A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) lançou o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, na sede da entidade, no Distrito Federal, o secretário-geral do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, representante o presidente da entidade Ophir Cavalcante, sugeriu que sejam mobilizadas e esclarecidas as bancadas estaduais de senadores e deputados, por ocasião de lançamento da iniciativa também nos Estados.
Para ele, a mobilização será importante para aprovação, pelo Senado, de um Código Florestal comprometido com a defesa do meio ambiente. O Comitê aprovou a convocação de grandes concentrações populares contra o que está sendo chamado “Código da devastação” – como aprovado pela Câmara -, ou passeatas de “um milhão contra a devastação” , conforme proposta apresentada pela ex-candidata do PV à Presidência e ex-ministra Marina Silva durante a cerimônia.
“Já tivemos um presidente da República que disse para esquecer o que ele escreveu; outro, que falou que não leu o que assinou; não podemos permitir parlamentares que aleguem que não sabiam o que estavam votando”, afirmou o secretário-geral da OAB.
“Os parlamentares e a sociedade devem ser esclarecidos sobre o real teor do que está sendo votado e seu impacto para esta e as futuras gerações”, acrescentou Marcus Vinicius Furtado Coêlho, reforçando a necessidade de que o Comitê procure e convença os parlamentares sobre a importância da alteração, pelo Senado, do Código aprovado na Câmara.
O representante da OAB Nacional lembrou que também a Lei do Ficha Limpa foi fruto da pressão popular, de abaixo-assinados com quase dois milhões de assinaturas de cidadãos, da mobilização de inúmeras entidades, e só assim conseguiu reverter um quadro que era desfavorável à sua aprovação entre os parlamentares. Em seu pronunciamento na abertura da cerimônia de lançamento do Comitê, Marcus Vinicius salientou também o compromisso da OAB com o cumprimento do artigo 225 da Constituição Federal, que assegura a proteção ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. “O desenvolvimento sustentável não pode ser uma expressão simbólica, mas vivida em sua concretude”.
Veja a íntegra do manifesto em Defesa das Flores e do Desenvolvimento Sustentável no Brasil.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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