Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Consumo consciente de alimentos ajuda o bolso e evita desperdício

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SÃO PAULO – Na última semana, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) divulgou que cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo para consumo humano é perdido ou desperdiçado a cada ano. Esse número representa 1,3 bilhão de toneladas de comida.

Entre outras informações, o relatório do estudo encomendado pelo órgão ao Instituto Sueco de Alimentos e Biotecnologia destaca o impacto negativo do desperdício no meio ambiente.

“Isso invariavelmente significa que grande parte dos recursos empregados na produção de alimentos é usada em vão, e que os gases que provocam o efeito estufa causados pela produção de alimentos que é perdido ou desperdiçado também são emissões em vão”, alerta o relatório.

Consumir de forma consciente e evitar perdas
O Instituto Akatu, órgão que trabalha em prol do consumo consciente, ensina os consumidores algumas dicas para evitar que mais alimentos vão para o lixo:

•Lista de compras: em média, um terço do que compramos em alimentos vai direto para a lata do lixo, porque compramos em excesso e os produtos estragam. Em um ano, cada família acumula desperdício de 255,5 kg de comida que, se fosse poupado, representaria R$ 1 milhão ao longo da vida.

•Aparência: não escolha alimentos apenas porque são bonitos. Os legumes com um pouco de terra duram mais e devem ser lavados apenas na hora do consumo.

•Mesa farta?: adquira a quantidade de produtos que realmente será consumida! E exija produtos que respeitem as leis ambientais e a legislação trabalhista e que sejam feitos com métodos menos impactantes.

Além disso, prefira aqueles itens cultivados na sua região – especialmente a produção familiar e associada –, pois isso reduz o custo de transporte e o desperdício. Se possível, evite as garrafas plásticas. Caso contrário, separe tudo para a reciclagem.

Informe-se ainda sobre a importância da agricultura sustentável e seus benefícios para a produção de alimentos, inclusive em relação à saúde dos indivíduos e ambientes


Desperdício pelos consumidores
Ainda segundo o estudo da FAO, a quantidade de alimentos desperdiçada no mundo equivale a mais da metade de toda a colheita de grãos mundial. Tanto os países industrializados como os que estão em desenvolvimento “dilapidam mais ou menos a mesma quantidade de alimentos: 670 e 630 milhões de toneladas, respectivamente”.

No entanto, eles seguem padrões diferentes de desperdício. Nas nações mais pobres ou em desenvolvimento, a maior parte dos alimentos é perdida durante o processo de produção e transporte.

Já nos países mais ricos, o desperdício acontece quando os alimentos já foram comprados pelos consumidores. Para se ter uma ideia, a quantia total desperdiçada pelo consumidor de nação endinheirada (222 milhões de toneladas) é quase equivalente ao total produzido na África Subsaariana (230 milhões de toneladas).

Aparência do alimento
Outros dados divulgados pelo estudo apontam que muitos alimentos vão para o lixo nos países ricos, mesmo antes de expirar a data de validade. As normas de qualidade são apontadas como a principal causa do desperdício, já que “dão excessiva importância à aparência dos produtos”.

“Reduzir as perdas pode significar um impacto imediato e significativo nos meios de subsistência e na segurança alimentar”, indica o relatório.

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