por Redação EcoD
Teeb é coordenado pelo economista sênior e coordenador das iniciativas relacionadas à economia ambiental do Pnuma, Pavan Sukhdev (à esq.)/Foto: Laurent Achedjian
Em maio deste ano, a cidade de São Paulo sediou o lançamento mundial preliminar do relatório intitulado A Economia de Ecossistemas e da Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês) - documento elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Na ocasião foram abordados os resultados de recentes análises sobre os custos e oportunidades da transição para uma economia de baixo carbono e empregos verdes.
O objetivo do Teeb é reunir experiências, conhecimentos e habilidades em nível mundial nos campos da ciência, economia e política de modo a permitir ações concretas e eficientes em resposta ao visível impacto causado pelas crescentes perdas da diversidade biológica. Os resultados finais do estudo serão apresentados em outubro, durante a décima Conferência das Partes da ONU sobre Biodiversidade (COP10), em Nagoya (Japão).
Coordenado pelo economista sênior e coordenador das iniciativas relacionadas à economia ambiental do Pnuma, Pavan Sukhdev, o Teeb foi lançado em resposta à proposta dos ministros de Meio Ambiente do G8+5 (Potsdam, Alemanha, 2007) para desenvolver uma análise global sobre o impacto econômico gerado pelas perdas da biodiversidade. O documento independente conta com apoio financeiro da Comissão Europeia, Alemanha, Reino Unido, Noruega, Holanda e Suécia.
Baseado em um número considerável de pesquisas sobre fundamentos ecológicos, o Teeb comporta cinco relatórios para tomadores de decisão, administradores, empresas e negócios e para a sociedade civil. Listamos para você os principais dados destacados no relatório preliminar apresentado em maio no Brasil. São eles:
• Atualmente, mais de 60% de todos os ecossistemas do planeta estão ameaçados;
• Desse total, 35% são mangues e 40% florestas;
• A demanda por recursos naturais excede em 35% a capacidade
do planeta Terra;
• Caso o ritmo atual dessa demanda for mantido, em 2030
serão necessárias duas Terras para atendê-la;
•Em 2000 e 2005, a devastação das florestas na América do Sul foi de 4,3
milhões de hectares;
•Do total de hectares devastados, 3,5 milhões foram registrados no Brasil;
•O prejuízo anual com o desmatamento é de US$ 2,5 a 4,5 trilhões de dólares à economia global - o equivalente a jogar no lixo todo o PIB do Japão, o segundo maior do mundo.
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