O compromisso assumido há quatro anos por indústrias de óleos vegetais -de não comprar soja cultivada em áreas desmatadas no bioma amazônico- trouxe bons resultados para o ambiente, que, porém, não foram revertidos em melhor rentabilidade para os exportadores.
Segundo o presidente da Abiove (associação que reúne as indústrias de óleos vegetais), Carlo Lovatelli, o preço pago pela soja brasileira não melhorou desde a "moratória da soja" -compromisso público assinado pelo setor há quatro anos.
A indústria não tinha escolha, segundo ele.
"Apenas nos adequamos para atender a uma nova especificação de produto: a soja não pode vir da Amazônia. Se não fizéssemos esse trabalho, ficaríamos à margem do mercado", afirma Lovatelli.
Balanço da Abiove ainda mostra crescimento do desmatamento no bioma amazônico nos últimos anos, mas a produção de soja aumentou ainda mais, revelando uma desaceleração no ritmo do avanço da agricultura na região.
Na safra 2004/5, Mato Grosso produziu 19,3 milhões de toneladas de soja em 6,3 milhões de hectares. Na atual, foram colhidos 20,4 milhões de toneladas em 6,7 milhões de hectares.
A maior parte da expansão teria ocorrido em áreas de pastagens. Além disso, houve aumento de produtividade na fronteira agrícola.
"Nessas áreas, já atingimos produtividade de 3,5 toneladas por hectare. No resto do país, ela beira 3 toneladas por hectare", diz Lovatelli.
Ainda assim, 6,3 mil hectares foram desmatados para receber soja, o que corresponde a 0,36% da área de soja do bioma amazônico.
Segundo Paulo Adario, do Greenpeace, há 45 milhões de hectares ocupados pela pecuária em todo o país com alto potencial agrícola e que poderiam receber soja.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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