Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

COP-18 pede a Brasil e Noruega que destravem negociações

Terra

04 de dezembro de 2012 09h26   
     As negociações entre cerca de 190 países estão travadas na 18.ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) que está sendo realizada em Doha, no Catar. Em um esforço para fazer avançar a conferência, a três dias do seu fim, o presidente da convenção, Abdullah Bin Hamad Al Attiyah, pede às delegações do Brasil e da Noruega que trabalhem para destravar as conversas e avançar no sentido da aprovação de um segundo período para o Protocolo de Quioto.

A aprovação de uma segunda etapa para Quioto é o principal ponto que pode atenuar o fracasso de uma conferência marcada pelo ceticismo. Quioto é o único acordo internacional que obriga países a reduzir suas emissões de gases estufa.

Pelo acordo, que vence dia 31, as emissões dos países desenvolvidos no período de 2008 a 2012 deveriam ser reduzidas em 5,2%, tendo como base as emissões registradas em 1990. No caso das nações em desenvolvimento, a redução é voluntária. O problema está no fato de que algumas nações ricas já anunciaram que estão fora de uma segunda fase para o acordo e várias nações em desenvolvimento hoje emitem mais do que muitas nações desenvolvidas.

Hoje, as economias dos países em desenvolvimento respondem por 58% do carbono liberado para a atmosfera, ante 35% das emissões registradas em 1990. Os casos da China e Índia são exemplares. As emissões da China cresceram 10% desde 2011 e da Índia, 7,5%.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, diz que os negociadores brasileiros trabalham por uma segunda etapa para Quioto. Mas, salienta, o Brasil também fará pressão por avanços nos debates sobre a Plataforma Durban. Conhecida como acordo global, a ação foi acertada por todos os países no ano passado e prevê que tanto as economias desenvolvidas quanto as de países em desenvolvimento tenham compromissos obrigatórios com a redução das emissões a partir de 2020.

"Diferentemente das últimas conferências, que começaram com tarefas bem complicadas, esta não tem uma tarefa tão difícil. Os negociadores só precisam fechar o segundo período de Quioto e começar os trabalhos para depois de 2020 (Plataforma Durban). Mas há certas delegações complicando esse processo", afirma coordenador da Câmara Temática de Clima do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Fernando Malta.

Um estudo apresentado em Doha pela ONG Oil Change International pede corte de subsídios aos combustíveis fósseis. A organização mostra que os incentivos ultrapassam os US$ 500 bilhões anuais em países em desenvolvimento. Se o corte de subsídios ocorresse, seria possível reduzir em 10% as emissões de combustíveis fósseis no planeta até 2050, informa

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Informação & Conhecimento