DAYANA AQUINO
Da Redação - ADV
A geração de energia eólica mundial alcançou 159,213 gigawatts (GW) em 2009. No ano, 38,312 gigawatts entraram em operação em diferentes parques ao redor do planeta, representando um acréscimo de 31,7% ante 2008. O montante de energia corresponde a 2% do consumo global de eletricidade, ou o equivalente a demanda total de energia da Itália.
Os dados contam de relatório da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, na sigla em inglês). O documento também ressalta que em até o fim de 2010, o consumo global de energia deverá contar 200 mil gigawatts eólicos.
Somente os negócios com energia eólica em 2009 movimentaram cerca de US$ 70 bilhões. O número de empregados nessa cadeia chegou a 550 mil, e deverá saltar para 1 milhão em 2012, conforme as projeções do levantamento.
Os Estados Unidos se manteve à frente do ranking da capacidade instalada em termos absolutos, sendo seguido pela China, com 35 e 26 gigawatts, respectivamente. No entanto, o país asiático foi responsável pelo maior acréscimo de megawatts eólicos no planeta, colocando 13 mil gigawatts em operação, um crescimento de 36% ante 2008. Já os americanos apresentaram um crescimento de 25,9% na mesma base de comparação, ampliando em 10,1 mil gigawatts sua capacidade.
Nas lista dos 10 países com maior capacidade eólica instalada estão, em ordem, Estados Unidos, China, Alemanha, Espanha, Índia, Itália, França, Reino Unido, Portugal e Dinamarca.
De acordo com o documento, a Ásia recebeu a maior parte dos novos projetos eólicos, em um total de 40,4%; a América do Norte, 28,4%, e Europa, 27,3%. A América Latina também mais duplicou sua capacidade de geração a partir dos ventos, com projetos oriundos, principalmente, do México e Brasil.
O continente latino-americano apresentou o maior percentual de crescimento, 113,3%, ampliando sua capacidade de geração para 1,4 gigawatts. De acordo com o relatório, após vários anos de estagnação, o crescimento foi significativo, puxado, prinipalmente pelo México que apresentou o maior índice de crescimento, 372%, para 402 megawatts.
Já o Brasil apresentou um crescimento de 78,5%, para 600 megawatts. O relatório ressalta que o país está se estabelecendo na industria eólica, com a tração de empresas internacionais e aquecendo sua demanda interna. Na lista dos 82 países com instalações eólicas, o Brasil está na 21ª posição.
Ainda no ranking dos 10 países com maiores porcentagens de crescimento, o México é seguido pela Turquia, com 138,9% de crescimento; China,113%; Marrocos, 104%; Brasil, 77,3%; Hungria, 58,3%; Nova Zelândia, 52,9%; suíça, 48%; Bélgica, 44,6%; e Polônia, 41,1%.
O relatório ressalta que o recorde de crescimento se deu em um ano de economia global abalada, e com a recuperação das economias os investimentos em energias limpas devem apresentar um fôlego maior ao verificado no ano. Com base nos dados coletados desde 2001, o documento apresenta que o crescimento da energia eólica no mundo praticamente dobra a cada três anos. A título de exemplo, a capacidade global em 2008 era de 120,9 gigawatts; em 2007, 93,9 GW; em 2006, 74,1 GW; e 59 GW em 2005.
Clique aqui para ver o relatório na íntegra
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