Empresas deverão pagar € 315,2 milhões por causa de acordo com a Henkel no mercado de sabão em pó Luciana Cavalcanti/Você S.A.
Multa a Procter & Gamble e Unilever será 10% menor por terem admitido a culpa
Bruxelas - A Comissão Europeia impôs nesta quarta-feira uma multa de 315,2 milhões de euros à empresa americana Procter & Gamble e à anglo-holandesa Unilever por criar um cartel junto com a Henkel no mercado de sabão em pó em oito países europeus.
A Comissão anunciou em comunicado que a multa a essas duas companhias inclui uma redução de 10% por terem admitido os fatos e permitido uma rápida conclusão da investigação, enquanto a alemã Henkel obteve imunidade por ter revelado a Bruxelas a existência do cartel em 2008.
O acordo feito entre as empresas durou por volta de três anos e pretendia estabilizar posições no mercado por meio da coordenação de preços, em violação às normas antimonopólio da União Europeia (UE) e da Área Econômica Europeia (AEE), acrescentou a Comissão.
O vice-presidente do órgão executivo da UE e comissário de Concorrência, Joaquín Almunia, explicou o caso em entrevista coletiva e afirmou que a colaboração das empresas permitiu uma rápida conclusão das investigações e redução da multa.
No entanto, advertiu que a Comissão continuará sua "implacável luta contra os cartéis, que impõem aos consumidores preços mais altos do que se as empresas competissem livremente e por seus méritos".
As três empresas envolvidas são grandes fabricantes de sabão em pó e outros produtos de limpeza. A Procter & Gamble comercializa as marcas Ariel, Dreft e Dash, enquanto a Unilever é responsável pela Comfort, Omo e Radiant. Já a Henkel, fabrica as marcas Dixan, Perlan, Micolor, Vernel e Wipp Express.
O acordo feito entre as empresas afetou Espanha, Bélgica, França, Alemanha, Grécia, Itália, Portugal e Holanda.
A Comissão indicou que para estabelecer as multas levou em conta as vendas relevantes das companhias nesses oito países europeus, a natureza "muito grave" da infração e a alta parcela de mercado que compartilhavam.
As inspeções nas companhias foram iniciadas em 2008, momento em que as duas empresas multadas pediram indulgência e cooperaram com a investigação. No início deste ano, "reconheceram clara e inequivocamente" sua responsabilidade na infração.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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