A
questão da sustentabilidade ganhou notoriedade no ambiente
corporativo.
As empresas vêm adotando políticas sustentáveis em toda a
cadeia
produtiva. Segundo pesquisa realizada junto a trinta grandes
executivos
brasileiros, pela Hill & Knowlton, a reputação de uma
instituição
é um bem intangível que gera resultados de negócio
palpáveis.
Para os entrevistados, a reputação corporativa tornou-se
tema
de alta prioridade, podendo influenciar positivamente o
comportamento
dos principais grupos de interesse, em especial clientes,
investidores
e funcionários. Já na pesquisa realizada em 2010, pelos
Institutos
Akatu e Ethos, ficou claro que, com a ascensão da classe C e a
entrada
de mais de 30 milhões de pessoas no mercado consumidor, as
empresas,
e os valores que elas difundem, têm a possibilidade de atuar
como
um agente indutor de atitudes mais socialmente responsáveis,
praticando
o Consumo Consciente.
Para
Daniela Lacombe, diretora da Agência de Soluções Ambientais e
Sociais
(Asas), está claro que o principal papel de uma empresa em
relação
à sustentabilidade diz respeito a sua atuação como
influenciadora
junto aos seus stakeholders, incentivando uma potencial
mudança
de comportamento e adoção de princípios de responsabilidade
social
e ambiental.
Ela
ainda chama atenção para o papel do Estado. "Se antes o Estado
tinha
uma atuação interventora, atualmente o que se encontra é uma
redefinição
deste modelo. O Estado assume, cada vez mais, um papel
mais
regulador, fiscalizador, e menos agente, o que torna ainda mais
necessária
a ação das empresas na área da sustentabilidade. Afinal,
investir
no desenvolvimento social de suas comunidades,
pragmaticamente
falando, representa a garantia de mercado consumidor
para
as empresas comercializarem seus produtos e serviços", analisa a
especialista
da Asas.
Ecoeficiência
parece ser a palavra de ordem das empresas. As
instituições
investem para melhorá-la em suas operações. Daniela
Lacombe
explica que, gerenciamento de resíduos, menor consumo de
energia
e processos para reuso de água são temas que passaram a fazer
parte
do cotidiano operacional das corporações. E isso se deve não só a
uma
questão de imagem institucional, mas também à consciência de
que os
recursos naturais produzidos pela Terra são finitos, e as
Diário Abrapp
http://www.abrapp.org.br/diario/DescricaoNoticia.aspx?id=22443
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empresas
dependem deles para continuar a produzir.
"Hoje,
as empresas investem pesadamente em pesquisas, a fim de
descobrir
formas menos poluentes de produção. Os produtos derivados
desse
tipo de fabricação ainda chegam ao consumidor final com preços
mais
elevados que os tradicionais. Entretanto, espera-se que a
popularização
dessas tecnologias e a própria dinâmica do mercado se
encarreguem
de baratear esses produtos, tornando-os competitivos",
afirma
Daniela.
Segundo
estudo realizado nos EUA em 2010, 50% dos funcionários de
grandes
corporações diz que trabalhar para uma empresa socialmente
responsável
faz a diferença. Da mesma forma, os CEOs dessas
companhias
entendem que o principal público a quem se deve
comunicar
as iniciativas sustentáveis da corporação são seus próprios
colaboradores.
Além disso, os especialistas acreditam que princípios
praticados
no ambiente de trabalho tendem a ser repetidos em casa e
nos
momentos de lazer.
Para
Alexandre Luz, diretor da PMLUZ Consultoria Recursos Humanos,
os
profissionais que trabalham em empresas que contam com políticas
sustentáveis
percebem a importância do que estão fazendo e passam a
adotar
algumas dessas práticas no seu dia-a-dia, tanto no trabalho
quanto
em casa, no prédio onde moram e nos locais que frequentam.
"Funcionários
que têm a cultura da sustentabilidade no seu local de
trabalho
aprendem a utilizá-la em casa, com sua família, com seus
amigos.
Eles percebem que a sustentabilidade pode gerar uma economia
em
suas despesas do dia-a-dia e, que adotá-las é uma questão de
inteligência
e economia financeira. Os hábitos sustentáveis passam a
ser
enxergados como melhoria da qualidade de vida e, isso extrapola o
ambiente
de trabalho", analisa Luz.
A
PREVI, por meio de seu programa de consumo consciente, monitora o
consumo
de água, energia, papel, cartucho e toner de impressora. Como
exemplo
de resultado desse esforço, de 2010 para 2011 houve a
redução
de cerca de 11% no volume total de papel utilizado pela
entidade.
Além disso, quanto à reciclagem de lixo, a instituição
implantou
em todas as suas gerências latas para recolhimento de
resíduos
úmidos, visando preservar o lixo seco (principalmente papel),
permitindo,
dessa forma, maior alinhamento com o processo de
reciclagem
adotado pelo prédio em que está instalada (Centro
Empresarial
Mourisco). O Centro Empresarial Mourisco possui a
certificação
ISO 14.001.
Como
forma de estimular a adoção de tais práticas de consumo
consciente
também fora da instituição, a PREVI, em 2010, no
lançamento
do programa interno PREVI Consciente, distribuiu para
todos
os funcionários sacolas retornáveis feitas de banners antigos de
eventos.
Segundo o funcionário Renam Brandão, tal iniciativa "me
estimulou
a diminuir o uso de sacolas plásticas no mercado. Sempre uso
a sacola que recebi da PREVI em minhas compras". (Previ)
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