Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Sequestro de carbono em ecossistemas florestais

Silvia Lac, MSc.
Texto atualizado da tese de mestrado da autora, defendida em 2002, com uma proposta de modelo quantificação de sequestro de carbono em sistemas agroflorestais, pela University of Saskatchewan, Canadá.

Curitiba, 18 de junho, 2011.

1. Introdução
O ciclo do carbono em ecossistemas é internacionalmente reconhecido como um forte indicador ambiental e utilizado para inferir sobre a saúde de ecossistemas, i.e., de acordo com a quantidade de carbono ciclada é possível inferir sobre nutrientes disponíveis para o sustento de vida vegetal e animal (habitat) do ecossistema. O carbono sequestrado por florestas tem sido considerado fator de grande importância para mitigar efeitos negativos do acúmulo de gases de efeito estufa (principalmente o gás carbônico) sobre o clima, notadamente o aquecimento do planeta (IPCC, 2011).

Atualmente há diversas mudanças no uso da terra no Brasil, seja via expansão das fronteiras agrícola e agropecuária, novas estradas com novos desenvolvimentos como centrais hidrelétricas e indústrias. Portanto, além de aumentar a pressão nos respectivos biomas (e.g., cerrado, amazônia), causam um aumento nas concentrações de gases de efeito estufa no planeta e quecimento global via desmatamentos. Poucos graus no aumento da superfície da terra pode ter danos irreversíveis para os biomas (IPCC, 2011).

Sabe-se mundialmente que há uma grande perda (de aproximadamente 30%) no sequestro de carbono devido a conversão de ecossistemas florestais para a agricultura; porém, a quantidade de emissões associadas a conversão do uso de terras para pastagem é menos conhecida (e.g., Lal et al., 1997; Watson et al., 2000; Lac, 2002; IPCC, 2003; IPCC, 2011).

Atualmente, as “regras” utilizadas na quantificação de sequestro de carbono em ecossistemas florestais tem origem nas definições relacionadas com o Protocolo de Quioto (UNFCCC, 2001), e incluem três componentes para a contagem de sequestro de carbono em ecossistemas florestais: acima do solo, abaixo do solo, e em produtos florestais. Porém, há indefinições quanto aos métodos utilizados para os produtos, especialmente sobre “onde” seu sequestro/emissões devem ser contabilizados (e.g., ecossistema, país de origem, país consumidor, etc). Estes, por sua vez, estão também conectados aos programas/projetos desenvolvidos colaborativamente para os países em desenvolvimento, tais como o MDL- Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e, mais recentemente, o REDD- Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação florestal (IPCC, 2011).



2. Contexto histórico mundial
Em 1988, “mudança climática” foi identificada pela “United Nations General Assembly” (UNEP) como “problema de importância para a humanidade”. No mesmo ano, o “World Meteorological Organization” (WMO) e o “United Nations Environmental Programme”(UNEP) estabeleceram o “Intergovenmental Pannel on Climate Change” (IPCC) com o objetivo de prover informações científicas, técnicas e socioeceonômicas relevantes para a compreensão do risco de mudanças climáticas induzidas pela influência humana (IPCC, 2010).

O IPCC (1995) concluiu que atividades humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis e desmatamento, aumentaram a concentração de gases de “efeito estufa” (principalmende dióxido de carbono) e aerosóis na atmosfera. Os gases de “efeito estufa” alteram o balanço energético por prender a radiação solar na terra e a impedirem de retornar prontamente à atmosfera, causando assim o aumento na temperatura da Terra; por analogia com efeito de aquecimento em uma estufa de plantas, surgiu o termo “efeito estufa” (IPCC, 2010; Starke, 2001). Cientistas então previram que o aumento desses gases causaria mudanças regionais e globais em parâmetros climáticos, tais como temperatura, capacidade de solos em armazenamento de água, e nível do mar (IPCC, 1995; IPCC, 2010).

Em 1992, encontros do “United Nations Conference on Environment and Development”, no Rio de Janeiro, resultaram na abertura do “United Nations Framework Convention on Climate Change” (UNFCCC) para os países assinarem. Em 1994, o UNFCCC foi efetivado com o objetivo de desenvolver um acordo internacional para estabilizar as concentrações de gases de “efeito estufa” na atmosfera, evitar a influência antropogênica no sistema climático e permitir que os ecossistemas se adaptassem naturalmente à mudança climática. Dessa forma, estaria se garantindo que a produção de alimentos não estaria em risco e que o desenvolvimento econômico pudesse prosseguir de maneira sustentável (Benedickson, 1997; IPCC, 2010, Lac, 2002). Países desenvolvidos, como definidos no documento da UNFCCC, entraram em acordo para adotar políticas nacionais e tomar medidas para mitigação da mudança climática, através da redução de emissões antropogênicas e através do aumento de sequestro de gases de “efeito estufa”.

Em 1997, a maiores nações industrializadas encontraram-se em Quioto, Japão, para a terceira conferência dos países membros partes do UNFCCC (COP-3), e concordaram em taxas individuais de redução de emissões (em média de 5% abaixo de níveis de emissões em 1990) para o primeiro período do Protocolo de Quioto- de 2008 a 2012 (Watson et al., 2000; IPCC, 2010).

Em 2005, o Protocolo de Quioto finalmente entrou em efeito com a participação de países responsáveis por mais de 50% das emissões globais, incluindo quantificações específicas de reduções de emissões por país. Para auxílio a países desenvolvidos atingirem suas metas, foram criados três mecanismos de mercado: “Emissions Trading”, “Clean Development Mechanism” (CDM), e “Joint Implementation” (JI) (IPCC, 2010). O CDM ou “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo” já registrou mais de 1000 projetos junto ao “CDM Executive Board” (IPCC, 2010).

Com a criação desses mecanismos, iniciou-se a implementação de comércios voluntários de créditos (e.g., “Chicago Climate Exchange”-CCX, “Voluntary Carbon Standard”-VCS) e sistemas de “cap-and-trade”, isto é, legislação que torna obrigatório às empresas relatarem emissões anuais e que estabelece um valor máximo de emissões (“cap”) acima dos quais a empresa é penalizada com multa que excede várias vezes o valor de créditos comercializados em sistemas voluntários (e.g., “Western Climate Initiative”- que inclui estados dos Estados Unidos e Canadá). Com a criação de inúmeros comércios voluntários e compulsórios, aumentou-se a necessidade de padronização de métodos utilizados, i.e., aplicação de número serial para projetos; evitando assim que créditos fossem comercializados para mais de um comprador ao mesmo tempo e garantindo um padrão de qualidade para os créditos comercializados. Inicialmente, registros foram criados em nível nacional (e.g., Brasil, Estados Unidos, Canada, etc) juntamente ao governo de cada país. Atualmente, multiplicam-se as agências nacionais e privadas oferecendo o serviço de padronização de créditos a ser comercializados. Multiplicam-se também projetos de reflorestamento para a venda de créditos de carbono.

Para o fim de 2012, final do primeiro termo do Protocolo de Quioto (UNFCCC, 1998), novas metas deverão ser incluídas, tais como a inclusão de países não desenvolvidos como o Brasil e a China para elaboração de métodos de contagem nacionais. É também esperado que métodos de contagem e padronização sejam continuamente refinados para acordos como o Protocolo de Quioto como resultado da incorporação de informações geradas nos mais recentes relatórios de grupos técnicos que servem ao IPCC (“Assessment Reports”) e reúne trabalhos de pesquisadores de diversos países.

3. O ciclo do carbono
O ciclo global do Carbono representa o mais importante processo que liga ecossistemas florestais ao aquecimento global, podendo ser definido como a troca de carbono entre atmosfera, oceanos, biosfera terrestre e, em tempos geológicos, com sedimentos e rochas sedimentares (Canadian Forest Service, 1996). Análises de ecossistemas terrestres permitem que cada uso da terra seja distinguido e avaliado individualmente, tais como agricultura, florestas tropicais, florestas boreais, etc (Watson et al., 2000).

O ciclo do carbono para ecossistemas florestais tem sido explicado e discutido por vários autores (Lac, 2002; Fisher & Binkley, 1999; Watson et al. 2000; Kurz et al. 1992; McRae et al. 2000; Janzen et al. 1998; Waring & Running, 1998; Baldock & Nelson, 1999). A explicação a seguir é resultado da compilação de estudos dos mesmos.

Quandos as plantas fazem fotossíntese, elas convertem o dióxido de carbono da atmosfera e água em compostos ricos em carbono, utilizando energia solar como fonte de energia. Do dióxido de carbono utilizado, as plantas vão estocar parte do carbono em seus tecidos, e retornar parte do dióxido de carbono para a atmosfera através da respiração.

No momento da colheita (corte comercial da madeira), uma parte do carbono é exportada do sistema na forma de produtos. Do resto de plantas deixadas no campo após a madeira ser retirada, carbono será incorporado e estocado na matéria orgânica do solo através da decomposição, que é feita por microorganismos. A fonte de carbono entrando no solo depende de vários fatores, tais como queda da folhagem, mortalidade da biomassa (árvores e raízes mortas), decomposição, e distúrbios (e.g., fogo, doenças). Através da respiração, microorganismos retornam parte do carbono para a atmosfera na forma de respiração. Quando um ecossistema como um todo está estocando mais carbono da atmosfera do que está devolvendo, o ecossistema está atuando como um reservatório; diz-se então que o sistema está “sequestrando” dióxido de carbono. Quando o ecossistema está perdendo ou emitindo mais carbono do que sequestra, está atuando como fonte de aumento da concentração de gases (gás carbônico) de “efeito estufa” na atmosfera.

Com o passar do tempo, todos os ecossistemas tendem ao equilíbrio. Quando o ecossistema emite ou perde igual quantidade de dióxido de carbono do que retém, então o ganho líquido do ecossistema é zero (perdas = ganhos) e o sistema está em equilíbrio, não sequestra carbono e nem perde/emite. O ganho líquido então é a diferença entre a entrada de carbono via fotossíntese e a quantidade de carbono exportada do sistema via respiração ou no corte (colheita).

Florestas primárias convertidas para outros usos como agricultura, pastagem e urbanização mostram grandes perdas nas quantidades de estoque de carbono no ecossistema, com mudanças nas propriedades e estrutura do solo. A conversão de florestas primárias para a agricultura, por exemplo, causa uma perda de 15 a 30% do carbono em diversos tipos de solo e a maior parte dessa perda ocorre em menos de 20 anos. Outros distúrbios também podem afetar o equilíbrio do estoque de carbono em ecossistemas, durante e eventualmente depois do distúrbio, causando ecossistemas a contribuir dióxido de carbono por muitos anos para a concentração atmosférica e o aquecimento global. Incêndios, por exemplo, transferem carbono da biomassa para o solo e também rápida emissão de carbono para atmosfera como dióxido de carbono. Doenças, dependendo da severidade podem moderadamente reduzir o estoque no ecossistema (pouco ou mediamente severos) ou podem levar a altas perdas (emissões) através da grande mortalidade o decomposição (doenças mais severas e mais frequentes).

Em um prazo maior de tempo, após distúrbios cessarem, a contínua recarga de material a ser decomposto no ecossistema cessa. Quando o material disponível para decomposição é consumido ou lixiviado, pouco material resta para uma grande quantidade de microorganismos para decomposição. Isso causa o carbono orgânico no solo diminuir e os microorganismos a reterem nutrientes. A retensão de nutrientes pode reduzir ainda mais o potencial de sequestro de carbono do ecossistema, primeiramente por limitar o crescimento de plantas e subsequente sequestro na vegetação, e depois por reduzir a quantidade de carbono entrando no solo. E, ainda que distúrbios causem emissões, eles podem também aumentar a capacidade de sequestro de carbono no ecossistema pela reposição de vegetações mais velhas por vegetação mais novas, e colocar o ecossistema em fases anteriores de sucessão.

Atividades florestais que podem promover o aumento de sequestro de carbono incluem: a) evitar atrasos na regeneração após distúrbios através de plantio, b) a restauração de áreas degradadas e áreas de baixo estoque após replantio, c) o uso de espécies geneticamente melhoradas/superiores, d) a fertilização, e) o aumento de proteção a incêndios, d) o desbaste comercial, f) a produção de madeira para produtos de maior duração e, portanto, maior período de duração de sequestro na forma de produtos), g) aumento do período de rotação para árvores atualmente cortadas antes do declínio no sequestro de carbono, h) a substituição de métodos de corte (e.g., método de corte raso por corte seletivo). O destino de árvores e partes de árvores, assim como o tempo de vida em produtos ou outros usos finais (e.g., etanol, produção de energia), desempenham também um papel importante no ciclo do carbono. Se as árvores são abandonadas ao invés de utilizadas em produtos, há poucas chances de que essas árvores morreriam quando estivessem produzindo o maior acúmulo de biomassa e carbono. Árvores morreriam naturalmente mais velhas, quando o acúmulo do carbono já é baixo por vários anos. Daí a necessidade de haver mercado e da utilização comercial para estas, para que haja motivação para o corte de árvores altamente produtivas. Ações que podem aumentar o estoque de carbono na forma de produtos e aumentar o tempo de estoque de carbono antes de retornar à atmosfera incluem: a produção de produtos de vida mais longa (e.g., madeira para móveis ao invés de papel), redução de resíduos no processamento, e a reciclagem de produtos de madeira e de papel.

O ciclo do carbono em ecossistemas é muito utilizado também como indicador ambiental, uma vez que a quantidade de carbono ciclado e estocado é mais prontamente quantificado e está relacionado com outros ciclos e com a disponibilidade de nutrientes para o sustento do ecossistema. Mesmo em um determinado ecossistema, ainda assim, o ciclo de carbono pode ser bastante variável, que é resultado de uma complexa história de interação de todos os ciclos biogeoquímicos.


4. Métodos utilizados para a contagem de carbono
Métodos utilizados para contagem de carbono em ecossistemas terrestres incluem o método de mudança em estoque (“stock change”) e o método de fluxo de carbono (“carbon flux”) (Tipper & De Jong, 1998; Watson et al., 2000; Lac, 2002). O método de mudança em estoque de carbono inclui o carbono estocado em tecidos vegetais e no solo medido em tempos diferentes, e a diferença é a produtividade líquida do ecossistema recebendo valor positivo quando aumenta (sequestro), ou valor negativo quando diminui e é, portanto, perdido para a atmosfera (emissão) (Watson et al., 2000; Waring & Running, 1998). É o método mais utilizado devido ao menor custo, maior praticidade, maior abrangência, e menor influência por variações interanuais (Kostela et al., 2000; Watson et al., 2000; Waring & Running, 1998). De acordo com os mesmos autores, o método de fluxo de carbono consiste na medição de carbono com auxílio de torres de monitoramento, sendo mais preciso, mais caro e, portanto, menos disponível. É normalmente mais utilizado para áreas menores e intervalos de tempo mais curtos devido à grande quantidade de dados possíveis de serem produzidos.

A UNFCCC (2001), como contribuição para o Protocolo de Quioto, definiu a inclusão de três componentes para a contagem de sequestro de carbono em sistemas florestais: acima do solo, abaixo do solo, e em produtos florestais; e exigiu também transparência e verificabilidade dos métodos utilizados.

Inventários florestais são os mais utilizados métodos para a quantificação do carbono estocado (sequestrado) na biomassa acima do solo (confiável, permite verificação, e disponíveis em várias escalas) (Watson et al., 2000). Inventários florestais contínuos normalmente consistem na medição periódica de árvores em parcelas permanentes representativas para decisões de manejo ao qual a produção se destina, i.e., volume comercial utilizado (e.g. papel, celulose, OSB, etc) (Watson et al., 2000, Kurz et al., 1992; Netto & Brena, 1997). Dados adquiridos no campo para inventários florestais normalmente incluem altura e diâmetro à altura do peito (DAP) e estes dados são utilizados como variáveis (“input”) em modelos de crescimento previamente desenvolvidos, i.e., equações/curvas de crescimento desenvolvidos a partir de relações alométricas entre dados mais práticos (DAP, altura) e os dados mais caros (volume, biomassa) de aquisição (Watson et al., 2000; Finger, 1992; Husch et al. 1993). Modelos de crescimento (curvas) normalmente expressam resultados em volume comercial para determinados produtos e, portanto, são utilizados também fatores de expansão (e.g., volume comercial:volume total acima do solo, biomassa comercial:biomassa total acima do solo) e conversão (e.g., volume:biomassa, bimassa:carbono) para estimativas de sequestro de carbono na biomassa acima do solo (Watson et al., 2000; Peterson & Peterson, 1992; Ter-Mikaelian & Korzukhin, 1997; Lemprière & Booth, 1998; Lac, 2002; Kurz et al., 1992; Samson et al., 1999).

Modelos de crescimento (curvas), fatores de expansão e conversão podem ser encontrados em publicações e se aplicam especificamente ao objetivo de produção de onde as amostras são adquiridas (e.g., madeira, papel, OSB), variando também em escalas, espécies, produtividade do solo, ecossistemas, e métodos para aquisição e dados primários (Lac, 2002; Watson et al., 2000; Bonnor, 1985; Netto & Brena, 1997). Para conversão de volume para biomassa, o volume é multiplicado pela densidade da madeira expressa em massa seca (em estufa) e volume úmido (Forest Products Laboratory, 1999; Lac, 2002). Porém, a madeira é um material heterogêneo e anisotópico e pode variar entre sítios, espécies, entre árvores da mesma espécie, e em diferentes partes de uma mesma árvore (Galvão e Jankowsky, 1985; Forest Products Laboratory, 1999). A idade da árvore e compostos químicos da madeira também afetam sua densidade (Burger & Richter, 1991).

No campo, o volume comercial é determinado pelo método de imersão em água da parte da árvore que é comercializada (e.g., tronco) (Finger, 1992; Graça et al. 1998). Outros métodos mais simples incluem a aproximação por matemática com sólidos de revolução e fatores de forma específicos para cada espécie (Finger, 1992). As relações volume/área ou biomassa/área podem ser influenciadas por vários fatores tais como espécie, nutrientes e água disponíveis, qualidade do solo, condições climáticas, origem (e.g., semente versus propagação vegetativa) (Peterson & Peterson, 1992; Forest Products Laboratory, 1999).




A biomassa pode ser determinada através de amostragem da madeira (cubos do tronco, parte comercial) e secagem em estufa até o peso constante (Watson et al., 2000; Friend et al., 1991; Fisher & Binkley, 1999; Coyle et al., 2008). De acordo com os mesmos autores, o mesmo método também pode ser utilizado para os componentes não comerciais (e.g., galhos, folhas, topo, toco) de árvores amostradas. Valores para a biomassa de partes não comerciais podem ser encontrado na literatura em peso seco e/ou compilado e correlacionado com a biomassa da parte comercial em relações alométricas, i.e., fatores de expansão (Watson et al., 2000; Peterson & Peterson, 1992; Ter-Mikaelian & Korzukhin, 1997; Lemprière & Booth, 1998).



A quantidade de carbono na biomassa pode ser estimada utilizando fator de conversão (Watson et al., 2000; Kurz et al., 1992; Horwath et al., 1994). Em geral, 50% da biomassa é o valor estimado de conteúdo de carbono e esse fator é amplamente utilizado tanto para a parte comercial como não-comercial de árvores amostradas (Watson et al., 2000; IPCC, 2010; Lac, 2002). A quantidade de carbono na biomassa pode variar significativamente entre tipos de tecidos e grupos funcionais de plantas e, portanto, tende a ser muito simplificada e deve ser validada por análises de campo (Watson et al., 2000; Lac, 2002). No campo, a quantidade de carbono tanto para a parte comercial como não comercial da biomassa acima do solo pode ser determinada com o uso do método seco (“dry method”), i.e., método de combustão automatizada (“combustion automated analyzer”) que envolve a completa conversão do carbono na biomassa e consequente quantificação de dióxido de carbono emitido por vários meios (e.g., detecção infravermelha) em estufa de alta temperatura em puro oxigênio (Baldock & Nelson, 1999; Graça et al., 1999; Lac, 2002).



Inventários florestais, curvas de crescimento e fatores de conversão e expansão são resultado de vários fatores que influenciaram a vida das árvores amostradas durante o crescimento no passado tais como clima, distúrbios e outras atividades de manejo que podem ser diferentes no futuro, especialmente com resultado da influência da mudança climática, que pode causar queda na capacidade de sequestro de carbono de ecossistemas, aumento de mortalidade, maior frequência e severidade de doenças e incêndios, menor quantidade de água disponível, etc (Watson et al., 2000; Kurz et al., 1992, Kimmins, 1991; Stewart et al. 1997; Fisher & Binkley, 1999). Portanto, estimativas utilizando tais informações podem ser muitas vezes super simplificadas e devem ser validadas com a aquisição de dados primários em parcelas permanentes representativas das condições de crescimento (qualidade do solo, espaçamento, ecossistema, espécie, mortalidade, doenças, etc) e área de inferência, i.e., área a que a estimativa de sequestro de carbono se aplica (Lac, 2002; Watson et al. 2000).



A determinação da quantidade de carbono abaixo do solo (raízes, solo) no campo, inclui a escavação de raízes maiores e menores e as quantificações de biomassa e carbono são feitas utilizando o peso seco e método seco (“dry method”) respectivamente, similar aos métodos utilizados para componentes acima do solo (Watson et al., 2000; Kurz et al., 1996; Friend et al., 1991). Raízes finas podem ser coletadas com amostragem cilíndrica (“core”) de material coletor previamente instalado no solo durante o crescimento das árvores especificamente para a coleta de raízes finas (“ingrowth cores”, “ingrowth bags”); as raízes são subsequentemente separadas do solo por flotação em água e peneiras (Bauhus et al., 1998; Finér et al., 1997). Existe, porém, pouca consistência na literatura sobre a divisão de classes de diâmetros a ser utilizadas, e diâmetros maiores de raízes que podem ser incluidos na classificação (Baldock & Nelson, 1999; Fisher & Binkley, 1999; Kurz et al., 1996; Finér et al., 1997; Friend et al., 1991). Para superar as diferenças de classificações e a baixa disponibilidade de dados na literatura, as biomassas de raízes grandes e pequenas são adicionadas em um único valor para a biomassa total de raízes, e relações alométricas são desenvolvidas entre a biomassa total acima do solo e estas são utilizadas para estimativas de carbono abaixo do solo (Watson et al., 2000; Kurz et al., 1996; Peterson et al., 1999; Samson et al., 1999; Friend et al., 1991; Horwath et al., 1994; Lempriére & Booth, 1998).



Para coleta e análise de carbono no solo, o fracionamento de camadas do solo (e.g., camada orgânica e mineral) é normalmente utilizado e também a contribuição para estes (e.g., Kurz et al. 1992; Lal et al., 1997; Siltanen et al., 1997; Nakane, 1976; etc), com a coleta de material representativo e subsequente utilização do método seco. Por exemplo, a contribuição anual para o carbono orgânico no solo pode ser determinado através da adição de material de coleta junto ao tronco (“mesh”) na forma de um quadrado na base da copa da árvore (“litter trap”) com lados baixos para permitir drenagem (Watson et al., 2000; Baldock & Nelson, 1999; Fisher & Binkley, 1999). Porém, há problemas de coleta e análises de carbono no solo separadamente de raízes para evitar dupla contagem de carbono no solo, uma vez que é difícil a separação de raízes muito finas das amostras coletadas para análise de carbono no solo (Yanai et al., 2000; Lac, 2002). A distribuição de carbono no solo é, porém, bastante variável com influências no tempo da vegetação, relevo (redistribuição de água), utilização do solo (preparo do solo pode causar redistribuição do carbono no solo), decomposição, raízes, clima, entre outros fatores (Yanai et al., 2000; Fisher & Binkley, 1999; Kurz et al. 1992; Baldock & Nelson, 1999; Lal et al., 1997; Siltanen et al., 1997; Nakane, 1976, etc). Portanto, de acordo com os mesmos autores, a validação em coleta de dados primários é necessária.



Quando as árvores são cortadas para o uso comercial, carbono é transferido para produtos florestais e para o carbono orgânico do solo. Então também o destino de partes não comerciais de árvores irá provavelmente influenciar o estoque de carbono abaixo do solo (Kurz et al., 1992; Johnson & Curtis, 2001). A efetividade do sequestro de carbono em longo prazo em produtos florestais depende do uso final. Produtos de mais longa duração (e.g., móveis, construção) imobilizam o carbono por mais tempo e, portanto, estendem a vida do carbono de árvores por mais tempo antes de serem descartados e retornarem o carbono à atmosfera, comparados aos produtos de mais curta duração (e.g., papel para impressão) (Kurz et al., 1992; Watson et al., 2000). O carbono também pode ser perdido na forma de sobras durante o processamento da madeira (Kurz et al., 1992; Abramovitz & Mattoon, 2000).



Métodos de contagem de carbono em produtos continuam a evoluir, sem consenso internacional principalmente sobre o onde e quando o sequestro e subsequente emissão (relacionada ao descarte) serão contabilizados, o que pode vir a influenciar as exportações e importações de produtos (Matthews et al., 1996; Matthews, 1996; Watson et al., 2000; Lim et al., 1999). Por exemplo, se a emissão relacionada ao descarte de produtos for contabilizada junto ao ecossistema que fornece a matéria prima, portanto, no país produtor, países industrializados podem ser estimulados a importar mais e produzir menos. Se as emissões são contabilizadas pelo país importador, pode haver queda em importações e efeito negativo na economia de países exportadores.



Métodos propostos incluem o sistema de fluxo atmosférico, de mudança em estoque e sistema de produção. (Lim et al. 1999). No sistema de fluxo atmosférico, o carbono é contabilizado entre a atmosfera e a biosfera, considerando assim onde e quando os fluxos ocorrem, sem distinções entre países e, portanto, de difícil contabilidade (Lac, 2002; Lim et al., 1999; Houghton, 1996). No sistema de mudança em estoque, a contagem é feita no reservatório de produto separadamente dos outros reservatórios, e, portanto, a contabilidade é feita onde e quando o produto é consumido e descartado, i.e., a emissão relacionada ao descarte é contabilizada no inventário nacional do país consumidor; barreiras em aplicabilidade incluem a pouca disponibilidade de dados (Lim et al., 1999; Winjum et al., 1997). No sistema de produção a contagem em mudança de estoque é realizada junto ao ecossistema utilizado para a produção, e, portanto, desconsidera ambos onde e quando os produtos são realmente consumidos, mas é considerado o método de mais fácil aplicabilidade prática uma vez que a contabilidade desse reservatório é feita no inventário nacional do país produtor da matéria prima dos produtos (Lac, 2002; Lim et al., 1999; Winjum et al., 1997).





5. Referências bibliográficas



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