Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Regiões Norte e Nordeste serão as mais afetadas por mudanças climáticas, aponta Ipea

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As populações das regiões Norte e Nordeste serão as mais afetadas nas próximas décadas se houver agravamento das condições climáticas no Brasil, o que pode aprofundar as atuais desigualdades regionais e de renda. O diagnóstico consta na quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental, elaborada por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e feita com a participação de especialistas de diversos setores no país.

O documento associa os problemas climáticos ao aquecimento global e prevê resultados de longo prazo. A perspectiva macroeconômica traçada pelo estudo indica em uma das simulações que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional poderia ser, numa primeira hipótese prevista para 2050, de R$ 15,3 trilhões (no valor do real em 2008). Em outra alternativa, com menos danos para o meio ambiente, poderá chegar a R$ 16 trilhões, se o clima ajudar.

O Ipea estima o risco de reduções de 0,55% ou 2,3% respectivamente para esses valores. O aquecimento global poderá elevar a temperatura no Norte e Nordeste até 8 graus Celsius (ºC) em 2100 como consequência do desmatamento da floresta amazônica.

Entre os compromissos assumidos pelo país no Protocolo de Quioto, a redução do desmatamento figura como a contribuição de menor custo. O valor médio de carbono estocado na Amazônia foi estimado em US$ 3 por tonelada ou US$ 450 por hectare. Se esses valores forem utilizados para remunerar os agentes econômicos poluidores, seriam suficientes para desestimular até 80% a pecuária na Amazônia. Seria possível reduzir em 95% o desmatamento com o custo de US$ 50 por tonelada de carbono, aponta o Boletim Regional, Urbano e Ambiental divulgado pelo Ipea.

Edição: Talita Cavalcante

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Informação & Conhecimento