Da Redação - 05/07/11 - 23:27
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) preocupada com o problema das áreas contaminadas, atuais e futuras, editou uma publicação intitulada “Informações básicas sobre áreas contaminadas”, que tem o objetivo de disponibilizar para gerentes, técnicos, e demais interessados, uma ferramenta de informações relativas ao tema áreas contaminadas, visando o gerenciamento das áreas existentes e a prevenção de novos passivos ambientais.
De acordo com a publicação, a contaminação de uma área ocasiona sérias consequências ao meio ambiente e à saúde das pessoas expostas aos contaminantes, com prejuízos à imagem da atividade e penalidades previstas em lei.
Assim, em razão desse fato, a investigação dessa contaminação é utilizada em avaliações para negociações de empresas, principalmente naqueles relacionados com a aquisição de imóveis e em privatizações, pois a responsabilidade e a obrigação da restauração ambiental recaem sobre os novos proprietários.
A existência de contaminação na área a ser adquirida funciona como um elemento de decisão no sentido de identificar, avaliar e quantificar posições, custos e gastos ambientais potenciais que precisam ser atendidos a curto, médio e longo prazo. Deve ser ressaltado, porém, que o passivo ambiental resultante da área contaminada não precisa estar diretamente vinculado aos balanços patrimoniais, podendo fazer parte de um relatório específico.
Recuperação
Existem diversas técnicas de remediação para uma área contaminada, porém a melhor escolha dependerá do diagnóstico da contaminação, efetuado pela execução de uma malha de sondagens mecânicas e coleta de amostras para análise geoquímica ou por métodos geofísicos do solo ou da água, que permite determinar o tipo de contaminante (líquido, sólido ou gasoso), o tipo de solo, a interação do contaminante com o solo, o grau de contaminação, sua significância, etc.
Determinada que a área está contaminada, os custos variam de acordo com as informações obtidas, mas podem ser extremamente elevados.
Na Alemanha, os custos ecológicos relacionados a problemas do solo foram calculados em cerca de US$ 50 bilhões. Em 12 países da União Europeia, foram identificadas cerca de 300 mil áreas contaminadas. Estima-se que na Holanda existam cerca de 100 mil locais com contaminação.
Contaminação em São Paulo
O Estado de São Paulo possui 3.675 áreas contaminadas, de acordo com o último levantamento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em 2010. Essas áreas são assim distribuídas:
79% Posto de combustível (2.922)
13% Indústria (471)
4% Comercial (147)
3% Resíduo (96)
1% Acidentes/ Fonte desconhecida (25)
Situação das áreas contaminadas cadastradas (todas as atividades)
46% Contaminada (1.674)
30% Contaminada sob investigação (1.096)
20% Em processo de monitoramento para reabilitação (742)
4% Reabilitada (163)
Para ver a publicação acesse aqui.
Texto extraído da publicação “Informações básicas sobre áreas contaminadas”, da Fiesp.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
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