Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
EDUCAÇÃO:As Novas Faculdades para a Sobrevivência
por Laércio Bruno Filho-21/out/2009
Competências como criatividade, empreendedorismo e capacidade de inovação são imprescindíveis no mercado de trabalho que hoje suporta a economia. No mundo atual existe enorme disponibilidade de tecnologia que realiza as tarefas mais rotineiras de forma mais barata e eficaz, através de computadores, robôs, etc.
Isto desclassifica da competição o profissional cujo perfil é conhecido por “tarefeiro”, que representa a grande maioria da força de trabalho disponível, e de forma geral vem sendo isto o que as escolas têm ensinado: a cumprir tarefas.
No mundo globalizado existe uma massiva oferta de trabalhadores "tarefeiros" disponíveis e cujo valor de aquisição do Homem/Hora é extremamente baixo. Haja vista a tercerização da contabilidade de varias empresas dos EUA, hoje feitas por contadores na India, assim como a operação de call-centers. Razões: fluência na lingua inglesa e baixo custo de H/H. Outro exemplo; a transferencia de fábricas de automóveis para paises em desenvolvimento onde a mão de obra é farta, barata e os recursos naturais abundantes (e não são computados no valor final do bem produzido)Em curto prazo este perfil de trabalhador já não interessará mais aos países desenvolvidos. O modelo de transferencia do trabalho sim.
Nestes países,em paralelo, ocorre uma rápida transição do trabalho considerado "tarefeiro", repetitivo, para um outro tipo diferente, onde as capacidades de argumentação, raciocínio e reflexão são qualidades de grande valia as mais requeridas.
O que realmente interessa no mundo de hoje, pós-crise financeira e pré-crise socioambiental são profissionais capazes de produzir muito mais utilizando menos recursos,com a qualidade exigida, atendendo de forma sustentável às demandas e limitações do cliente, as suas próprias e as do ambiente onde ele vive.
A questão da sustentabilidade é condição fundamental para lidar com a nova realidade mundial que se instaura e que projeta escassez de recursos cada vez maiores.
O sistema educacional vigente que provê formação ao jovem estudante visando formar o adulto realizador de tarefas medianas, rotineiras,está ultrapassado e carece de uma imediata revisão. Neste contexto, existe o risco de que as novas gerações passem por crises de desemprego contínuo por conta de descompassos entre o perfil ofertado e o realmente necessário.
O modelo educacional proposto deve fornecer às futuras gerações ferramentas adequadas para sobreviverem , através da venda de seu trabalho, em um mundo que atravessará crises constantes.
Neste ponto, nós brasileiros temos uma larga experiência, pois aprendemos como sobreviver num mundo onde a inflação era de 80% ao dia e os níveis de desemprego altíssimos e as respectivas interfaces negativas. Ou seja, em constante torpor, apenas não percebíamos.
Vivemos uma forte crise economica com graves consequencias sociais por mais de duas décadas e aprendemos a nos defender e sobreviver. Entre tantos obstáculos, a distribuição da renda, o acesso real ao capital de investimento e à educação (adequada) sempre foi limitada a uma pequena parcela da população contribuindo assim para a estagnação econômica e social
O brasileiro é um povo empreendedor, criativo e inovador. Valores que devem ser reconhecidos, incentivados e preservados.
Exemplos? São inumeros,olhemos bem ao nosso redor, veremos as mais diferentes experiências de sobrevivência, trabalho e competição.
Apenas o volume de capital ainda é muito menor, por conta de sermos uma economia em desenvolvimento.
Mas isto,apenas por enquanto!
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