De Brasília - Vinícius Tavares
Na perspectiva macroeconômica de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2050, as mudanças climáticas provocarão uma perda equivalente ao crescimento do PIB em um ano inteiro, ou seja, perdas entre R$ 719 bilhões e R$ 3,6 trilhões. A conclusão é das que integram uma série de textos do Boletim Regional Urbano e Ambiental sobre Mudanças Climáticas divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em Brasília.
Segundo artigo assinado pelos pesquisadores Sergio Margullis e Carolina Dubeux, estima-se que sem a mudança do clima, o PIB brasileiro seria de R$ 15,3 trilhões daqui a 40 anos. Já no cenário que inclui a mudança climática, haveria uma perda média anual para o cidadão brasileiro entre R$ 534 e R$ 1.603.
Segundo o artigo, as regiões norte e nordeste serão as mais afetadas pelas mudanças no clima no Brasil. Na Amazônia, o aquecimento pode atingir elevação entre sete e 8 graus Celsius em 2100, o que pode provocar a “savanização” deste bioma.
Apesar das projeções, o impacto das mudanças climáticas sobre os recursos naturais, a economia e as sociedades do mundo é ainda incerta. Sobre este tema, o boletim reuniu textos de formuladores de políticas públicas, debatedores, representantes da Embrapa, professores universitários, pesquisadores e representantes do setor empresarial.
O boletim traz informações sobre temas ligados à agricultura, ao seqüestro de carbono e as negociações internacionais envolvendo as emissões de gases tóxicos que provocam o efeito estufa e devem orientar o governo a adotar medidas preventivas para preparar o país a enfrentar estes impactos.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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