Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Embrapa Soja inaugura espaço de educação ambiental

Construções de até 60 anos atrás foram revitalizadas e vão servir de escola a céu abertoKatia Baggio
Londrina (PR)

A Embrapa Soja, em Londrina (PR), inaugurou nesta sexta, dia 12, um espaço de educação ambiental. A área fica na mesma propriedade onde está instalado o Instituto de Pesquisa, uma antiga fazenda de café. Construções de até 60 anos atrás foram revitalizadas e vão servir de escola a céu aberto.

Construções e alguns equipamentos da Fazenda Santa Terezinha foram restaurados e vão ajudar a explicar porque Londrina foi a capital mundial do café, nas décadas de 40 e 50 do século passado. Do terreirão, o café ia para a tulha, onde era classificado. A construção é de peroba, madeira nobre, atualmente em extinção.

A Embrapa transformou o espaço em museu. Já estão expostos alguns utensílios usados na “lida” com o café, totalmente manual naquela época, como a moagem e a torrefação. Da classificação, no andar superior, o café descia por vãos e chegava ao subsolo da tulha por dutos de madeira. De lá ia para o beneficiamento. Além do resgate histórico, outro objetivo do espaço é promover a conscientização ambiental junto à comunidade.

— Nós trabalhamos em uma área de desenvolvimento de tecnologias para a agricultura, a gente tem uma responsabilidade muito grande com a questão ambiental e aqui a gente vai poder colocar essas questões, associar e botar na pauta a responsabilidade que nós temos com isso — disse a coordenadora do projeto, Vânia Castiglioni.

A represa tem peixes, e o visitante pode conhecer a mata através de trilhas. Alunos de uma escola municipal plantaram mudas de árvores frutíferas e nativas. O espaço pode atender inclusive a parte prática das disciplinas de gestão ambiental, incluídas no currículo das escolas públicas. Vinte e cinco monitores foram treinados para atender alunos, do ensino fundamental ao universitário, além de a população interessada na história do café na região e em preservação ambiental.

Na nova área educativa, o presidente da Embrapa Soja, Alexandre Catelan, espera realizar uma ação que muita gente acredita ser difícil.

— Conciliar essa questão da produção agrícola com a questão da preservação ambiental. Sob o nosso ponto de vista é perfeitamente possível desde que se tome algumas medidas, porque não é que o produtor agrícola seja contra a preservação ambiental, nós precisamos viabilizar ele economicamente para que ele possa fazer essa preservação — explicou Catelan.

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