainda o 'ataque' do setor agrícola ao Código Florestal, que está sendo discutido no Congresso Nacional.
Ao final, a matéria afirma que o avanço brasileiro na área de meio ambiente não resulta apenas das ações do governo, mas também da pressão constante da sociedade civil. "(O progresso brasileiro) demonstra a importância dos países agirem agora em vez de usar a inatividade dos vizinhos como desculpa", diz o texto, que termina com uma frase em português: "Bem feita, Brasil!".
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