09/11/2010
O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, entrou com um pedido de sustação urgente da veiculação dos comerciais da linha de armas de brinquedo NERF, produzida pela Hasbro Brasil Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda. A denúncia, recebida pelo site do Projeto, foi encaminhada ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) no dia 21 de outubro.
A propaganda foi considerada abusiva pelo Criança e Consumo por não apenas direcionar-se ao público infantil, mas por anunciar produtos incentivando o uso da violência. A peça foi amplamente veiculada em meio à programação infantil, principalmente no canal Cartoon Network.
Como resposta, no dia 5 de novembro, o órgão divulgou um pedido de sustação imediata da veiculação da publicidade. Para o conselheiro relator José Maurício Pires Alves, o anúncio infringia os artigos 1º, 3º, 6º, 26 e 37 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
Segundo levantamento feito pelo Criança e Consumo, em que foram monitorados 5 canais infantis pagos e 2 canais abertos durante 10 horas no dia 1º de outubro, a Hasbro foi campeã na veiculação de peças publicitárias, dentre as empresas de brinquedos, com mais de 250 inserções de 60 produtos diferentes. O Nerf Rapid Fire foi um dos dez brinquedos mais anunciados.
Em agosto, o CONAR pediu sustação imediata de outro produto violento devido à denúncia do Criança e Consumo. A publicidade do brinquedo Roma Tático Móvel, da Roma Jensen Com. e Ind. Ltda. estava sendo veiculada em meio a programação exclusivamente infantil do Discovery Kids. A campanha foi considerada abusiva por conter apelo explícito ao público infantil e se utilizar de simbologia vinculada à violência.
Acompanhe o caso do NERF:
http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/AcaoJuridica.aspx?v=1&id=173
Confira o levantamento de publicidades dirigidas a crianças feito pelo Criança e Consumo:
http://www.alana.org.br/_news/2010/out/extra/news-extra-dia-das-criancas-2010.html
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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