Ao comprar da China sem duvida aquecemos o comercio interno. Inclusive o resultado final da balança comercial é positivo: 5,2 bilhões.
Mas o custo para o país vai além; desestimula investimentos em novas tecnologias de produção, equipamento e sobretudo na formação de mão de obra tecnica-especializada.
Desestimula o investimento em Educação formal. Este sim um componente de desenvolvimento e crescimento sustentado e real.
Considerar o pífio superavit de US$ 5,2 bilhões em 2010 um sucesso, é parte de uma visão inadequada e imediatista.
Digo mais, na China existem dois tipos de qualidade de produção ; aquela que é aplicada aos produtos que serão destinados aos países desenvolvidos e dotados de consumidores mais exigentes (mas não necessáriamente socioambientalmente conscientes), com órgãos e leis (que funcionam)de proteção ao consumidor e aos países em desenvolvimento, aqueles que compram o que lhes é empurrado de acordo com sua cultura.
No Brasil não estamos na primeira alternativa!
Caso tenha oportunidade compare. Adquira um produto chines em Dallas(usa) ou Zurique (ch) e um aqui em SP.
Laércio Bruno Filho
Leia a materia abaixo, produzida pela FIESP.
Brasil registra déficit comercial com a China de US$ 23,5 bilhões em manufaturados
No saldo geral, o País foi superavitário em US$ 5,2 bilhões, puxado pela venda de commodities
As trocas entre Brasil e China encerraram 2010 com saldo positivo de US$ 5,2 bilhões. No entanto, de acordo com o Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, esse saldo não traduz a realidade do comércio entre os dois países.
Um levantamento da entidade mostra que, apesar do superávit favorável ao Brasil, o País registrou o maior déficit com o asiático em manufaturados, um total de US$ 23,5 bilhões, o que representou um aumento de 60%, em relação a 2009.
“A relação com a China é importante para o Brasil, mas do ponto de vista industrial é péssimo. O saldo só é positivo pela alta exportação de produtos básicos e pela alta nos preços internacionais”, disse o diretor do Derex, Roberto Giannetti da Fonseca.
Deficit recorde
De acordo com o ele, o déficit do setor com a China vem crescendo de forma “devastadora”. Para se ter uma ideia, em sete anos esse saldo cresceu quase US$ 23 bilhões. Em 2003, o saldo negativo foi de US$ 600 milhões.
Além do déficit recorde do setor de manufaturas, o país asiático se manteve, pelo segundo ano consecutivo, como maior destino das exportações brasileiras. O dragão chinês recebeu 15,2% de toda a venda brasileira ao exterior.
Nesta relação bilateral, o desequilíbrio nas trocas comercias é evidente, de acordo com o levantamento do Derex. Enquanto 97,5% das importações brasileiras da China foram de bens manufaturados, apenas 5% das exportações brasileiras são provenientes deste setor.
O Derex também aponta que o preço médio dos bens vendidos pela China ao Brasil é significativamente inferior ao valor importado do restante do mundo, gerando um desequilíbrio no comércio mundial. Dos 20 maiores produtos importados da China pelo Brasil, 16 deles têm o preço bem inferior à media mundial. Em produtos como lâmpadas, faróis e tubos elétricos a diferença chega a 90%.
Veja aqui a íntegra do estudo
Fabio Rocha, Agência Indusnet Fiesp
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