Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Polo de Geração de Energia Eólica em Santa Catarina



Santa Catarina deverá sediar um dos maiores complexos de geração de energia eólica da América Latina, centrado nos municípios de Bom Jardim da Serra e Água Doce, na região serrana. Isto se for cabalmente cumprido o contrato no valor de R$1,25 bilhão, assinado, terça-feira, em Florianópolis, entre o governo do Estado, a Caixa Econômica Federal (CEF) e uma empresa multinacional baseada na Argentina.

O complexo está dimensionado para produzir 222MW nas suas 10 usinas eólicas previstas quatro em Bom Jardim da Serra, e seis em Água Doce. As negociações que culminaram com a assinatura do contrato se estenderam por mais de dois anos, período em que tanto se reafirmou a importância da definição e adoção de fontes alternativas de energia quanto foram aperfeiçoadas as tecnologias para a sua produção, transmissão e distribuição.
Um aspecto que merece especial destaque é que o complexo vai criar cerca de 6 mil novos postos de trabalho, diretos e indiretos, numa região na qual o desemprego sempre foi preocupante e motivou intensa migração em direção aos centros urbanos de maior porte.

A recente Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Copenhague, na Dinamarca, se não produziu os resultados esperados no sentido de mudar um modelo de desenvolvimento econômico que está levando o planeta à exaustão e degradando a qualidade de vida em todos os quadrantes, ao menos alertou a opinião pública mundial para a urgência de algumas medidas pontuais, entre elas a redução das emissões de carbono, responsáveis pelo aquecimento global. A questão tem dimensão planetária.

O Brasil é o quarto maior emissor dos chamados gases estufa, e é considerado – com boas razões – um dos vilões do clima pela comunidade internacional, principalmente em função do desmatamento da Amazônia e da queima de combustíveis fósseis. No centro da questão, destaca-se a necessidade de começar a definir um novo modelo de geração de energia, que seja adequado ao ideal da preservação ambiental pela diminuição de emissões de carbono

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