Londres, 20-outubro//Reuters
O Mercado de carbono encontra-se receoso com o encontro de Copenhagen, dezembro próximo. Isto tem prejudicado as operações de comercialização de créditos de carbono.
A preocupação geral é com os países desenvolvidos que não acordam sobre as metas de redução, com os pleitos solicitados pelos países em desenvolvimento e para completar, sobre a ajuda financeira destinada á ajudar os países pobres com medidas de Adaptação às mudanças do clima. A preocupação central é como o mercado verá o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) após o ano de 2012. Isto ainda representa uma incógnita que dificulta enxergar o horizonte do Mercado de Carbono.
Um desenvolvedor de projeto que atua na área de Energia Limpa, enfatiza: “ O Mercado está obcecado com o Encontro de Copenhagen, o quanto antes sair o resultado, seja ele qual for, melhor será.A incerteza está nos prejudicando”.
O mercado global de carbono dobrou em valor no ultimo ano, compondo 126 bilhões de dólares, segundo números do Banco Mundial. O mercado do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) encolheu em 1 bilhão de dólares, agora estabilizando em 6,5 bilhões de dólares.
A demanda pelos créditos de carbono originados no âmbito do MDL caiu devida à falta de uma política clara sobre o que virá pela frente e também pela ausência de preços mais atrativos que justificassem investimento na originação e desenvolvimento de novos projetos com limites no ano de 2012.
“Haverá futuro para este Mercado? A União Européia gostaria de ver a reforma do MDL , mas na realidade não sabemos o que vai acontecer. O retrato é sombrio” disse M. Wilkins do Standard & Poors..
Esperança Frágil
O delegados da conferencia, ocorrida em Londres, não esperam que Copenhagen resulte em um novo Tratado de Kyoto, apesar da opinião do primeiro ministro inglês que afirmou que não existe um plano B , caso não se chegue a um acordo global satisfatório.
OS EUA poderiam contribuir muito se neste momento delicado de conversações se apontassem para um plano eficaz de reduções. São bem poucos os que acreditam nesta hipótese.
Existe um sentimento generalizado, de que os EUA farão apenas aquilo que lhes aprouver, não se importando com o resto do mundo, disse o presidente da IETA H. Derwent.
Alguns outros players estão mais otimistas quanto ao Mercado de Carbono, preferindo acreditar que seja qual for o resultado de Copenhagen, ele continuará a existir e operar.
"Se houver uma continuação dos mercados de carbono ele será uma colcha de retalhos, mas não necessariamente desastroso. Existe “cola” suficiente para manter estes mercados juntos", disse Abyd Karmali, chefe global de emissões de carbono na Merrill Lynch.
Tradução de Laércio Bruno Filho, do Artigo: “Pessimism on climate deal hangs over carbon market”, da Agencia Reuters, publicado em 20/out/2009, por Nina Chestney e Anthony Barker.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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