A ideia do governo é que as termelétricas movidas a gás, óleo ou carvão cedam cada vez mais espaço às eólicas e outras fontes renováveis, bem menos poluentes e que já têm custos competitivos.
Com preço mais baixo, o grande potencial eólico brasileiro finalmente começa a sair do papel. Projeção da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) aponta que a capacidade instalada das usinas movidas por ventos crescerá 320% ao longo desta década.
Atualmente, as usinas eólicas instaladas somam 930 MW espalhados por 50 parques. As hidrelétricas, principal fonte de geração do país, têm 110.000 MW instalados.
Em 2011, estão previstos mais 510 MW distribuídos por 14 parques eólicos, totalizando 1.440 MW. Esse potencial é oriundo do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia), que fomentou a demanda no segmento, permitindo queda no preço.
A previsão é que em 2019 essas unidades geradoras terão potência total de 6.041 MW, quase equivalente aos 6.400 MW das usinas de Santo Antônio e Jirau, que estão sendo erguidas no rio Madeira, em Rondônia.
Calcula-se que haja potencial para instalar até 300 mil MW de usinas eólicas. "O crescimento da energia eólica é um processo irreversível", comentou Pedro Terrelli, diretor da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).
A ideia do governo é que as termelétricas movidas a gás, óleo ou carvão cedam cada vez mais espaço às eólicas e outras fontes renováveis, bem menos poluentes e que já têm custos competitivos.
As termelétricas são usadas para poupar os níveis dos reservatórios de hidrelétricas em épocas de pouca chuva.
A expansão das eólicas, pelo menos nos próximos três anos, é garantida pela venda de projetos nos leilões voltados para o segmento.
O custo da energia eólica baixou e já chega a ser mais vantajoso do que a energia termelétrica, que gira em torno de R$ 140 a R$ 150 por MWh (megawatt-hora).
Nos três leilões feitos até hoje, o custo médio da eólica foi de R$ 140 por MWh. A geração hidrelétrica, a mais barata do mercado, custa, em média, R$ 110 por MWh.
Anteriormente, o custo para gerar pela força dos ventos ultrapassava os R$ 200 por MWh. Praticamente não havia fabricantes no país, e era preciso importar os equipamentos a custos elevados.
"A perspectiva de crescimento está ligada ao fato de o preço ter caído. Sempre tivemos potencial, mas, quando é caro, não dá para construir", disse o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim.
Até hoje, foram feitos três leilões com participação de 142 empreendimentos eólicos que totalizam 3.852 MW de capacidade instalada.
Essas usinas começam a entrar em operação a partir do ano que vem. A tendência é que os leilões com eólicas sejam mantidos e o mercado se consolide de vez.
"Nos próximos dez anos, é preciso que se adicione 2.500 MW por ano para que a energia eólica se estabeleça de vez", observa Terrelli.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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