Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Marfrig planeja segundo sistema de biodigestores no MT /// Suinocultura Industrial

Após inaugurar o maior sistema de biodigestores para tratamento de dejetos suínos do Brasil, em Diamantino (MT), o Grupo Marfrig, que controla a Seara Alimentos, dá andamento aos estudos para a unidade "Granja Petrovina", localizada no município de Pedra Preta (MT). Segundo Marcio de Lara Pinto, consultor de Modernização Tecnológica e Meio Ambiente da "Unidade Diamantino", um investimento desta magnitude representa uma ação de amadurecimento da Marfrig para as questões ambientais, como fator preponderante. "Além disso, o retorno financeiro com a geração de energia trás um reflexo de ganho imediato na equação de custos de produção nas unidades do grupo", destaca Pinto. "Há também o retorno com a comercialização dos créditos de carbono resultante do seqüestro do gás metano oriundos do sistema de tratamento dos efluentes através dos biodigestores, isto posiciona o grupo em destaque na responsabilidade social e empresarial".

Para Pinto, o sistema de biodigestores trazem apenas benefícios para o grupo. Segundo ele, nos aspectos ambientais só existem ganhos se considerar a forma de concepção onde ocorre o seqüestro do gás metano, que é 21 vezes mais poluente que o dióxido de carbono (CO2). Ele explica que os os biodigestores são tanques revestidos e cobertos com mantas plásticas de alta resistência, propiciando segurança na retenção dos efluentes sólidos e líquidos (dejetos) e do gás metano, resultante da fermentação destes. "Outra vantagem assegurada neste sistema é a sequência de fases de tratamento dos efluentes, quando 80% dos elementos nocivos já saem tratados dos biodigestores, e atingem eficiência de 98,6%, posteriormente, nas lagoas aeradas e nos filtros finais, propiciando desta forma o reaproveitamento dos líquidos efluentes gerados".

Além disso, a diminuição do impacto ambiental, da emissão de gases de efeito estufa, da contaminação de água e solo, o reuso de águas residuárias, a auto-suficiência em energia elétrica, a melhor condição sanitária para animais e trabalhadores, a redução de maus odores, vetores e patógenos, a geração de receitas e empregos, os créditos de carbono e a economia e venda de energia elétrica são outros fatores positivos enumerados pelo consultor da Marfrig. "Talvez o custo de manutenção poderia ser considerado como desvantagem, uma vez que ela está programada para ocorrer a cada seis meses em função do tamanho dos reatores", explica. "Porém, neste caso trata-se de procedimentos de rotina com despesas previstas tendo em vista que o sistema é auto-sustentável".

Diamantino- O Grupo Marfrig investiu R$ 8 milhões para instalar o sistema de biodigestores para tratamento de dejetos suínos na "Unidade Diamantino". De acordo com Pinto, além dos benefícios ambientais, o sistema de biodigestores proporcionará uma economia anual de R$ 2,5 milhões em energia elétrica, além das receitas obtidas com a comercialização de créditos de carbono no âmbito do MDL. "Com isto o retorno será em menos de cinco anos", afirma.

A empresa ainda pretende exportar a energia gerada pelo equipamento, mas depende da finalização dos protocolos de parceria com a concessionária local de energia elétrica, responsável pela logística de interligação. "A previsão para conclusão da documentação e execução é até o final de 2011".

Histórico- Segundo Pinto, o projeto de biodigestores já estava em andamento antes da Seara integrar ao Marfrig. "Quando houve a aquisição da granja de Diamantino pela Marfrig Alimentos, os relatórios ambientais identificaram a existência de um pré-projeto apontando para a possibilidade de uma modernização tecnológica no sistema de tratamento de efluentes", explica o consultor. "A nova diretoria que assumiu a gestão da granja priorizou o desenvolvimento do projeto de MDL para redução do GEE a partir da implantação de um novo sistema de tratamento de dejetos".

Antes da construção dos esquipamentos, a Marfrig fez a limpeza das lagoas existentes, a preparação das primeiras lagoas para transformação em biodigestores fechados, a execução e detalhes de transformação, a conclusão dos biodigestores a partir do fechamento das lagoas e a instalação do queimador e dos equipamentos de energia.

Um comentário:

  1. Olá, li uma materia na revista PRODUZ sobre o prêmio concedido a maarfrig. Faço meus sinceros cumprimentos como profissional do meio ambiente que atuo na gestão ambiental de um curtume em Goiás. Enfrento graves problemas diários com os resíduos orgânicos gerados no processo de beneficiamento de peles bovinas e graxaria.
    Gostaria, além de cumprimentá-los, de ter a oportunidade de falar com o responsável pela excecução do projeto em Diamantina. Penso que seria um intercâmbio ambientalmente sustentável. Tenho a missão de melhorar nosso tratamento de resíduos sólidos orgânicos, e por isso gostaria de trocar informações.
    Sendo necessário, favor passa-me o contato!
    Meus contatos são: 62-35069144 / 62-85453398 e email: davidbiol@hotmail.com e david@coming.com.br
    Fico no aguardo. DAVID FERNANDES

    ResponderExcluir


Informação & Conhecimento