27/04/2011
No início de abril, nota publicada na coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, teve grande repercussão na imprensa brasileira. Tratava-se de uma notícia sobre o lançamento de sutiãs com enchimento para crianças menores de 12 anos pela loja de departamento Pernambucanas.
O produto, com licenciamento da personagem Sininho, da Disney, foi rapidamente vendido em várias regiões do país. Para a coordenadora geral do Projeto Criança e Consumo, Isabella Henriques, a estratégia da marca em atrelar o produto à Disney pode ter contribuído para isso, assim como a disposição das peças nos pontos de venda. “Os pais, que muitas vezes não são informados sobre os impactos negativos do consumismo e da erotização precoce, confiam nessas marcas e compram o produto acreditando estarem fazendo o melhor para seus filhos”, explica.
Em carta para a empresa Pernambucanas, o Projeto Criança e Consumo pediu uma reunião para esclarecer sobre os problemas da comunicação mercadológica dirigida a crianças, assim como refletir sobre a adultização do público infantil, forçando meninas pequenas a se inserir no mundo adulto e a se preocupar com questões que não fazem parte do universo infantil. A empresa deve agendar o encontro em breve.
Ouça entrevista da coordenadora do Criança e Consumo sobre o tema na rádio CBN
Busca desmedida pelo lucro ultrapassa direitos das crianças
Entrevista com Isabela Henriques, advogada e coordenadora geral do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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