Edição 2010 do Sustentabilidade em Pauta - encontro promovido periodicamente pela instituição financeira - ocorreu hoje com o objetivo de discutir e difundir ações, desafios e resultados na área de tecnologia sustentável. Participaram GM, Pão de Açúcar e Booz & Company.
São Paulo - O Itaú Unibanco realizou no dia 30 de junho (quarta-feira), a 6ª edição do Sustentabilidade em Pauta, evento que tem como objetivo levantar, debater e disseminar questões relacionados a sustentabilidade ambiental, social e econômica. O tema escolhido para a primeira edição do evento em 2010 foi TI Verde – cases nos setores de indústria, varejo e serviços.
O encontro reuniu a diretora de tecnologia da informação da Booz & Company, Renata Serra; o diretor de Infraestrutura e Operações de TI do Itaú Unibanco, João Bezerra Leite; o diretor de Tecnologia da Informação da General Motors para o Mercosul, Cláudio Martins; e Alexandre Vasconcellos, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar.
Os principais pontos abordados foram.: Booz & Company: Renata Serra, diretora da prática de tecnologia da informação da Booz & Company - Renata Serra, diretora da prática de tecnologia da informação da Booz & Company, abriu o Sustentabilidade em Pauta abordando as diferenças entre as tendências mundiais e as práticas aplicadas no Brasil. Padrões que são utilizados em diferentes regiões do mundo, como a certificação RoHS (Ásia e Europa), e a EPEAT (EUA), que soma os selos RoHS e EnergyStar, ainda não fazem parte da realidade brasileira de forma generalizada. “Os governos tem papel importante para a disseminação de práticas de TI Verde na medida em que são grandes consumidores de tecnologia e podem exigir padrões sustentáveis de produção aos fabricantes. Dessa maneira, lideram e disseminam a cultura sustentável para o setor”, completa ela.
Renata ressalta que as práticas sustentáveis na área de tecnologia devem estar inseridas na governança das empresas. “Iniciativas isoladas não geram resultados tão positivos quanto uma prática estruturada possibilita. É um campo repleto de oportunidades e, para aproveitá-las, é preciso desenvolver políticas de controle, além de meios para gerir fornecedores e mensurar resultados”, afirma Renata. A principal oportunidade, aponta ela, é na economia de energia, que pode chegar a 40%, além da área de TI ser uma importante alavanca para melhorar as ações de sustentabilidade nas empresas e na sociedade como um todo
Itaú Unibanco: João Bezerra Leite, diretor de Infraestrutura e Operações de TI do Itaú Unibanco - O diretor de Infraestrutura e Operações de TI do Itaú Unibanco, João Bezerra Leite, apresentou as principais ações do banco na área de tecnologia sustentável e os resultados decorrentes dessas atitudes. Dentre as principais ações está o descarte responsável de lixo eletrônico. Do início de 2009 até agora, a instituição recolheu mais de 220 toneladas de e-lixo por meio do programa interno “Descarte Sustentável”, atingindo a marca de 98% de reaproveitamento do material coletado.
Com medidas como a consolidação e virtualização de servidores, a troca gradativa de monitores de tubo (CRT) para LCD; a utilização de desktops virtuais; a aquisição de equipamentos mais eficientes; e a redução de deslocamentos com uso de ferramentas tecnológicas o Itaú economizou, somente em 2009, mais de 1900 megawatt/hora e deixou de emitir 92 toneladas de CO2.
As principais metas para 2010 são expandir a capacidade do data center em proporção maior que o consumo de energia elétrica (Next Generation Data Center); disseminar tecnologias que ampliem o conceito green workplace, reduzindo deslocamentos por meio de soluções tecnológicas; estabelecer com fornecedores processos consistentes para descarte e reciclagem de equipamentos; e estimular o desenvolvimento de aplicativos verdes.
Grupo Pão de Açúcar: Alexandre Vasconcellos, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar - A substituição dos PCs por estações Thin Clients está entre as ações de TI Verde apresentadas por Alexandre Vasconcellos, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar, durante o Sustentabilidade em Pauta.
A tecnologia resulta em menor largura de banda de rede, baixa dissipação de calor e baixo consumo de energia. Com isso, o grupo economizará R$ 4,5 milhões somente em 2010 e prevê economia de R$ 13 milhões até 2013. “A nossa meta é realizar a substituição de 100% dos equipamentos até 2012”, afirma Vasconcellos.
O uso de etiquetas eletrônicas ao invés das tradicionais reduziu drasticamente a utilização de papel e impressoras, além de evitar diferenças de preços nos pontos de vendas nas três lojas em que a tecnologia foi implementada. Duas em Brasília e uma em São Paulo. Vasconcellos também ressaltou como principal desafio a mudança de cultura interna para realizar o abastecimento das lojas com base na previsão da demanda, diminuindo os volumes de mercadorias estocadas e a eventual falta de produtos nas gôndolas, além de otimizar os processos de compras e de logística integrada.
GM: Cláudio Martins, diretor de Tecnologia da Informação da General Motors para o Mercosul- O case apresentado por Cláudio Martins, diretor de Tecnologia da Informação da General Motors para o Mercosul, destaca a ação realizada pela companhia para diminuir a quantidade de impressões realizadas por seus colaboradores. Os números são impressionantes. Em 2002, eram impressas 52 milhões de páginas em 1600 equipamentos de diferentes tipos. O diagnóstico mostrou que faltava gestão e sobrava desperdício de recursos, como energia, papel e tinta.
A solução adotada pela montadora foi o desenvolvimento de um processo de gestão com o objetivo de otimizar a impressão de documentos. Entre as medidas, a aquisição de equipamentos mais modernos e em menor quantidade, o estabelecimento de meta de redução de 22% na quantidade de impressões e criação de relatório que aponta tipo e quantia de documentos impressos por usuário e departamento. Uma verdadeira mudança de cultura que resultou em economia de quatro milhões de kWh de energia.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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