Fundo de incentivo viabilizou a usina
26/3/2010
A energia solar ainda é muito mais cara que as outras fontes atualmente utilizadas no mercado. O valor de R$ 600 reais pelo megawatt/hora é tido como inviável pelo mercado, já que a hidrelétrica - principal matriz energética no Brasil - custa R$ 120 e a termelétrica, R$ 140. Para viabilizar esse tipo de energia verde, o Governo do Estado criou o Fundo de Incentivo à Energia Solar do Ceará (Fies).
"Este é o primeiro instrumento de estímulo à geração de fonte solar no Brasil", destaca o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Antônio Balhmann. Segundo ele, é o fundo que torna possível o início das obras da usina solar cearense. O atraso no início do empreendimento, que fora anunciado há dois anos, deu-se pela espera dos empresários pela aprovação deste empreendimento.
Avanço
"O Fies vai permitir a um usuário de energia no Ceará dizer assim: ´eu quero que a minha fábrica, ou a minha empresa, tenha energia de fonte solar´. Então, se ele tomasse essa decisão e não tivesse o mecanismo legal, ele teria que pagar uma tarifa tão cara, que certamente ele não iria aceitar aquele custo adicional à empresa dele. Então, o fundo vai pagar à empresa que gerar pra esse cliente a diferença entre a tarifa que ele paga normalmente e o custo da energia da geração solar. Então, ele [o usuário] vai pagar o mesmo preço", explica. De acordo com Balhmann, a usina solar de Tauá poderá ampliar a sua capacidade de produção à medida que o fundo for se capitalizando. "Tem várias formas de capitalização. Das próprias empresas incentivadas com o FDI [Fundo de desenvolvimento Industrial], 0,5%, já está no instrumento legal, é para o fundo de incentivo à energia solar. São 0,5% da arrecadação do FDI. Pode ser também através de contribuições de empresas. Ela [uma empresa], no seu marketing, pode querer agregar o selo verde, então pode destinar parte dos seus recursos para o fundo e usufruir dessa condição de ser uma empresa q utiliza fonte solar de energia, uma fonte limpa", observa.
Interesse
O presidente da Adece informa que, somente com o lançamento do Fies, várias empresas da cadeia produtiva da energia solar passaram a entrar em contato com o Estado. "Elas procuram implantar fábricas de painéis, de células, de componentes para geração de fonte solar, estão atrás de amostras de quartzo [mineral de onde se tira o silício, matéria prima para as células que formarão os painéis solares]. Há um fluxo muito grande de empresas do mundo inteiro, da Alemanha, Espanha, Estados Unidos, China...". "É como na energia eólica. Hoje as fábricas de aerogeradores estão se tornando realidade no Brasil porque a fonte eólica se tornou realidade. Então, à proporção que vão se instalando os parques solares, vão vindo as fábricas que trazem componentes pra esses parques", compara.
Comercialmente viável
Segundo ele, com esses investimentos sendo concretizados, é possível que em uma década, em média, a energia de fonte solar se torne comercialmente viável. "E nós estamos apostando pioneiramente no Brasil para um horizonte de 10 anos, 15 anos", conclui. (SS).
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário