Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Amapá busca negociação sobre crédito de carbono /// O Amapá

Saturday, May 1, 2010 14:03
Notícia da Categoria: Meio AmbienteO Governo do Estado do Amapá através do Instituto Estadual de Floresta (IEF) vem procurando negociar créditos de carbono com a comunidade européia, por meio do Projeto Carbono Amapá/REDD, tendo por base o valor negociado na bolsa de valores do continente europeu, com a Europa Climatic Change.

O Projeto Carbono Amapá/REDD é executado pelo IEF em parceria com o Instituto de Estudo, Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA) e com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Os pesquisadores do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática) são os responsáveis pela metodologia empregada no projeto Carbono Amapá.

Todos os estudos ambientais que estão sendo realizados pelo IEF, em parceria com o IEPA, sob a orientação do INPA, estão sendo 100% custeados com recursos do Governo do Estado do Amapá.

De acordo com o Diretor Presidente do Instituto Estadual de Floresta (IEF), João da Cunha Neto, a oportunidade de negócio pode gerar um valor próximo de US$ 848 milhões em créditos de carbono. Adiantou que um projeto dessa natureza é pioneiro no Brasil, reúne pesquisa e esforço político do governo amapaense, com forte viés ambiental, social e econômico.

“Paralelo as pesquisas realizadas há uma negociação em andamento, com governos internacionais, para a venda desses créditos”, salienta João da Cunha Neto.

O levantamento de carbono em nossa área de floresta (Floresta Estadual do Amapá – FLOTA) foi estimado em 174,22 toneladas de carbono por hectare no Módulo 4 (Oiapoque e Calçoene). Como a área destinada a serviços ambientais possui aproximadamente 960 milhões de hectares, compreendida entre Oiapoque e Calçoene, com um estoque estimado em 169 milhões de toneladas de carbono, ela pode gerar um bom negócio para o Amapá, na bolsa de valores da Europa.

Mecanismo criado para evitar a emissão de gases poluentes, o REDD (Redução de Emissões para Desmatamento e Degradação) tornou-se uma alternativa viável para reduzir o desmatamento na Amazônia. É uma espécie de Mercado Justo em MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) que tem a capacidade de negociar qualquer tipo de seqüestro de carbono, base legal que ampara o Projeto Carbono Amapá/REDD.


PROJETO CARBONO AMAPÁ
Levantamentos com resultados de observações científicas indicam que as florestas quando são indiscriminadamente devastadas para uso alternativo do solo apresentam grandes clareiras e acabam por emitir gases de efeito estufa.

Pesquisas indicam que se as florestas são manejadas corretamente ou devidamente preservadas, tornam-se sumidouros de carbono.

Foi principalmente em função do Estado do Amapá possuir 97% de sua cobertura vegetal intacta que surgiu o desenvolvimento do Projeto Carbono Amapá. Sua função é quantificar os estoques de carbono da Floresta Estadual do Amapá e estudar e avaliar as potencialidades dos recursos naturais da nossa região para que haja iniciativas desenvolvimentistas racionais concretas.

O País que emitir uma grande quantidade de CO2 (dióxido de carbono) poderá compensar suas emissões poluidoras comprando créditos de um País ou região que ainda tenha uma grande cobertura vegetal. É uma valiosa ferramenta de valorização da comunidade que conserva ou preserva o seu meio ambiente. A conversão em valores monetários é estabelecida com base na capacidade de armazenamento regional de carbono.

Para se chegar a quantificação do carbono do Amapá foram realizadas coleta de dados alométricos, em determinadas partes das árvores nativas, acima do solo e de suas raízes. Depois é feita a determinação dos teores de carbono das diversas partes da árvore. Seguidamente, ocorre a análise estatística e a modelagem matemática dos dados onde é feita uma equação para se chegar a quantidade de carbono. Finalizando, é elaborado o Relatório Final contendo todos os resultados apurados na pesquisa.

A idéia é que o Governo do Estado do Amapá esteja adequado às políticas ambientais que envolvam a conservação da floresta e a atividades relativas ao seqüestro de carbono, temática que vem se evidenciando na atualidade. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, tem sido um grande incentivador do Projeto Carbono Amapá e da causa ambiental no mundo.

O Amapá

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