Nenhuma das 4 empresas participantes ofereceu lances pelos lotes de 60 mil toneladas de carbono
O primeiro leilão de créditos de carbono para mercado voluntário do Brasil, realizado na BM&FBovespa, terminou nesta quinta-feira sem fechar negócio. De acordo com a assessoria da BM&FBovespa, o leilão transcorreu normalmente, mas ao final nenhuma das 4 empresas participantes arrematou nenhum lote.
Houve três sessões de 15 minutos. Em cada uma, a empresa titular Carbono Social Serviços Ambientais estava oferecendo um lote de 60 mil toneladas de carbono, totalizando 180 mil toneladas nas três sessões. Os créditos de carbono estavam sendo leiloados pelo preço de 10 reais por tonelada. Ao fim de cada sessão, não houve lances por parte de nenhuma das empresas. Reportagem de Fernanda Fava, especial para estadao.com.br.
Este foi o terceiro leilão de créditos de carbono realizado pela BM&FBovespa e o primeiro voltado ao mercado voluntário em ambiente de bolsa no Brasil.
“O que acontece é que essas são empresas muito grandes e, nem sempre a decisão final de compra é da pessoa responsável pela área socioambiental da companhia”, afirma a coordenadora jurídica da Carbono Social, Cinthia Caetano, que ajudou a conceber o edital e redigi-lo junto com a BM&F. “Então é um processo decisório complexo, pode ser que o volume do lote não seja adequado, pode ser que as condições do leilão não sejam adequadas. Nós vamos trabalhar para mudar isso.”
Cinthia, no entanto, considera que foi um grande progresso. “Obviamente não foi um sucesso, porque não fechou negócio. Mas, para nós, representou um processo de implementação de mercado realmente”, explica. “Já havíamos tentando fazer um leilão voluntário e não houve empresa habilitada para participar. Desta vez, conseguimos quatro empresas interessadas e habilitadas, a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários, a participação da Bovespa. Acho que conseguimos provar que o mercado existe e isso é um grande progresso.”
EcoDebate, 09/04/2010
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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